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Capítulo 9
Reações de Abstinência de Drogas Psiquiátricas


A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema
Como e Por Que Parar de Tomar
Medicamentos Psiquiátricos
Edição revista e atualizada, 2007

Peter R. Breggin, M.D.
David Cohen, Ph.D.

Veja este livro em português
Abstinência de Drogas P.
    9.1  Cuidado com o uso ilícito
    9.2  Seu médico pode não saber
    9.3  Será uma crise de abstinência?
    9.4  Negação das reações de abstinência
    9.5  Definindo a dependência física
    9.6  Reações de abstinência podem causar "aflições significativas"
    9.7  "Abstinência" ou "descontinuação"?
    9.8  Abstinência de benzodiazepínicos
        9.8.1  A síndrome de descontinuação
        9.8.2  O envolvimento do médico na retirada da droga psiquiátrica
    9.9  Reações de abstinência de antidepressivos
        9.9.1  Reações de abstinência de antidepressivos tricíclicos
        9.9.2  Reações de abstinência dos IMAO [MAOI]
        9.9.3  Reações de abstinência de antidepressivos que estimulam a serotonina
        9.9.4  Reações de abstinência de antidepressivos atípicos
    9.10  Reações de abstinência de estimulantes
    9.11  Abstinência do lítio e anticonvulsivos
    9.12  Abstinência dos antipsicóticos
        9.12.1  Três tipos de reações de abstinência de antipsicóticos
        9.12.2  Abstinência de antipsicóticos atípicos
        9.12.3  "Reincidência" ou "abstinência"?
        9.12.4  Quando abster-se dos antipsicóticos?
        9.12.5  Quanto tempo deve durar a retirada da droga antipsicótica?
    9.13  Abstinência antiparkinsoniana
    9.14  Quão gradual é a "retirada gradual"?
    9.15  Resumo das reações de abstinência

Withdrawal Reactions from Psychiatric Drugs
(*)

     In Capítulo 4, we discussed adverse reactions that can occur when psychiatric drugs are taken. The present chapter reviews adverse reactions that can develop during withdrawal.

No Capítulo 4, nós discutimos as reações adversas que podem ocorrer quando as drogas psiquiátricas são tomadas. O presente capítulo revisa as reações adversas que podem se desenvolver durante a abstinência.
(*)

9.1  Cuidado com o uso ilícito

Beware Illicit Use
(*)

     This book is directed to people who have experienced problems while taking or withdrawing from psychiatric drugs that have been prescribed by doctors according to generally accepted guidelines for their clinical use.

Este livro é dirigido às pessoas que tiveram problemas enquanto estiveram tomando ou retirando drogas psiquiátricas que foram prescritas por médicos de acordo com as diretrizes geralmente aceitas para seu uso clínico.
(*)

     On the other hand, you may be experiencing serious difficulties from using stimulants, sedatives, or painkillers in large amounts, or in combination with each other, or with alcohol. You may have started this use with a routine medical prescription but are now taking much larger quantities and feel you cannot control the cumulative effects. Similarly, if you have been obtaining psychiatric drugs illegally or from multiple doctors, you may have a serious drug dependence problem. If you are snorting, injecting, or inhaling these drugs, you are exposing yourself to extreme dangers.

Por outro lado, você pode estar experimentando sérias dificuldades ao usar estimulantes, sedativos, ou analgésicos em grandes quantidades, ou em combinação uns com os outros, ou com álcool. Você pode ter começado este uso com uma prescrição médica de rotina, mas está agora tomando quantidades muito maiores e sente que não pode controlar os efeitos cumulativos. Similarmente, se você tem obtido drogas psiquiátricas ilegalmente ou de múltiplos médicos, você pode ter um problema sério de dependência destas drogas. Se você está cheirando, injetando ou inalando essas drogas, você está se expondo a perigos extremos.
(*)

     Under any of these circumstances, you may need immediate professional help that may include a detoxification or drug-rehabilitation unit.

Em qualquer uma dessas circunstâncias, você pode precisar de ajuda profissional imediata, que pode incluir uma desintoxicação ou unidade de reabilitação de drogas.
(*)

     By contrast, this book focuses on problems associated with the ordinary use and withdrawal from psychiatric drugs that have been routinely prescribed by doctors.

Por outro lado, este livro centra-se em problemas associados ao uso comum e retirada de drogas psiquiátricas que têm sido rotineiramente prescritas por médicos.
(*)

9.2  Seu médico pode não saber

Your Doctor May Not Know
(*)

     All psychiatric drugs can produce unpleasant, disturbing reactions upon withdrawal or discontinuation. For some drugs that have been with us for decades, especially the benzodiazepine tranquilizers, withdrawal reactions are well described in the medical literature. Doctors tend to know about them. However, doctors are too often unfamiliar with withdrawal problems associated with many of the other psychiatric drugs they routinely prescribe. Since the first edition of this book appeared, we have observed a definite increase in professional and popular sensitivity about withdrawal reactions of psychiatric drugs, especially antidepressants. However, much more education is needed.

Todos as drogas psiquiátricas podem produzir reações desagradáveis e perturbadoras durante a abstinência ou descontinuação. Para algumas drogas que têm estado conosco por décadas, especialmente os tranquilizantes benzodiazepínicos, as reações de abstinência são bem descritas na literatura médica. Os médicos tendem a saber sobre elas. Contudo, os médicos estão, muitas vezes pouco familiarizados com problemas de abstinência associados com muitas das outras drogas psiquiátricas que prescrevem rotineiramente. Desde que a primeira edição deste livro apareceu, nós temos observado um claro aumento na sensibilização profissional e popular sobre as reações de abstinência das drogas psiquiátricas, especialmente os antidepressivos. Contudo, muito mais educação é preciso.
(*)

     Stimulants such as Ritalin, Adderall, and Dexedrine have been widely used for decades, yet many physicians seem unaware of the marked withdrawal reactions they can cause. The same is true of drugs more recently introduced on the market. All newer antidepressants, such as Lexapro, Cymbalta, Paxil, Prozac, and others, often cause distressing withdrawal, yet many physicians appear to be unaware of this fact. For example, family physicians or primary care practitioners prescribe the bulk of antidepressants. Yet, to our knowledge, the first systematic advice to family physicians concerning the management of antidepressant discontinuation was published in American Family Physician only in late 2006 (Warner et al., 2006 [382]).

Os estimulantes como Ritalina, Adderall e Dexedrine têm sido amplamente utilizados há décadas, mas muitos médicos parecem não saber das reações de abstinência marcantes que eles podem causar. O mesmo é verdadeiro para drogas introduzidas no mercado mais recentemente. Todos os novos antidepressivos, como Lexapro, Cymbalta, Paxil, Prozac, e outros, muitas vezes causam abstinência aflitiva, mas muitos médicos parecem não ter consciência deste fato. Por exemplo, médicos de família ou praticantes de primeiros socorros prescrevem a maior parte dos antidepressivos. No entanto, do nosso conhecimento, o primeiro aviso sistemático para médicos de família sobre a gestão da descontinuação de antidepressivo foi publicada na American Family Physician [Médicos da Família Americana] apenas no final de 2006 (Warner et al., 2006 [382]).
(*)

     What we find most disturbing is that, even when doctors do know about the dangers of withdrawal problems from drugs, they often fail to warn their patients244. Sometimes they feel too pressed for time to inform their patients about these dangers. Sometimes they simply forget. Sometimes they are concerned that patients will complain about any adverse effect that the doctor mentions or that the patient hears about. At other times, doctors are simply afraid to discourage their patients from taking the medication. However, medical ethics and sound practice require that physicians advise patients about withdrawal problems. There is no legitimate excuse for not doing so.

O que nós achamos mais perturbador é que, mesmo quando os médicos sabem sobre os perigos dos problemas de abstinência das drogas psiquiátricas, eles muitas vezes falham por não advertir os seus pacientes245. Algumas vezes eles se sentem muito pressionados pelo tempo para informar aos seus pacientes sobre esses perigos. Algumas vezes, eles simplesmente esquecem. Às vezes, eles estão preocupados de que os pacientes vão queixar-se de qualquer efeito adverso que o médico mencionar ou que o paciente ouça falar. Em outras ocasiões, os médicos estão simplesmente aflitos em desencorajar os seus pacientes de tomar a medicação. Contudo, a ética médica e prática correta exige que os médicos avisem os pacientes sobre os problemas de abstinência. Não há desculpa legítima para não o fazer.
(*)

     Once you read this book, you may know much more about withdrawal problems than your physician does. If you are planning to stop or reduce the dose of a psychiatric drug, you may want to share this book with your doctor.

Uma vez que você tenha lido este livro, você poderá conhecer muito mais sobre os problemas de abstinência do que o seu médico conhece. Se você está planejando parar ou reduzir a dose de uma droga psiquiátrica, você pode querer partilhar este livro com o seu médico.
(*)

9.3  Quando estou tendo uma crise de abstinência?

When Am I Having a Withdrawal Reaction?
(*)

     Withdrawal reactions can be difficult to recognize. For example, consider the case of George who, two nights earlier, stopped taking the Klonopin (clonazepam) that was prescribed for him at bedtime to help him sleep. It's the first time in several months that he has tried to fall asleep without his "sleeping pill". Since stopping the Klonopin, George has been having more trouble falling asleep than ever before. He has been lying awake for hours worrying about what will happen to him if he can't ever fall asleep again without drugs.

Reações de abstinência podem ser difíceis de reconhecer. Por exemplo, considere o caso de George que, duas noites antes, parou de tomar o Klonopin (clonazepam) que foi prescrito para ele, na hora de se deitar, para ajudá-lo a dormir. É a primeira vez em vários meses que ele tentou adormecer sem a sua "pílula para dormir". Desde de que parou de consumir o Klonopin, George tem tido mais dificuldade para adormecer do que nunca. Ele ficou acordado por horas preocupado com o que vai acontecer a ele se não puder jamais cair no sono novamente sem drogas psiquiátricas.
(*)

     George is most likely having a withdrawal reaction from the Klonopin. For several months, his brain has been fighting the effects of the drug, which George has taken on a daily basis. This process has resulted in reactive or compensatory overstimulation of his brain. Now that the drug has been stopped, George's overstimulated brain has taken over and is keeping George awake. Since his insomnia is worse than it was before he started the Klonopin, his withdrawal reaction can be called a "rebound" - a worsening of his original symptoms.

É mais provável que George esteja tendo uma reação de abstinência do Klonopin. Durante vários meses, seu cérebro esteve combatendo os efeitos da droga, a qual George estava tomando em uma base diária. Este processo resultou em uma superestimulação reativa ou compensatória de seu cérebro. Agora que parou de tomar a droga psiquiátrica, a superestimulação do cérebro de George retornou e está mantendo George acordado. Considerando que a sua insônia está pior do que era antes de começar a consumir Klonopin, sua reação de abstinência pode ser chamada de "rebote" - uma piora de seus sintomas originais.
(*)

     Alternatively George could be suffering from psychological fear of giving up the drug. If he wasn't so scared about doing without a sleeping pill, he might not be having so much trouble sleeping. Having gotten into the habit of using Klonopin, he may now be afraid to give it up. This withdrawal reaction would be described as psychologically caused, in contrast to the physically caused withdrawal problems we are mostly concerned with. In such circumstances, George would need reassurance from his doctor that he will get used to sleeping without medication.

Alternativamente, George pode estar sofrendo de medo psicológico de deixar a droga psiquiátrica. Se ele não estivesse tão assustado em continuar sem a pílula para dormir, ele poderia não estar tendo tantos problemas para adormecer. Tendo adquirido o hábito de usar Klonopin, ele agora pode estar aflito em desistir. Esta reação de abstinência deverá ser descrita, como tendo causa psicológica, em contraste com os problemas de abstinência, de causas físicas, com os quais estamos mais preocupados. Em tais circunstâncias, George vai necessitar da confirmação de seu médico de que ele vai se acostumar a dormir sem medicação.
(*)

     George could also be suffering from his original insomnia. Indeed, for years, he has tended to worry at night. In the absence of drug-induced sleep, his worrying may have returned. This situation would be described as a "relapse" - a return of the original problems experienced before drug use. Counseling or psychotherapy could be especially helpful in dealing with this aspect of George's insomnia.

George também pode estar sofrendo de sua insônia original. De fato, há anos, ele tem tendência a se preocupar durante a noite. Na ausência do sono induzido por drogas psiquiátricas, sua preocupação pode ter retornado. Esta situação poderia ser descrita como uma "recaída" - um retorno dos problemas originais experimentados antes do uso destas drogas. Aconselhamento ou psicoterapia pode ser especialmente útil para lidar com este aspecto da insônia de George.
(*)

     Because Klonopin and other sleep-inducing drugs commonly cause withdrawal problems, we are probably correct in specifying drug withdrawal as the most likely diagnosis in George's case. If he gradually resumes more normal sleep in a few days or weeks, this diagnosis would be confirmed. As noted, it is often difficult to distinguish drug withdrawal reactions from other problems, such as a return of the original symptoms. Usually however, it's safest to assume that physical withdrawal is playing a role and that a slow, tapered withdrawal will be helpful.

Nós estamos provavelmente corretos em especificar a abstinência da droga psiquiátrica, como o diagnóstico mais aparente no caso de George, porque a Klonopin, e outras drogas de indução do sono, comumente causam problemas de abstinência. Se ele gradualmente normalizar o sono em poucos dias ou semanas, este diagnóstico será confirmado. Como notado, muitas vezes é difícil distinguir, as reações de abstinência destas drogas, de outros problemas, como um retorno dos sintomas originais. Usualmente, contudo, é mais seguro assumir que a abstinência física está desempenhando um papel e que uma redução da dose lenta e gradual será útil.
(*)

     Consider the possibility that you are having a withdrawal reaction if you begin to experience uncomfortable physical or emotional reactions within hours, days, or weeks of reducing or stopping a medication. The same is true if you are experiencing these reactions between drug doses. Short-acting drugs are especially likely to cause withdrawal reactions between doses. These culprits include all of the stimulants, the sleeping pills Ambien and Halcion, and the benzodiazepine tranquilizer Xanax.

Considere a possibilidade de que você está tendo uma reação de abstinência, se você começar a experimentar reações físicas ou emocionais desconfortáveis em questão de horas, dias ou semanas de redução ou parada de consumo da medicação. O mesmo é verdadeiro se você estiver experimentando essas reações entre as doses destas substâncias. Drogas psiquiátricas, de ação de curta duração, são especialmente susceptíveis de provocar reações de abstinência entre as doses. Esses culpados incluem todos os estimulantes, as pílulas para dormir Ambien e Halcion, e o tranquilizante benzodiazepínico Xanax.
(*)

     You may also be experiencing a withdrawal reaction if the reaction is the opposite of the drug effect. For example, if you get very tired and feel that you are "crashing" a few hours after taking a stimulant - or if you get agitated and even "high" a few hours after taking a tranquilizer - you may be going through withdrawal.

Você pode também estar experimentando uma reação de abstinência se a reação é o oposto do efeito da droga psiquiátrica. Por exemplo, se você fica muito cansado e sente que você está "quebrando" algumas horas depois de tomar um estimulante - ou se você fica agitado e até mesmo "alto" umas poucas horas depois de tomar um tranquilizante - você pode estar passando pela abstinência.
(*)

9.4  Negação das reações de abstinência

Denial of Withdrawal Reactions
(*)

     For many reasons, our knowledge of drug withdrawal problems is not as advanced as it should be. To begin with, these problems are very complicated. As in George's case, it can be difficult to separate psychological factors from physical ones. Or it can be difficult to determine whether the problems involve physical withdrawal or a return of the individual's original troubles. In addition, different people vary in terms of their withdrawal reactions to the same drug. For example, George may feel nervous and have trouble falling asleep for a few days after withdrawing from Klonopin, whereas Gina may hear a ringing sound in her ears and find that her physical balance is impaired.

Por muitas razões, nosso conhecimento dos problemas de abstinência das drogas psiquiátricas não está tão avançado quanto deveria estar. Para começar, esses problemas são muito complicados. Como no caso de George, pode ser difícil separar fatores psicológicos dos fatores físicos. Ou pode ser difícil determinar quando os problemas envolvem abstinência física ou um retorno dos problemas originais do indivíduo. Em adição a isso, pessoas diferentes variam em termos de suas reações de abstinência para o mesmo tipo de droga. Por exemplo, George pode sentir-se nervoso e ter problemas para cair no sono por alguns dias após a retirada de Klonopin, enquanto Gina pode ouvir um som de toque nos ouvidos e descobrir que seu equilíbrio físico está prejudicado.
(*)

     As we have mentioned, doctors are often reluctant to admit that withdrawal is a serious problem. Moreover, when they do witness withdrawal reactions, they rarely report them to the appropriate agencies. For example, probable withdrawal reactions from antidepressants such as Paxil and Zoloft are very common, occurring in 30 percent of patients (Rosenbaum et al., 1998 [323]). Yet the number of reports of all adverse reactions from antidepressants sent to the FDA varies between 2 and 300 per 1 million prescriptions (Young and Currie, 1997 [397]).

Como já mencionamos, os médicos estão muitas vezes relutantes em admitir que a abstinência é um problema sério. Além disso, quando eles testemunham reações de abstinência, eles raramente as relatam para as agências apropriadas. Por exemplo, prováveis reações de abstinência de antidepressivos como Paxil e Zoloft são muito comuns, ocorrendo em 30 por cento dos pacientes (Rosenbaum et al., 1998 [323]). No entanto, o número de relatos de todas as reações adversas dos antidepressivos enviados para a FDA varia entre 2 e 300 por 1 milhão de prescrições (Young e Currie, 1997 [397]).
(*)

     Perhaps most important, almost all drug research is paid for and controlled by drug manufacturers, and these profit-driven corporations tend to be very reluctant to identify drug withdrawal problems that might discourage people from using their products. From drug research through medical education and clinical practice, then, many factors interact to inhibit the growth of our knowledge about drug withdrawal. As a result, there is no significant tradition or body of wisdom in psychiatry that focuses on drug withdrawal reactions. All of the emphasis tends to be on how to start and to maintain drugs in patients rather than on how to stop them.

Talvez o mais importante, quase todas as pesquisas sobre drogas psiquiátricas é paga e controlada pelos próprios fabricantes delas, e estas empresas, direcionadas aos lucros, tendem a ser muito relutantes para identificar os problemas de abstinência de suas drogas, que podem desencorajar as pessoas a usar seus produtos. Desde as pesquisas destas substâncias, até a educação médica e prática clínica, muitos fatores interagem para inibir o crescimento de nosso conhecimento sobre a abstinência destas drogas farmacêuticas. Como resultado, não existe uma tradição significativa ou corpo de sabedoria em psiquiatria que se concentre nas reações de abstinência destas drogas. Toda a ênfase tende a ser sobre como os pacientes iniciam e mantêm seu consumo, em vez de sobre como parar de consumí-las.
(*)

     When you talk to your doctor about problems stopping or reducing the dose of your psychiatric drug, keep in mind that your doctor may not know much about the problem or may even be irrationally denying it's existence. For example, the older antidepressants, commonly called tricyclics, have been in use for more than fifty years, and their withdrawal reactions have been repeatedly documented. Yet some doctors seem completely unaware of the existence of these reactions. A survey in 1997 tested the awareness of psychiatrists and general practitioners concerning antidepressant drug withdrawal. The authors concluded that "a sizeable minority of physicians denied being confidently aware of the existence of antidepressant withdrawal symptoms" (Young and Currie, 1997 [397], p. 28). The implication is that, in routine clinical practice, at least a "sizeable minority" of doctors make no attempt to diagnose antidepressant withdrawal reactions or to distinguish them from other symptoms. Another recent survey of psychiatrists showed that withdrawal reactions rated near the bottom of the list of factors helping these physicians decide which antidepressant to prescribe to their patients.

Quando você conversar com seu médico sobre os problemas de parar ou reduzir a dose de sua droga psiquiátrica, tenha em mente que seu médico pode não saber muito sobre o problema ou pode até mesmo ficar irracionalmente negando sua existência. Por exemplo, os antidepressivos mais antigos, comumente chamados tricíclicos, têm sido utilizados por mais de 50 anos, e as suas reações de abstinência têm sido repetidamente documentadas. No entanto, alguns médicos parecem estar completamente inconscientes da existência de tais reações. Uma pesquisa, em 1997, testou a percepção de psiquiatras e clínicos gerais sobre a abstinência de drogas antidepressivas. Os autores concluíram que "uma minoria significativa de médicos negou estarem confiantemente conscientes da existência de sintomas de abstinência de antidepressivos" (Young e Currie, 1997 [397], p. 28). A implicação disto é que, na prática clínica de rotina, pelo menos uma "minoria significativa" dos médicos não fazem nenhuma tentativa de diagnosticar as reações de abstinência de antidepressivos ou de distingui-las dos outros sintomas. Outra pesquisa recente, sobre os psiquiatras, mostrou que as reações de abstinência são consideradas perto da parte inferior da lista dos fatores que ajudam esses médicos a decidir qual o antidepressivo que deve ser prescrito para as seus pacientes.
(*)

     Your doctor may also mistakenly attribute your withdrawal reactions to your "mental illness". Especially if you have unsuccessfully tried to withdraw from the drug previously your doctor may try to convince you that you have a "chronic illness" requiring lifetime drug use. The irony is that the longer you stay on the drug, the more likely you are to suffer something beyond a mild reaction when you attempt to withdraw. Your unsuspecting doctor, and even you, might see this as a sign that you "really need" your drug. In reality what you really need is help in gradually withdrawing.

O seu médico pode também erroneamente atribuir as suas reações de abstinência à sua "doença mental". Especialmente, se você tiver tentado, previamente e sem sucesso, abster-se da droga psiquiátrica, o seu médico pode tentar convencê-lo de que você tem uma "doença crônica", que exige o uso destas drogas por toda a vida. A ironia é que quanto mais você consumir estas drogas, mais provável será que você sofra alguma coisa além de uma reação leve quando tu tentares se abster. O médico desavisado, e até mesmo você, pode ver isso como um sinal de que você "realmente necessita" destas drogas farmacêuticas. Na realidade o que você realmente necessita é de ajuda para gradualmente abster-se delas.
(*)

9.5  Definindo a dependência física

Defining Physical Dependence
(*)

     If a drug causes unpleasant effects to some users when they stop taking it, then some of these users will inevitably become physically dependent on it. This conclusion is basic to the definition of physical dependence. According to the World Task Force on sedative-hypnotics, "[p]hysical dependence is defined as the appearance of specific withdrawal symptoms when the medication is abruptly discontinued"246. Boston University's online Pharmacology Glossary states that dependence "is characterized by the necessity to continue administration of the drug in order to avoid the appearance of uncomfortable or dangerous (withdrawal) symptoms"247. And a report in the New England Journal of Medicine [Jornal de Medicina da Nova Inglaterra] confirms this emphasis: "Use of the term `physical dependence' implies that an objective withdrawal syndrome will occur after a drug is discontinued" (Shader and Greenblatt, 1993 [339], p. 1402).

Se uma droga causa efeitos desagradáveis para alguns usuários quando eles param de tomá-la, então, alguns desses usuários, inevitavelmente, vão se tornar fisicamente dependentes dela. Esta conclusão é básica para a definição de dependência física. De acordo com a Força Tarefa Mundial sobre sedativos-hipnóticos, "dependência física é definida como o aparecimento de sintomas de abstinência específicos quando a medicação é abruptamente interrompida"248. O Glossário de Farmacologia da Universidade de Boston afirma que a dependência "é caracterizada pela necessidade de continuar a administração da droga, a fim de evitar o aparecimento dos sintomas (de abstinência) desconfortáveis ou perigosos"249. E um relatório no New England Journal of Medicine [Jornal de Medicina da Nova Inglaterra] confirma esta ênfase: "O uso do termo `dependência física' implica que uma síndrome de abstinência objectiva ocorrerá após a descontinuação de uma droga" (Shader e Greenblatt, 1993 [339], p. 1402).
(*)

     On the basis of these definitions, we can further conclude that all psychiatric drugs are drugs of dependence. This includes drugs, such as lithium, that are not commonly recognized as causing withdrawal symptoms. The occurrence of withdrawal symptoms defines dependence inasmuch as users will experience discomfort when stopping the drug and will experience relief when restarting it. As a result of experiencing discomfort, some will "choose" to remain on the drug only in order to avoid prolonged withdrawal distress. As already described, they may also mistake the withdrawal symptoms for "mental illness" and decide that they "need" the medication. Some authors reject the idea that drugs like antidepressants can make people dependent or addicted because once users stop taking them, they do not engage in "drug-seeking" behavior, that is, they do not try to obtain the drugs by any means or visit different physicians to coax prescriptions from them. But such behavior would be completely unnecessary for drugs that can be so easily and legally obtained from a doctor's prescription.

Com base nessas definições, nós podemos ainda concluir que todas as drogas psiquiátricas são drogas que causam dependência. Isto inclui drogas, como lítio, que não são comumente reconhecidas como causadoras de sintomas de abstinência. A ocorrência de sintomas de abstinência define a dependência na medida em que os usuários vão sentir um desconforto quando estiverem parando de consumir a droga e irão experimentar um alívio quando reiniciar o consumo. Como resultado de experimentar desconforto, alguns vão "escolher" permanecer consumindo estas drogas, somente a fim de evitar a aflição da abstinência prolongada. Como já foi descrito, eles também podem confundir os sintomas de abstinência com "doença mental" e decidirem que eles "precisam" da medicação. Alguns autores rejeitam a idéia de que drogas como os antidepressivos podem tornar as pessoas dependentes ou viciadas, pois os usuários, uma vez que param de consumi-las, não se engajam em comportamento "procura-droga", ou seja, eles não tentam obter estas drogas, por qualquer meio ou visitam médicos diferentes para persuadí-los a fazer prescrições. Mas tal comportamento seria completamente desnecessário no caso destas drogas farmacêuticas que podem ser tão facilmente e legalmente obtidas a partir de uma prescrição médica.
(*)

     The existence of unpleasant withdrawal reactions reflects negatively on a drug. For economic and political reasons, drug manufacturers, regulatory agencies, researchers, and individual doctors tend to downplay ignore, or deny information about a popular drug's withdrawal effects. They will sometimes do so even after convincing evidence has become available for all to see. The resistance and denial have been documented in years past - notably, with respect to the benzodiazepines, the barbiturates, the stimulants, and even the opiates250. Yet these very drugs are today considered "classically addictive".

A existência de reações de abstinência desagradáveis reflete negativamente sobre uma droga psiquiátrica. Por razões econômicas e políticas, os fabricantes, as agências reguladoras, pesquisadores e médicos individuais tendem a subestimar, ignorar, ou negar informações sobre os efeitos de abstinência de uma droga popular. Eles, às vezes, vão fazê-lo mesmo depois de provas convincentes tornarem-se disponíveis para todos verem. A resistência e negação têm sido documentadas nos últimos anos - notadamente, no que diz respeito às benzodiazepinas, os barbitúricos, os estimulantes, e até mesmo os opiáceos251. No entanto, essas variedades de drogas são hoje em dia consideradas "classicamente viciantes".
(*)

     A similar denial of the nature, extent, and implications of withdrawal reactions has occurred with respect to the SSRI antidepressants and others (see next page)252. Only lately have drug manufacturers and other important players begun to acknowledge that withdrawal reactions are a serious problem. Ironically, these drugs were never tested for their dependence potential and became popular partly because they were offered as replacements for older antidepressants and benzodiazepines - drugs known to cause withdrawal problems.

Uma negação semelhante da natureza, extensão e implicações das reações de abstinência ocorreu a respeito dos antidepressivos IsRSS [SSRIs] e outros (ver página seguinte)253. Somente tardiamente que os fabricantes de drogas psiquiátricas e outros agentes importantes começaram a reconhecer que as reações de abstinência são um problema sério. Ironicamente, essas drogas nunca foram testadas para verificar o seu potencial de dependência e se tornaram populares em parte porque elas eram oferecidas como substitutos para os antidepressivos e os benzodiazepínicos mais antigos - drogas que reconhecidamente causam problemas de abstinência.
(*)

9.6  Reações de abstinência podem causar "aflições significativas"

Withdrawal Reactions Can Cause "Significant Distress"
(*)

     Psychiatry's official diagnostic manual, the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition (DSM-IV APA, 1994 [6]), contains a diagnostic category entitled "Substance Withdrawal". described as "the development of a substance-specific maladaptive behavioral change, with physiological and cognitive concomitants, that is due to the cessation of, or reduction in, heavy and prolonged substance use" (DSM-IV, [6], p. 184). On the following page, DSM-IV emphasizes the discomfort of withdrawal, stating that the "syndrome causes significant distress or impairment in social, occupational, or other important areas of functioning" (DSM-IV, [6], p. 185).

Manual da psiquiatria de diagnóstico oficial, o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders [Manual Estatístico de Diagnóstico das Desordens Mentais], quarta edição (DSM-IV APA, 1994 [6]), contém uma categoria de diagnóstico intitulada "Abstinência de Substância". descrita como "o desenvolvimento de uma alteração de comportamento mal adaptado devido à uma substância específica, com alterações fisiológicas e cognitivas concomitantes, causadas pela cessação, ou redução do uso pesado e prolongado da substância (da droga psiquiátrica)" (DSM-IV, [6], p. 184). Na página seguinte, DSM-IV enfatiza o desconforto da abstinência, afirmando que a "síndrome causa aflição significativa e prejuízo social, ocupacional e em outras áreas importantes de funcionamento" (DSM-IV, [6], p. 185).
(*)

     This definition appears to be describing withdrawal from illicit or disapproved substances. Yet much prescribed, medically approved psychiatric drug use is also "heavy and prolonged". As we document later in this chapter, withdrawal reactions that can cause severe and long-lasting distress and impairment have been specified for all classes of psychiatric drugs. Two panels of experts have also identified a distinct, complex, and sometimes severe withdrawal syndrome for SSRI antidepressants. However, DSM-IV "recognizes" such reactions for only two currently used classes of psychiatric drug: stimulants and tranquilizers (DSM-IV APA, 1994 [6]).

Esta definição parece estar descrevendo a abstinência de substâncias ilícitas ou desaprovadas. Porém, o uso da maioria das drogas psiquiátricas prescritas, e aprovadas pela medicina, também é "pesado e prolongado". Como nós documentamos mais adiante neste capítulo, as reações de abstinência que podem causar aflições e prejuízos severos e de longa duração, tem sido especificadas para todas as classes de drogas psiquiátricas. Dois painéis de especialistas também identificaram uma síndrome de abstinência, de antidepressivos IsRSS [SSRIs], distinta, complexa e por vezes severa. Contudo, DSM-IV "reconhece" essas reações para apenas duas classes de drogas psiquiátricas usadas atualmente: estimulantes e tranquilizantes (DSM-IV APA, 1994 [6]).
(*)

9.7  "Abstinência" ou "descontinuação"?

"Withdrawal" or "Discontinuation"?
(*)

     For years, writers in the medical literature have interchangeably used the terms discontinuation, withdrawal, and abstinence syndrome, increasingly, in discussions of psychiatric drugs, the accepted term is discontinuation. In the eyes of some experts, this word is less stigmatizing - to the drugs. We read in an editorial in the British Medical Journal that "[t]he common lay belief that antidepressants are addictive probably contributes to the significant undertreatment of depressive illness. It is important not to foster this belief inadvertently - one reason that `discontinuation reaction' is a better term than `withdrawal reaction' " (Haddad, Lejoyeux, and Young, 1998 [194], p. 1105).

Durante anos, os escritores na literatura médica tem usado indistintamente os termos síndrome de abstinência, de retirada, e de descontinuação, cada vez mais, nas discussões sobre drogas psiquiátricas, o termo aceito é descontinuação. Aos olhos de alguns especialistas, esta palavra é menos estigmatizante - para estas drogas. Nós lemos em um editorial do British Medical Journal [Jornal Médico Britânico] que "a crença leiga comum de que os antidepressivos são viciantes provavelmente contribui significativa para o subtratamento da doença de depressão. É importante não fomentar essa crença inadvertidamente - uma razão pela qual o termo `reação de descontinuação' é melhor do que `reação de retirada' " (Haddad, Lejoyeux, e Young, 1998 [194], p. 1105).
(*)

     But this is doublespeak. Rather than provide evidence to address justified fears that antidepressants produce dependence, experts urge that the worrisome phenomena be called by a different name! We, on the other hand, suggest that a sound attempt be made to answer important questions: Do "discontinuation" or "withdrawal" effects drive people to remain on their drugs indefinitely? How frequently are these effects mistaken for relapses? And do these effects mistakenly convince doctors that patients "need" their drugs?

Mas isso é uma fala dupla, dúbia e duvidosa. Ao invés de provêr evidências que se remetem aos medos justificados de que os antidepressivos produzem dependência, os especialistas insistem em que este fenômeno preocupante seja chamado por um nome diferente! Nós, por outro lado, sugerimos que uma tentativa significativa seja feita para responder questões importantes: Será que os efeitos de "discontinuação" ou "retirada" conduzem as pessoas à permanecerem com as drogas psiquiátricas indefinidamente? Com que frequência esses efeitos são confundidos com recaídas? E, será que esses efeitos erroneamente convencem os médicos de que os pacientes "necessitam" destas drogas?
(*)

     Not long ago, similar rationalizations deluded doctors into believing that long-term tranquilizer treatment was "effective". From the start of benzodiazepine use in 1963, the existence of physical dependence in patients taking clinical doses of benzodiazepines was firmly established (Lader, 1991 [239], p. 56). Yet, no fewer than fifteen years later, a prominent expert concluded that "[t]he dependence risk with benzodiazepines is ...  probably less than one case per 50 million months in therapeutic use" (Marks, 1978 [266], p. 2). As a result of such denial, millions of people became physically dependent on these drugs.

Não muito tempo atrás, racionalizações semelhantes iludiram os médicos à acreditar que o tratamento de longo prazo com tranquilizante era "efetivo". Desde o início do uso de benzodiazepínicos em 1963, a existência de dependência física em pacientes tomando doses clínicas dos benzodiazepínicos foi firmemente estabelecida (Lader, 1991 [239], p. 56). No entanto, nada menos que quinze anos mais tarde, um proeminente especialista concluiu que "o risco de dependência de benzodiazepinas é ...  provavelmente menos de um caso por 50 milhões de meses de uso terapêutico" (Marks, 1978 [266], p. 2). Como resultado de tal negação, milhões de pessoas tornaram-se fisicamente dependentes dessas drogas.
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     In the remainder of this chapter, we provide a review of medical information about withdrawal reactions to commonly used psychiatric drugs, including the newer ones on the market. We also discuss lesser-known reactions and withdrawal syndromes. We have reviewed the medical V literature of the past several decades, looking for published reports concerning discontinuation. Even if your doctor is unsympathetic to our critical stance about medication use, it would be an excellent idea for him or her to read the remainder of this chapter, as it presents what is probably the most comprehensive summary of psychiatric drug withdrawal reactions available anywhere.

No restante deste capítulo, nós provemos uma revisão da informação médica sobre as reações de abstinência das drogas psiquiátricas comumente usadas, incluindo as mais novas que estão no mercado. Nós também discutimos reações e síndromes de abstinência menos conhecidas. Nós revisamos a literatura médica de muitas décadas passadas, à procura de relatórios publicados sobre a descontinuação. Mesmo se o seu médico não é simpático à nossa postura crítica sobre o uso de medicação, seria uma excelente idéia para ele ou ela ler o restante deste capítulo, pois ele apresenta o que é provavelmente o sumário disponível mais compreensível das reações de abstinência das drogas psiquiátricas.
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9.8  Reações de abstinência de benzodiazepínicos

Benzodiazepine Withdrawal Reactions
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     Withdrawal reactions from benzodiazepines - drugs that make up most of the class of minor tranquilizers and ordinarily prescribed sleeping pills - are extremely well documented. For most people who take low doses, the main symptoms of withdrawal consist of increases in tension and anxiety as well as motor and perceptual disturbances. However, the withdrawal reaction can become much more severe and even life-threatening (see below).

Reações de abstinência de benzodiazepínicos - drogas que compõem a maioria da classe dos tranquilizantes menores e pílulas para dormir prescritas normalmente - são extremamente bem documentadas. Para a maioria das pessoas que tomam doses baixas, os principais sintomas de abstinência consistem em aumentos na tensão e ansiedade, assim como distúrbios motores e de percepção. Contudo, a reação de abstinência pode se tornar muito mais severa e até mesmo com risco de vida (veja abaixo).
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     Tranquilizers can produce withdrawal reactions after only a few weeks of use. Studies of Xanax, for example, have indicated increased anxiety and panic upon withdrawal after only eight weeks. The longer you take a tranquilizer, the higher the doses, and the more abrupt the withdrawal - the more serious your withdrawal reactions are likely to be. Severe reactions tend to be more frequent with short half-life drugs (APA Task Force, 1990 [4]), Halcion (triazolam, used only as a sleeping pill) and Xanax (alprazolam). Intermediate half-life drugs include Ativan (lorazepam), Klonopin (clonazepam), Lectopam (bromazepam), Restoril (temazepam), and Serax (oxazepam). Longer half-life drugs include Dalmane (flurazepam), Valium (diazepam), Tranxene (clorazepate), and Librium (chlordiazepoxide). Benzodiazepines can reverse withdrawal reactions from alcohol and barbiturates. Consistent with this fact, they produce a withdrawal syndrome similar to that associated with these substances254.

Tranquilizantes podem produzir reações de abstinência depois de apenas algumas semanas de uso. Estudos do Xanax, por exemplo, têm indicado aumento da ansiedade e pânico durante a abstinência, após apenas oito semanas. Quanto mais tempo você tomar um tranquilizante, quanto maior as doses, e quanto mais abrupta a retirada dele - mais sérias as reações de abstinência provavelmente serão. Reações severas tendem a ser mais frequentes com drogas de meia-vida curta (APA Task Force, 1990 [4]), Halcion (triazolam, usado apenas como uma pílula para dormir) e Xanax (alprazolam). Drogas psiquiátricas de meia-vida intermediária incluem Ativan (lorazepam), Klonopin (clonazepam), Lectopam (bromazepam), Restoril (temazepam), e Serax (oxazepam). Drogas de meia-vida maior incluem Dalmane (flurazepam), Valium (diazepam), Tranxene (clorazepato), e Librium (clordiazepóxido). Benzodiazepinas podem reverter as reações de abstinência do álcool e barbitúricos. Consistente com este fato, elas produzem uma síndrome de abstinência semelhante à associada com estas substâncias255.
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9.8.1  A síndrome de descontinuação

The Discontinuation Syndrome
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     A task force report of the American Psychiatric Association (1990) [4] divides the benzodiazepine "discontinuance syndrome" into three familiar categories:

Um relatório da força-tarefa da Associação de Psiquiatria Americana [American Psychiatric Association] (1990) [4] divide a "síndrome de descontinuação" da benzodiazepina em três categorias familiares:
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  1. Rebound symptoms of anxiety and insomnia - the same as those for which the drug was prescribed, only more severe. These symptoms usually occur within one to three days of discontinuation. For short half-life drugs such as Halcion, rebound "often means an awakening during the middle of the night, with an inability to return to sleep without a second triazolam dose" (Salzman, 1992, p. 146). For some patients, rebound symptoms last about one week, for others, they abate after two or three weeks. However, many people who experience these reactions do not see them through, since they restart the medication to avoid the distress (Salzman, 1992).

    Sintomas rebote de ansiedade e insônia - os mesmos daqueles para os quais foi prescrito a droga psiquiátrica, só que mais severos. Estes sintomas geralmente ocorrem dentro de um a três dias após a descontinuação. Para drogas de meia-vida curta como Halcion, o rebote "muitas vezes significa um despertar durante o meio da noite, com uma inabilidade de voltar a dormir sem uma segunda dose de triazolam" (Salzman, 1992, p. 146). Para alguns pacientes, os sintomas de rebote duram cerca de uma semana, para outros, eles diminuem depois de duas ou três semanas. Contudo, muitas pessoas que experimentam estas reações não enxergam através delas, uma vez que elas reiniciam a medicação para evitar a aflição (Salzman, 1992).
    (*)
  2. Recurrence symptoms - the return of the original problem. Indeed, since the drug treatment targets symptoms rather than the cause of the anxiety you can expect anxiety to return when you stop the drug. And since recurrence and rebound are likely to occur together, your doctor may find it difficult to distinguish one from the other. However, recurrence symptoms tend to last much longer than rebound symptoms.

    Sintomas de recorrência - o retorno do problema original. Com efeito, desde que o tratamento com drogas psiquiátricas miram nos sintomas, ao invés da causa da ansiedade, você pode esperar a ansiedade retornar quando você parar de consumir estas drogas. E uma vez que a recorrência e o rebote são susceptíveis de ocorrerem em conjunto, o seu médico pode achar difícil distinguir um do outro. Contudo, os sintomas de recorrência tendem a durar muito mais tempo do que os sintomas de rebote.
    (*)
  3. Withdrawal symptoms - the appearance of discontinuation symptoms that did not exist prior to starting the use of benzodiazepines. Even relatively moderate withdrawal reactions can include flu-like symptoms such as nausea, vomiting, headaches, muscular pain and stiffness, fatigue, diarrhea, chills, and sweating. Insomnia, anxiety, tension, and an array of unusual sensations inside the head are very common as well. A full-blown withdrawal syndrome can also entail the shakes, blurry vision, extreme tension and anxiety, acute anxiety attacks, painfully heightened sensitivity to light and sound, severe sleep disturbances, impaired physical balance and coordination, twitching and painful muscle cramps, visual and auditory disturbances such as hallucinations or tinnitus (ringing in the ears), anorexia and weight loss (Petursson, 1994 [306]), and even psychosis, delirium, and seizures.

    Sintomas de abstinência - o aparecimento de sintomas de descontinuação que não existiam antes do início do uso de benzodiazepínicos. Mesmo reações de abstinência relativamente moderadas podem incluir sintomas parecidos com os da gripe, tais como náuseas, vômitos, dores de cabeça, dor muscular e rigidez, fadiga, diarréia, calafrios e sudorese. São muito comuns também os sintomas de insônia, ansiedade, tensão, e uma série de sensações não usuais dentro da cabeça. A síndrome de abstinência plenamente desabrochada também pode se extender à tremores, visão embaçada, extrema tensão e ansiedade, ataques de ansiedade agudos, aumentada e dolorosa sensibilidade à luz e ao som, distúrbios do sono severos, equilíbrio e coordenação física prejudicadas, contrações e cãibras musculares dolorosas, distúrbios auditivos e visuais, tais como alucinações ou tilintares sonoros (zumbido nos ouvidos), anorexia e perda de peso (Petursson, 1994 [306]), e até mesmo psicose, delírio e convulsões.
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     As just noted, benzodiazepine withdrawal (like alcohol or barbiturate withdrawal) may involve seizures. Adults and older persons appear to be equally at risk, but seizures are most likely in cases where high doses have been used, short half-life drugs have been involved, and withdrawal is abrupt (Fialip et al., 1987 [150]).

Como acabamos de notar, a abstinência de benzodiazepínicos (tais como o álcool ou barbitúricos) podem envolver convulsões. Pessoas adultas e idosas parecem estar igualmente em risco, mas as convulsões são mais prováveis nos casos em que altas doses foram utilizadas, drogas psiquiátricas de meia-vida curta foram envolvidas, e a retirada é abrupta (Fialip et al., 1987 [150]).
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9.8.2  O envolvimento do médico na retirada da droga psiquiátrica

The Doctor's Involvement in Withdrawal
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     Today, many doctors routinely encourage long-term users of benzodiazepines to withdraw from the drugs. However, many of these patients are unwilling to do so because they have found the withdrawal symptoms to be intolerable. They remain on the drugs, thanks to doctors who renew their prescriptions. This is particularly true of older patients, especially women, who were started on benzodiazepines before doctors became more aware of their potential for dependence (Rickels et al., 1991 [317]).

Hoje, muitos médicos rotineiramente encorajam, que os usuários de longo prazo de benzodiazepínicos, parem de consumir estas drogas psiquiátricas. Contudo, muitos desses pacientes não estão com vontade de fazê-lo, porque eles acharam que os sintomas de abstinência são intoleráveis. Eles permanecem nestas drogas, graças aos médicos que renovam suas prescrições. Isto é particularmente verdadeiro em pacientes idosos, especialmente mulheres, que iniciaram o consumo de benzodiazepínicos antes que os médicos se tornassem mais conscientes do potencial destas substâncias provocarem dependência (Rickels et al., 1991 [317]).
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     The doctor's involvement before, during, and after withdrawal is one of the most important ingredients for success in difficult withdrawal processes (Ashton, 1994 [20]). Patients who withdraw from benzodiazepines require psychological support. This may range from simple but continued encouragement to more formal anxiety-management techniques such as breathing exercises, mental exercises, meditation, and group support; it can also include psychotherapy.

O envolvimento do médico antes, durante e após a abstinência é um dos ingredientes mais importantes para o sucesso em processos de retirada difícil (Ashton, 1994 [20]). Pacientes que param de consumir benzodiazepínicos, necessitam de apoio psicológico. Isso pode variar de um encorajamento simples, mas continuado, até técnicas mais formais de administração da ansiedade, tais como exercícios respiratórios, exercícios mentais, meditação e grupo de suporte; estas técnicas podem também incluir psicoterapia.
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     Your doctor can be more effective by using a clear withdrawal protocol rather than an unstructured, casual taper to "test the waters". It may help if you are simultaneously provided with written instructions on each of the steps involved. Although some doctors prescribe Inderal or Tegretol to minimize benzodiazepine withdrawal reactions, these drugs have not been shown to be of definite help, except perhaps in urgent cases when the benzodiazepines must be withdrawn rapidly256.

O seu médico pode ser mais eficaz através do uso de um protocolo claro para retirada da droga psiquiátrica, ao invés de uma diminuição não estruturada e casual para "testar as águas". Pode ajudar se você estiver simultaneamente provido com instruções escritas sobre cada uma das etapas envolvidas. Embora alguns médicos prescrevem Inderal ou Tegretol para minimizar as reações de abstinência dos benzodiazepínicos, essas drogas não têm se mostrado de ajuda definitiva, exceto, talvez, em casos urgentes, quando os benzodiazepínicos devem ser retirados rapidamente257.
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     The vast majority of patients are successfully withdrawn as outpatients. In medical textbooks, recommendations for benzodiazepine withdrawal sometimes mention that inpatients might be switched to a longer-acting drug such as Valium, because withdrawal symptoms are less acute and the relatively larger equivalent dose may be divided more easily. Other doctors believe, to the contrary; that it is best to work with the drug that the patient is accustomed to.

A grande maioria dos pacientes param de consumir drogas psiquiátricas com sucesso em um ambulatório. Em livros de medicina, as recomendações para retirada de benzodiazepínicos, por vezes menciona que pacientes internados podem mudar o consumo para uma droga de ação mais prolongada, tal como Valium, porque os sintomas de abstinência são menos agudos, e a dose equivalente relativamente maior pode ser dividida com mais facilidade. Outros médicos acreditam, ao contrário, que é melhor trabalhar com a droga que o paciente está acostumado.
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     Some medical sources suggest a "10 percent per day" method of tapering benzodiazepines, but we believe that this poses an undue risk to patients. In cases where doctors feel they must taper relatively rapidly without hospitalizing the patient, a "10 percent per week" schedule is more reasonable. This is also the conclusion reached in a systematic review of withdrawal trials of benzodiazepines: "Progressive withdrawal (over 10 weeks) appeared preferable if compared to abrupt since the number of drop-outs was less important and the procedure judged more favorable by the participants" (Denis et al., 2006). Clinical experience with benzodiazepines also suggests that extension of the withdrawal period is not harmful, especially after the initial dose has been decreased by 50 percent. In ordinary circumstances, however, patients should be allowed to share in controlling the process, especially in regard to slowing it down.

Algumas fontes médicas sugerem um método de redução gradual de "10 por cento por dia" dos benzodiazepínicos, mas acreditamos que isso representa um risco indevido para os pacientes. Nos casos em que os médicos sentem que eles devem diminuir a dose de forma relativamente rápida, sem hospitalização do paciente, uma cronograma de diminuição de "10 por cento por semana" é mais razoável. Esta é também a conclusão na qual se chegou em uma revisão sistemática de testes clínicos de retirada de benzodiazepínicos: "retirada progressiva (ao longo de 10 semanas) pareceu preferível se comparada à retirada abrupta, pois o número de desistências era menos importante e o procedimento foi julgado mais favorável por parte dos participantes" (Denis et al., 2006). A experiência clínica com benzodiazepínicos também sugere que a extensão do período de rescisão não é prejudicial, especialmente após a dose inicial ter sido diminuída em 50 por cento. Em circunstâncias normais, contudo, os pacientes devem ser autorizados a participar no controle do processo, especialmente no que diz respeito a diminuir a velocidade de retirada da droga psiquiátrica.
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9.9  Reações de abstinência de antidepressivos

Antidepressant Withdrawal Reactions
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     In Capítulo 4, we divided antidepressants into four classes: tricyclics, monoamine oxidase inhibitors (MAOIs), Prozac-like drugs that stimulate serotonin, and atypicals. Predictable symptoms of withdrawal from most of these drugs are now well documented, although many psychiatrists and even more general practitioners remain unaware of them.

No Capítulo 4, dividimos os antidepressivos em quatro classes: antidepressivos tricíclicos, inibidores da monoamina oxidase (IsMAO [MAOIs]), drogas do tipo Prozac que estimulam a serotonina, e atípicos. Sintomas previsíveis de abstinência da maioria dessas drogas psiquiátricas são agora bem documentados, embora muitos psiquiatras e mesmo profissionais mais gerais permaneçam inconscientes deles.
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9.9.1  Reações de abstinência de antidepressivos tricíclicos

Tricyclic Antidepressant Withdrawal Reactions
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     Stopping the use of tricyclic antidepressants produces a "bewildering assortment" (Wolfe, 1997 [392]) of withdrawal symptoms, affecting between 20 and 100 percent of users and lasting up to three months. You are at highest risk of experiencing withdrawal reactions from tricyclics if you have been treated with high doses for many years and are rapidly withdrawn (Garner, Kelly and Thompson, 1993 [168]).

Parar o uso de antidepressivos tricíclicos produz uma "variedade desconcertante" (Wolfe, 1997 [392]) de sintomas de abstinência, afetando entre 20 e 100 por cento dos usuários e com duração de até três meses. Você está muito arriscado à sofrer reações de abstinência de tricíclicos, se tiver sido tratado com altas doses, por muitos anos, e eles forem rapidamente retirados (Garner, Kelly e Thompson, 1993 [168]).
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     So many different physical symptoms can result from withdrawing from tricyclic antidepressants that it is helpful to divide them into categories. The following withdrawal symptoms may occur alone or in combination, and to varying degrees.

Existem tantos sintomas físicos diferentes que podem resultar da abstinência dos antidepressivos tricíclicos, que é útil dividi-los em categorias. Os seguintes sintomas de abstinência podem ocorrer isoladamente ou em combinação, e em graus variados.
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  1. Gastrointestinal upset with abdominal pain, vomiting, dry mouth, drooling, and loss of appetite. Nausea is a common and very disturbing symptom of withdrawal from these drugs.

    Tensão gastrointestinal com dor abdominal, vômitos, boca seca, salivação e perda de apetite. A náusea é um sintoma comum e muito perturbador da abstinência dessas drogas psiquiátricas.
    (*)
  2. General feelings of physical and mental distress or discomfort that are difficult to define or describe but resemble exhaustion or the flu. "Weird sensations inside the head" are occasionally reported by individuals.

    Sentimentos gerais de desconforto ou de aflição mental e física que são difíceis de definir ou descrever, mas que se assemelham a exaustão ou a gripe. "Sensações estranhas dentro da cabeça" são ocasionalmente relatadas pelos indivíduos.
    (*)
  3. Emotional manifestations including tension, jitteriness, irritability anxiety panic, depersonalization, apathy, depression, "mood swings", and even psychotic mania. Within a few days after withdrawal, some people develop full-blown manic episodes with racing thoughts, hostility; very poor judgment, and reckless and dangerous behavior. These psychoses may persist long after the drugs have been discontinued and may not respond to treatment with other drugs258.

    Manifestações emocionais incluindo tensão, nervosismo, pânico ansioso de irritabilidade, despersonalização, apatia, depressão, "mudança de humor", e até mesmo mania psicótica. Dentro de poucos dias após a retirada, algumas pessoas desenvolvem episódios maníacos plenamente manifestados com pensamentos apressados, hostilidade, julgamento muito pobre, e comportamento irresponsável e perigoso. Estas psicoses podem persistir muito após as drogas psiquiátricas serem descontinuadas e podem não responder ao tratamento com outras drogas259.
    (*)
  4. Mental dysfunction, commonly including memory difficulties and, in more extreme cases, disorientation and delirium (extreme confusion).

    Disfunção mental, comumente incluindo dificuldades de memória e, em casos mais extremos, desorientação e delírio (extrema confusão).
    (*)
  5. Sleep disturbances, including insomnia, excessively vivid dreams, nightmares, and breathing difficulties during sleep.

    Distúrbios do sono, incluindo insônia, sonhos excessivamente vívidos, pesadelos e dificuldades respiratórias durante o sono.
    (*)
  6. Abnormal movements, including uncontrollable movements of almost any muscle of the body (dyskinesias), muscle spasms (dystonias), parkinsonism (slowed, rigid movement), and akathisia (inner agitation that compels a person to move). The muscle spasms can be very painful, and the akathisia can feel like being tortured.

    Movimentos anormais, incluindo movimentos descontrolados de quase qualquer músculo do corpo (discinesias), espasmos musculares (distonias), parkinsonismo (lentidão, movimento rígido), e akatisia (agitação interna que compele uma pessoa a se mover). Os espasmos musculares podem ser muito dolorosos, e a akatisia pode ser sentida como uma tortura.
    (*)
  7. Cardiac arrhythmias that can be dangerous (Dilsaver, Greden, and Snider, 1987 [133]).

    Arritmias cardíacas que podem ser perigosas (Dilsaver, Greden e Snider, 1987 [133]).
(*)

     We have seen cases in which people, after many years on these drugs, have been withdrawn without ever fully recovering from withdrawal symptoms. Some, for example, continue to suffer indefinitely from nausea and memory problems.

Nós temos visto casos em que as pessoas, depois de muitos anos consumindo estas drogas psiquiátricas, pararam de consumi-las sem jamais se recuperarem dos sintomas de abstinência. Alguns, por exemplo, continuam a sofrer indefinidamente de náuseas e problemas de memória.
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     As noted earlier in the book, most of these symptoms - including mania and other mental disturbances - can also occur during treatment from direct antidepressant toxicity.

Como notado anteriormente neste livro, a maioria desses sintomas - incluindo mania e outros distúrbios mentais - também podem ocorrer durante o tratamento devido a toxicidade direta do antidepressivo.
(*)

     Children, too, suffer from tricyclic antidepressant withdrawal (Law, Petty and Kazdin, 1981 [245]). In one case involving an eight-year-old boy the abrupt withdrawal of a tricyclic provoked such severe nausea, vomiting, and abdominal cramps that the boy had to be hospitalized because of dehydration (Gualtieri and Staye, 1979 [192]). "Mental irritability" and heart irregularities have also occurred in infants born to mothers taking tricyclic antidepressants during pregnancy (Webster, 1973 [383]).

As crianças também sofrem com a abstinência de antidepressivos tricíclicos (Law, Petty e Kazdin, 1981 [245]). Em um caso envolvendo um menino de oito anos de idade, a retirada abrupta de um tricíclico provocou náuseas tão severas, vômitos e cãibras abdominais, que o menino teve que ser hospitalizado por causa da desidratação (Gualtieri e Staye, 1979 [192]). "Irritabilidade mental" e irregularidades cardíacas também ocorrerem em crianças nascidas de mães que tomaram antidepressivos tricíclicos durante a gravidez (Webster, 1973 [383]).
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9.9.2  Reações de abstinência dos IMAO [MAOI]

MAOI Withdrawal Reactions
(*)

     Problems related to discontinuation from monoamine oxidase inhibitors (drugs such as Nardil, Parnate, Eldepryl, and, in Canada, Manerix) are less documented than for other classes of antidepressants, probably because these drugs are less frequently used. The proportion of patients who experience withdrawal reactions is unknown because we lack systematic studies (Dilsaver, 1990; Lawrence, 1985 [246]). What we do know, however, is that if you stop an MAOI, withdrawal reactions can last from "days to weeks" (Wolfe, 1997 [392]).

Problemas relacionados com a descontinuação dos inibidores da monoamina oxidase (drogas psiquiátricas tais como Nardil, Parnato, Eldepryl, e, no Canadá, Manerix) são menos documentados do que os de outras classes de antidepressivos, provavelmente porque estas drogas são usadas com menos frequência. A proporção de pacientes que experimentam reações de abstinência é desconhecida por causa da falta de estudos sistemáticos (Dilsaver, 1990; Lawrence, 1985 [246]). O que nós sabemos, contudo, é que se você parar de consumir um IMAO [MAOI], as reações de abstinência podem durar por "dias até semanas" (Wolfe, 1997 [392]).
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     Some clinicians believe that ... "MAOI withdrawal is usually not a serious problem" (Frenkel et al., 1992, p. 111), whereas others maintain that it "produces syndromes of much greater severity than those precipitated by the withdrawal of [tricyclics]" (Dilsaver, 1994 [132], p. 107). One review mentions "serious cognitive impairment and catatonia that may lead to hospitalization, which can appear when [MAOIs] are discontinued" (Schatzberg et al., 1997b [331], p. 5).

Alguns clínicos acreditam que ... "a abstinência de IMAO [MAOI] usualmente não é um problema sério" (Frenkel et al., 1992, p. 111), enquanto outros sustentam que ela "produz síndromes de gravidade muito muito mais severas do que a abstinência dos (tricíclicos)" (Dilsaver, 1994 [132], p. 107). Uma revisão menciona "desequilíbrios cognitivos sérios e catatonias que podem levar à hospitalização, e que podem aparecer quando as (IsMAO [MAOIs]) são descontinuadas" (Schatzberg et al., 1997b [331], p. 5).
(*)

     Other withdrawal reactions include anxiety; agitation, paranoia, pressured speech, headaches, lowered blood pressure upon standing, muscle weakness, shivering, and tingling, burning sensations under the skin (Dilsaver, 1990; Lawrence, 1985 [246]). Mania can also occur.

Outras reações de abstinência incluem ansiedade, agitação, paranóia, fala tensa, dores de cabeça, redução da pressão sanguínea ao levantar, fraqueza muscular, tremores, formigamento, e sensações de queimação sob a pele (Dilsaver, 1990; Lawrence, 1985 [246]). Mania também pode ocorrer.
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     Here are two accounts of grave withdrawal reactions from MAOIs.

Aqui estão dois casos de reações graves de abstinência dos IsMAO [MAOIs].
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     A thirty-four-year-old woman was started on a gradual taper from Nardil. She felt burning sensations, and abruptly quit the drug. She became "hostile, loud, aggressive, disoriented in time and place ...  " She "lunged at imaginary objects. ...  She was delirious for 3 days after receiving the last dose of phenelzine. ...  Though hospitalized for only 72 hours, she did not fully recover for 6 weeks" (Liskin et al., 1985 [258], p. 46).

Uma mulher de trinta e quatro anos de idade iniciou uma diminuição gradual do consumo de Nardil. Ela sentiu sensações de queimação, e abruptamente parou de consumir a droga psiquiátrica. Ela tornou-se "hostil, barulhenta, agressiva, e desorientada no tempo e espaço ...". Ela "dava botes em objetos imaginários. ...  Esteve delirando por 3 dias depois de receber a última dose de fenelzina. ...  Apesar de ter sido hospitalizada por apenas 72 horas, ela não se recuperou totalmente por seis semanas" (Liskin et al., 1985 [258], p. 46).
(*)

     In a case involving a twenty-one-year-old woman treated for bulimia, Nardil was abruptly removed because the woman experienced severe dizziness upon standing. As a result, "[s]he was sleepy, spent most of her time in bed, and was confused for 3 days and disoriented for 4 days following the last dose. ...  She did not recognize her mother or her room. She entered a state of catatonic stupor and was hospitalized" (Liskin et al., 1985 [258], p. 47).

Em um caso envolvendo uma mulher de vinte e um anos de idade sendo tratada de bulimia, Nardil foi abruptamente retirado porque a mulher experimentava severa tontura ao se levantar. Como resultado, "ela esteve sonolenta, passou a maior parte do seu tempo na cama, ficou confusa por 3 dias e desorientada durante 4 dias após a última dose. ...  Ela não reconhecia sua mãe ou seu quarto. Entrou em um estado de estupor catatônico e foi hospitalizada" (Liskin et al., 1985 [258], p. 47).
(*)

9.9.3  Reações de abstinência de antidepressivos que estimulam a serotonina

Withdrawal Reactions from Antidepressants that Stimulate Serotonin
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     This group of drugs includes the selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) such as Prozac, Zoloft, Celexa, Paxil, and Luvox. Effexor, Wellbutrin, Remeron, and Cymbalta can cause similar withdrawal reactions to these drugs.

Este grupo de drogas psiquiátricas inclui os inibidores de reabsorção seletivos de serotonina (IRSS [SSRI]) como Prozac, Zoloft, Celexa, Paxil, e Luvox. Effexor, Wellbutrin, Remeron, e Cymbalta podem causar reações semelhantes de abstinência destas drogas.
(*)

     In 1996, and again in 2004, a panel of psychiatric experts sponsored by antidepressant drug manufacturers met to discuss the withdrawal syndrome from SSRIs. The first panel observed that many of the reactions reported "are similar to those of tricyclic withdrawal, but a variety of novel symptoms are also associated with the stoppage of SRI therapy" (Schatzberg et al., 1997b [331], p. 5). The new symptoms included "problems with balance, sensory abnormalities, and possibly aggressive and impulsive behavior" (Haddad, 1997 [193], p. 21).

Em 1996, e novamente em 2004, um painel de especialistas psiquiátricos patrocinado pelos fabricantes de drogas antidepressivas se reuniram para discutir a síndrome de abstinência de IsRSS [SSRIs]. O primeiro painel observou que muitas das reações relatadas "são semelhantes aos da abstinência de tricíclicos, mas uma variedade de novos sintomas também estão associados com a parada da terapia de IRSS [SSRI]" (Schatzberg et al., 1997b [331], p. 5). Os novos sintomas incluíam "problemas de equilíbrio, anormalidades sensoriais, e possibilidade de comportamento agressivo e impulsivo" (Haddad, 1997 [193], p. 21).
(*)

     That first panel found that the SSRI discontinuation syndrome encompasses the following frequently reported clusters of physical symptoms:

Esse primeiro painel descobriu que a síndrome de descontinuação de IRSS [SSRI] engloba os seguintes e frequentemente relatados conjuntos de sintomas físicos:
(*)

     (1) disequilibrium (eg,, dizziness, vertigo, ataxia), (2) gastrointestinal symptoms (eg, nausea, vomiting), (3) flu-like symptoms (eg, fatigue, lethargy; myalgia, chills), (4) sensory disturbances (eg., paresthesias [tingling, burning sensations], sensations of electric shock), and (5) sleep disturbances (eg, insomnia, vivid dreams) (Schatzberg et al., 1997b [331], p. 8).

(1) desequilíbrio (por exemplo, tonturas, vertigens, ataxia), (2) sintomas gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vômitos), (3) sintomas de gripe (por exemplo, fadiga, letargia, mialgia, calafrios), (4) distúrbios sensoriais (por exemplo, parestesias [formigamento, sensação de queimação], sensações de choque elétrico), e (5) distúrbios de sono (por exemplo, insônia, sonhos vívidos) (Schatzberg et al., 1997b [331], p. 8).
(*)

     The panel also noted two "core psychological symptoms" of SSRI withdrawal - anxiety/agitation, and "dramatic" crying spells and irritability - as well as overactivity; depersonalization, decreased concentration/ slowed thinking, lowered mood, confusion, memory problems, and abnormal movements.

O painel também notou dois "sintomas psicológicos centrais" da abstinência de IRSS [SSRI] - ansiedade / agitação, crises de choro "dramáticas" e irritabilidade - bem como hiperatividade, despersonalização, diminuição da concentração/ raciocínio lento, falta de humor, confusão, problemas de memória, e movimentos anormais.
(*)

     The 2004 panel confirmed all of the first panel's observations, as well as ours, and recognized both the astonishing variety of reported symptoms (over fifty) and the uniqueness of most cases. The new panel observed that the SSRI withdrawal syndrome "usually" appeared within one to seven days after discontinuation, even if the drug was taken for only one month. It estimated that the syndrome "usually" could last up to three weeks. The new panel reorganized the array of withdrawal symptoms into six clusters: (1) neurosensory (including vertigo, tingling and burning sensations, shock-like reactions, and various intense nerve and muscular pains), (2) neuromotor (tremor, spasms, loss of muscular control, and visual changes), (3) gastrointestinal (nausea, vomiting, diarrhea, loss of appetite and weight loss), (4) neuropsychiatric (anxiety, depressed mood, suicidal ideation, irritability impulsiveness), (5) vasomotor (heavy sweating, flushing), and other neurologic symptoms (insomnia, vivid dreaming, fatigue, chills). The panel observed that these groups of symptoms tend to occur together, with most patients experiencing symptoms from each group. It also confirmed previous observations that a full withdrawal syndrome could emerge from missed doses and drug holidays260.

O painel de 2004, confirmou todas as observações do primeiro painel, bem como as nossas, e reconheceu tanto a variedade surpreendente de sintomas relatados (mais de cinquenta), quanto a singularidade da maioria dos casos. O novo painel observou que a síndrome de abstinência de IRSS [SSRI] "usualmente" aparece dentro de 1 a 7 dias após a descontinuação, mesmo que a droga psiquiátrica tenha sido consumida por apenas um mês. Estima-se que a síndrome "usualmente" pode durar até três semanas. O novo painel reorganizou a matriz de sintomas de abstinência em seis grupos: (1) neurossensorial (incluindo vertigens, zumbidos e sensações de queimação, reações do tipo choque, e várias intensas dores do nervo e musculares), (2) neuromotor (tremor, espasmos, perda do controle muscular e alterações visuais), (3) gastrointestinal (náuseas, vômitos, diarréia, perda de apetite e perda de peso), (4) neuropsiquiátricos (ansiedade, depressão de humor, ideação suicida, impulsividade, irritabilidade), (5) vasomotores (transpiração intensa, rubor), e outros sintomas neurológicos (insônia, sonhos vívidos, fadiga, calafrios). O painel observou que estes grupos de sintomas tendem a ocorrer juntos, com a maioria dos pacientes experimentando sintomas de cada grupo. Ele também confirmou as observações anteriores de que a síndrome de abstinência completa pode emergir de doses e dias nos quais faltaram a droga psiquiátrica261.
(*)

     Based on our own clinical experience, on the information reviewed by this panel of psychiatric experts, as well as on other recent studies and reviews262, we have found, as with tricyclic withdrawal, a vast assortment of symptoms associated with the SSRI discontinuation syndrome. Here are a few examples.

Com base em nossa própria experiência clínica, nas informações revisadas por este painel de especialistas psiquiátricos, bem como em outros estudos recentes e revisões263, nós encontramos, como na abstinência de tricíclicos, uma vasta variedade de sintomas associados com a síndrome da descontinuação de IRSS [SSRI]. Aqui estão alguns exemplos.
(*)

     A thirty-two-year-old man who discontinued Prozac after six months of use awoke with "painful extensor muscle spasms" and "protruding tongue movements" (Stoukides and Stoukides, 1991 [354]). A thirty-year-old woman tried to stop taking Luvox when she became pregnant but "was overwhelmed by strong feelings of aggression (she felt that she `could murder someone')". This occurred on two distinct withdrawal occasions, and the woman was unable to stop the Luvox (Szabadi, 1992 [359]).

Um homem de trinta e dois anos de idade, que interrompeu o consumo de Prozac após seis meses de uso, acordou com "espasmos dolorosos no músculo extensor" e "movimentos com a língua para fora" (Stoukides e Stoukides, 1991 [354]). Uma mulher de trinta anos, tentou parar de consumir Luvox quando ela ficou grávida, mas "foi dominada por fortes sentimentos de agressão (ela sentiu que `poderia matar alguém')". Isso ocorreu em duas ocasiões distintas de abstinência, e a mulher não foi capaz de parar o consumo de Luvox (Szabadi, 1992 [359]).
(*)

     One of us has reported a case of "crashing" from SSRI withdrawal. A woman spontaneously decided to reduce her Zoloft from 100 mg to 50 mg per day. Within a couple of days, she lapsed into "exhaustion and fatigue, profound depression, and a compulsive, alien-feeling desire to kill herself"264. All of these symptoms disappeared soon after the woman resumed the 100 mg dose. In another publication, we describe a young woman who became suicidal when discontinuing Prozac (Breggin, 1992a [50]).

Um de nós relatou um caso de "crise" de abstinência de IRSS [SSRI]. Uma mulher espontaneamente decidiu reduzir sua dose de Zoloft de 100 mg (miligramas) para 50 mg por dia. Dentro de um par de dias, ela decaiu em "exaustão e fadiga, depressão profunda, e um desejo compulsivo, de sentimento alienado, de matar a si mesmo"265. Todos esses sintomas desapareceram logo depois que a mulher voltou a consumir a dose de 100 mg. Em outra publicação, nós descrevemos uma jovem mulher que tornou-se suicida quando interrompeu o consumo de Prozac (Breggin, 1992a [50]).
(*)

     In two cases involving middle-aged men, neither with a history of major psychiatric problems, Paxil withdrawal led to severe symptoms. For twelve days after abrupt withdrawal, one man experienced marked hypomania. The second man developed various physical symptoms, then began to express "intense" homicidal thoughts - a condition that lasted for five weeks (Bloch et al., 1995 [41]).

Em dois casos envolvendo homens de meia idade, nenhum deles com um histórico de problemas psiquiátricos maiores, a abstinência de Paxil levou a sintomas severos. Por doze dias após retirada abrupta, um dos homens experimentou marcadamente uma hipomania. O segundo homem desenvolveu vários sintomas físicos, então começou a expressar "intensos" pensamentos homicidas - uma condição que durou por cinco semanas (Bloch et al, 1995 [41]).
(*)

     One woman on Lexapro reduced her 10 mg per day dose to 5 mg a day and three weeks later stopped altogether. One week later, she began to experience "electric shock-like sensations or visual flashes lasting for about 1 second each. This was followed by a phase of spatial disorientation that lasted for about 30 seconds and was experienced as highly unpleasant and frightening". This occurred about three times a day over two weeks (Feth et al., 2006 [149]).

Uma mulher, consumindo uma dose de 10 mg de Lexapro, reduziu seu consumo por dia para 5 mg, e três semanas depois parou completamente. Uma semana depois, ela começou a experimentar "sensações de choque elétrico ou flashes visuais com duração de cerca de 1 segundo cada. Isto era seguido por uma fase de desorientação espacial, que durava cerca de 30 segundos e era experimentado como altamente desagradável e assustador". Isso ocorreu cerca de três vezes por dia durante duas semanas (Feth et al., 2006 [149]).
(*)

     One report describes three consecutive female patients who experienced "severe physical symptoms of withdrawal" when stopping Effexor. Effexor is not an SSRI, but like the SSRIs it stimulates serotonin. The women could not stop the drug, even after repeated attempts at tapering. These patients were finally able to discontinue the Effexor only by switching indefinitely to Prozac (Giakas and Davis, 1997 [173]).

Um relatório descreve três períodos consecutivos de pacientes do sexo feminino que tiveram "severos sintomas físicos de abstinência" quando pararam de consumir Effexor. Effexor não é um IRSS [SSRI], mas como os IsRSS [SSRIs] ele estimula a serotonina. A mulher não conseguia parar de consumir esta droga psiquiátrica, mesmo depois de repetidas tentativas de redução gradual. Estes pacientes foram finalmente capazes de interromper o Effexor apenas mudando indefinidamente para o Prozac (Giakas e Davis, 1997 [173]).
(*)

     After three months of taking Prozac, a young woman tried unsuccessfully to withdraw from the drug on three different occasions. Each time, she experienced extreme dizziness and instability She was examined by specialists who ordered many tests, including magnetic resonance imaging (MRI) of the brain. The tests were negative. The symptoms were relieved each time by the re-administration of Prozac, but none of her doctors suspected a withdrawal reaction. She was eventually tapered successfully over twelve weeks (Einbinder, 1995 [139]).

Após três meses consumindo Prozac, uma jovem mulher tentou, sem sucesso, parar de consumir esta droga psiquiátrica em três ocasiões diferentes. Em cada tentatativa, ela experimentou extrema tontura e instabilidade. Ela foi examinada por especialistas que ordenaram muitos testes, incluindo imagens de ressonância magnética (MRI) do cérebro. Os testes foram negativos. Os sintomas eram aliviados, em cada uma das três ocasiões, pela re-administração de Prozac, mas nenhum de seus médicos suspeitaram de uma reação de abstinência. Ela finalmente conseguiu, com sucesso, reduzir gradualmente o consumo ao longo de mais de 12 semanas (Einbinder, 1995 [139]).
(*)

     A thirty-two-year old woman took 300 mg of Effexor daily for eight months. She tried to withdraw abruptly on three occasions but failed due to unbearable headaches, gastrointestinal distress, fatigue, and other symptoms. "She remains on a regimen of venlafaxine [Effexor], 100 mg tid" (Farah and Lauer, 1996 [145]). A man withdrawn from Effexor experienced "severe akathisia" (compulsion to move). This condition abated "within hours" of restarting the drug, which was later gradually tapered and withdrawn (Wolfe, 1997 [392]).

Uma mulher de 32 anos de idade, consumiu 300 mg (miligramas) de Effexor por dia, durante oito meses. Ela tentou parar o consumo abruptamente em três ocasiões, mas falhou devido a dores de cabeça insuportáveis, desconforto gastrointestinal, fadiga e outros sintomas. "Ela permaneceu consumindo venlafaxina [Effexor], com uma dose de 100 mg por dia" (Farah e Lauer, 1996 [145]). Um homem se abstendo do Effexor experientou "akatisia severa" (compulsão para se mover). Essa condição diminuiu "dentro de horas" após reiniciar o consumo da droga psiquiátrica, que mais tarde foi gradualmente reduzido até parar (Wolfe, 1997 [392]).
(*)

     In a lengthy paper on antidepressant withdrawal difficulties, and in a Web site chronicling his relentless querying of public officials in Britain about the safety of medicines, journalist Charles Medawar summarizes numerous reports of SSRI withdrawal reactions and the underreporting of these reactions by doctors, as well as the stonewalling by government agencies and drug manufacturers about their examination of SSRI withdrawal risks266. Included among these reports, which were dated from 1988 to 2003 and numbered more than one hundred and twenty-five, were a dozen that noted distinct withdrawal symptoms observed in newborn infants whose mothers took either SSRIs or other antidepressants during pregnancy. Much like the older antidepressants, the SSRIs can on occasion cause withdrawal mania (Goldstein et al., 1999 [181]).

Em um artigo longo sobre as dificuldades da abstinência de antidepressivo, e em um site da Web relatando sua incansável consulta de funcionários públicos na Grã-Bretanha sobre a segurança dos medicamentos, o jornalista Charles Medawar resume inúmeros relatos de reações de abstinência de IRSS [SSRI] e da subnotificação destas reações por médicos, bem como a obstrução, por agências governamentais e fabricantes de drogas psiquiátricas, sobre o exame dos riscos de abstinência de IRSS [SSRI] 267. Entre esses relatórios, que foram datados de 1988 até 2003 e enumerados em mais de 125, estavam uma dúzia que notavam sintomas de abstinência distintos observados em crianças recém-nascidas cujas mães consumiram IsRSS [SSRIs] ou outros antidepressivos durante a gravidez. Muito parecido com os antidepressivos mais antigos, os IsRSS [SSRIs] podem em algumas ocasiões provocar mania devido a abstinência (Goldstein et al., 1999 [181]).
(*)

     Withdrawal reactions affect between 20 and 80 percent of persons who stop SSRIs abruptly. Based on a conservative estimate that 50 percent of individuals suffer from withdrawal reactions, we would have to conclude that hundreds of thousands of people are affected every year in the United States alone. Most of these reactions are mild or moderate, yet can be distressing enough that patients would wish to avoid them. Few valid estimates of severe reactions exist: Rates of 20-30 percent were reported in a symposium (Thompson, 1998 [367]).

Reações de abstinência afetam entre 20 e 80 por cento das pessoas que param de consumir abruptamente IsRSS [SSRIs]. Baseado em uma estimativa conservadora de que 50 por cento dos indivíduos sofrem de reações de abstinência, nós teríamos de concluir que centenas de milhares de pessoas são afetadas a cada ano somente nos Estados Unidos. A maioria destas reações são leves ou moderadas, mas podem ser aflitivas o suficiente para que os pacientes queiram evitá-las. Existem poucas estimativas válidas de reações severas: taxas entre 20 e 30 por cento foram relatadas em um simpósio (Thompson, 1998 [367]).
(*)

     Withdrawal reactions from SSRIs typically occur after one to four days of discontinuation, although they may begin weeks later in the case of long half-life drugs such as Prozac. There seems to be a consensus in the published literature reporting on clinical studies and surveys of consumers that short half-life drugs, especially Paxil, seem most often implicated. On average, withdrawal reactions persist for seven to twenty-five days (from one day to thirteen weeks). One study of Cymbalta did find that patients taking the highest dose reported significantly more withdrawal symptoms than those on the lowest doses (Perahia et al., 2005 [302]). As yet, however, the number of studies remains too small to draw valid conclusions about the relationship between dose and length of drug use, on the one hand, and the risk of withdrawal reactions, on the other.

Reações de abstinência de IsRSS [SSRIs] tipicamente ocorrem após um a quatro dias da descontinuação, embora elas possam começar semanas mais tarde, no caso de drogas psiquiátricas de meia-vida longa como Prozac. Parece haver um consenso, na literatura publicada de relatórios sobre estudos clínicos e pesquisas de consumidores, de que drogas de meia-vida curta, especialmente Paxil, aparecem mais frequentemente implicadas. Em média, as reações de abstinência persistem por 7 a 25 dias (de um dia até treze semanas). Em um estudo sobre Cymbalta descobriu-se que pacientes que consumiram doses mais elevadas relataram significativamente mais sintomas de abstinência do que aqueles que consumiram doses menores (Perahia et al., 2005 [302]). Contudo, o número de estudos continua a ser muito pequeno para tirar conclusões válidas sobre a relação entre dose e duração do consumo destas drogas, por um lado, e o risco das reações de abstinência, por outro.
(*)

     SSRI withdrawal reactions involve many different physical, emotional, and mental symptoms, the full range of which has probably not been charted (Hindmarch et al., 2000 [202]). They occur with both abrupt and more gradual withdrawal but seem to be attenuated by a truly gradual withdrawal that lasts three months or more. In our estimation, however, abrupt withdrawal is too frequent, regardless of whether medical supervision is provided.

Reações de abstinência de IRSS [SSRI] envolvem muitos diferentes sintomas físicos, emocionais e mentais, cuja faixa completa provavelmente ainda não foi tabulada (Hindmarch et al., 2000 [202]). Eles ocorrem tanto com a retirada abrupta, quanto com a mais gradual, mas parecem ser atenuados por uma retirada verdadeiramente gradual, que dure três meses ou mais. Na nossa estimativa, contudo, a retirada abrupta é muito frequente, independentemente da supervisão médica que seja providênciada.
(*)

     Withdrawal reactions appear to be more frequent - or at least more acute - in the case of SSRIs with shorter half-lives, such as Paxil, Luvox, and Zoloft. Withdrawal reactions from longer-acting drugs like Prozac seem to appear much later. They can begin up to twenty-five days after the drug is stopped. Because they are so delayed, they are not visible in short-term studies; moreover, patients tend not to attribute these delayed withdrawal reactions to stopping the drug (Pollock, 1998 [310], p. 535).

Reações de abstinência parecem ser mais frequentes - ou pelo menos mais agudas - no caso dos IsRSS [SSRIs] com menor meia-vida, como Paxil, Luvox e Zoloft. Reações de abstinência, de drogas psiquiátricas de ação mais prolongada como o Prozac, parecem aparecer muito mais tarde. Elas podem se iniciar até 25 dias depois que o consumo da droga é interrompido. Devido ao fato destas reações ocorrerem tão atrasadas, elas não são visíveis em estudos de curto prazo, além disso, os pacientes tendem a não atribuir essas reações de abstinência atrasadas à parada do consumo da droga (Pollock, 1998 [310], p. 535).
(*)

     GlaxoSmithKline, the manufacturer of Paxil, was recently required by the FDA to modify it's label to add emphasis to the danger of withdrawal reactions. This label change occurred at the time that Peter Breggin was acting as a medical expert in a California lawsuit aimed at requiring similar modifications. Under "Precautions", the new Paxil label lists the following reported withdrawal symptoms: "Dysphoric mood, irritability, agitation, dizziness, sensory disturbances (eg,, paresthesias such as electric shock sensations and tinnitus), anxiety confusion, headache, lethargy, emotional lability, insomnia, and hypomania" (Physicians' Desk Reference [Referência de Mesa dos Médicos], 2007 [308], p. 1533). The section refers to the occurrence of "serious discontinuation symptoms" and "intolerable symptoms".

A FDA exigiu recentemente da GlaxoSmithKline, o fabricante do Paxil, que ela modificasse a bula de seu produto adicionando ênfase ao perigo de reações de abstinência. Esta mudança na bula ocorreu no momento em que Peter Breggin estava atuando como um médico especialista em uma ação judicial na Califórnia, que visava obrigar modificações semelhantes nas bulas. No item "Precauções", a nova bula do Paxil lista os seguintes sintomas de abstinência relatados: "Humor disfórico, irritabilidade, agitação, tontura, distúrbios sensoriais (por exemplo, parestesias, tais como sensações de choque elétrico e zumbido), confusão ansiosa, dor de cabeça, letargia, labilidade emocional, insônia e hipomania " (Referência de Mesa dos Médicos [Physicians' Desk Reference], 2007 [308], p. 1533). A seção refere-se a ocorrência de "sintomas de descontinuação sérios" e "sintomas intoleráveis".
(*)

     We have found that a small number of patients cannot tolerate the anguish associated with withdrawing from Paxil and similar antidepressants, and instead reluctantly decide to remain on the drugs indefinitely In such cases, we would advise consulting with more than one health provider about approaches to withdrawal. Further attempts to withdraw at a later date should not be ruled out since the intensity of withdrawal reactions may vary at different times.

Nós descobrimos que um pequeno número de pacientes não podem tolerar a angústia associada a abstinência de Paxil e antidepressivos semelhantes, e ao invés de parar de consumí-los estes pacientes relutantemente decidem permanecer consumindo estas drogas psiquiátricas indefinidamente. Nesses casos, nós aconselhamos consultar-se com mais de um provedor de saúde sobre as abordagens de retirada. Outras tentativas de parar de consumir as drogas psiquiátricas em uma data posterior não devem ser descartadas uma vez que a intensidade das reações de abstinência podem variar em diferentes momentos.
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     As M. Lejoyeux and J. Adès (1997) [249] point out, "Patients who are classified as having a relapse while they are discontinuing therapy may, in fact, be suffering from unrecognized discontinuation symptoms" (Lejoyeux and Ades, 1997 [249], p. 11). As previously noted, the 1996 expert panel found that "dramatic" crying spells are a "core psychological symptom" of SSRI withdrawal. No wonder it's tempting to mistake this reaction for a relapse of depression. It is anybody's guess as to how many patients are resumed on antidepressants because they are suffering from withdrawal reactions that are mistakenly diagnosed as depressive relapses, but the number is undoubtedly large.

Como M. Lejoyeux e Adès J. (1997) [249] indicam, "Os pacientes que são classificadas como tendo uma recaída, enquanto eles estão interrompendo a terapia, podem de fato, estar sofrendo de sintomas de abstinência não reconhecidos" (Lejoyeux e Ades, 1997 [249], p. 11). Como notado anteriormente, o painel de especialistas de 1996 descobriu que crises "dramáticas" de choro são um "sintoma psicológico central" da abstinência de IRSS [SSRI]. Não admira que seja tentador confundir esta reação com uma recaída da depressão. Qualquer um tem dúvidas quanto ao número de pacientes que voltam a consumir antidepressivos, porque eles estão sofrendo de reações de abstinência que são erroneamente diagnosticadas como recaídas da depressão, mas este número é, sem dúvida muito grande.
(*)

9.9.4  Reações de abstinência de antidepressivos atípicos

Atypical Antidepressant Withdrawal Reactions
(*)

     Withdrawal reactions to the atypical antidepressants are generally less well documented than for other types of antidepressants. There exists scarcely any information on the effects of withdrawing from Ludiomil (maprotiline). Withdrawal reactions from Wellbutrin or Zyban (buproprion), Serzone (nefazodone), and Remeron (mirtazapine) are likewise barely documented in the medical literature. One report describes a withdrawal syndrome from abrupt cessation of Serzone, consisting of "dizziness, nausea, vomiting, sweating, anxiety insomnia, and restlessness", which lasted three days (Benazzi, 1998a). Another report describes a similar reaction (which also included burning sensations under the skin) following the sudden withdrawal of the antidepressant Remeron (Benazzi, 1998b).

Reações de abstinência dos antidepressivos atípicos são geralmente menos bem documentadas do que as de outros tipos de antidepressivos. Não existe quase nenhuma informação sobre os efeitos de abstinência de Ludiomil (maprotilina). Reacções de abstinência de Wellbutrin ou Zyban (bupropiona), Serzone (nefazodona), e Remeron (mirtazapina) também quase não são documentadas na literatura médica. Um relatório descreve uma síndrome de abstinência da interrupção abrupta do Serzone, consistindo em "tonturas, náuseas, vômitos, sudorese, insônia ansiosa, e inquietação", que durou três dias (Benazzi, 1998a). Outro relatório descreve uma reação semelhante (que incluiu também sensação de queimação na pele), após a súbita retirada do antidepressivo Remeron (Benazzi, 1998b).
(*)

     Withdrawal reactions to Effexor (venlafaxine) have been discussed in the previous section, as this drug has many effects in common with Prozac-like drugs that stimulate serotonin. One researcher found that serious withdrawal effects within mere hours of stopping Effexor or reducing the dose can affect physical and motor coordination to such a degree that patients should be explicitly advised not to drive a car (Campagne, 2005 [81]). Asendin (amoxapine), a combination of a neuroleptic and a tricyclic antidepressant, will share important withdrawal effects with antipsychotics and tricyclics (such as flu-like symptoms, agitation, and movement disorders), and readers should consult the appropriate sections in this chapter.

Reações de abstinência de Effexor (venlafaxina) foram discutidas na seção anterior, pois esta droga psiquiátrica tem muitos efeitos em comum com drogas do tipo Prozac que estimulam a serotonina. Um pesquisador descobriu efeitos sérios de abstinência dentro de poucas horas após a parada do consumo de Effexor ou após a redução da dose. Estes efeitos de abstinência podem afetar a coordenação física e motora, a tal ponto que os pacientes devem ser explicitamente aconselhados a não conduzir um carro (Campagne, 2005 [81]). Asendin (amoxapina), uma combinação de um neuroléptico e um antidepressivo tricíclico, compartilha importantes efeitos de abstinência com os antipsicóticos e antidepressivos tricíclicos (tais como sintomas do tipo da gripe, agitação e distúrbios do movimento), e os leitores devem consultar as seções apropriadas neste capítulo.
(*)

     Several withdrawal effects have been documented with Desyrel (trazodone), including mania and hypomania, nausea and recurrent vomiting, and visual hallucinations268. Within 36 hours of trazodone withdrawal, one patient developed a "syndrome of overwhelming anxiety, depersonalization, insomnia, and nightmares" which took five days to subside (Menza, 1986 [276]).

Vários efeitos de abstinência têm sido documentados em relação à Desyrel (trazodona), incluindo mania e hipomania, náusea e vômito recorrente, e alucinações visuais269. Dentro de 36 horas de abstinência de trazodona, um paciente desenvolveu uma síndrome "de ansiedade esmagadora, despersonalização, insônia e pesadelos", que demorou cinco dias para diminuir (Menza, 1986 [276]).
(*)

     As discussed in previous chapters, the absence or rarity of reports of withdrawal effects from specific psychiatric drugs in no way indicates that a drug is free of such effects. The reader withdrawing from atypical antidepressants should proceed slowly and expect almost any kind of effect associated with other antidepressants.

Como discutido nos capítulos anteriores, a ausência ou raridade de relatos dos efeitos de abstinência de drogas psiquiátricas específicas, de modo algum indica que uma droga seja livre de tais efeitos colaterais. O leitor, que está reduzindo o consumo de antidepressivos atípicos, deve proceder lentamente e esperar a vinda de quase todos os tipos de efeitos associados com outros antidepressivos.
(*)

9.10  Reações de abstinência de estimulantes

Stimulant Withdrawal Reactions
(*)

     Stimulants are frequently used to control the behavior of children. The amphetamines Adderall, Desoxyn, Dexedrine, and Gradumet, as well as the amphetamine-like Ritalin, are the most commonly prescribed. Stimulant drugs are also given to adults to treat "attention deficit-hyperactivity disorder", narcolepsy depression, and obesity other stimulant-like drugs have been used for diet control, including phentermin (Fastin, Adipex) and mazindole (Sanorex). Another diet control drug, fenfluramine, was recently taken off the market in Canada and the United States because it harms human heart valves. Caffeine, of course, is a mild stimulant that is commonly used.

Estimulantes são frequentemente usados para controlar o comportamento das crianças. As anfetaminas Adderall, Desoxyn, Dexedrine e Gradumet, bem como a Ritalina tipo-anfetamina, são as mais comumente prescritas. Drogas estimulantes também são dadas aos adultos para o tratamento da "desordem de hiperatividade e déficit de atenção", depressão narcolepsia, e obesidade. Outras drogas estimulantes têm sido usadas para controle da dieta, incluindo phentermin (Fastin, Adipex) e mazindole (Sanorex). Outra droga de controle de dieta, fenfluramina, foi recentemente retirada do mercado no Canadá e nos Estados Unidos porque prejudica as válvulas cardíacas humanas. Cafeína, é claro, é um estimulante leve que é comumente usado.
(*)

     Ritalin and the amphetamines are very similar to cocaine in terms of how they affect brain chemistry and function. Although the impact of stimulants on dopamine neurotransmission is usually viewed as the main cause for the euphoria or "pleasure" that encourages people to keep using these drugs, recent research has also focused on another neurotransmitter, serotonin. Cocaine and other stimulants block the removal of serotonin from the synapses between brain cells (Rocha et al., 1998 [319]). Since the SSRI antidepressants have similar effects, it is not surprising that withdrawal from stimulant drugs and from Prozac-like SSRI antidepressants share many features.

Ritalina e anfetaminas são muito semelhantes à cocaína, em termos de como elas afetam a química e função do cérebro. Embora o impacto de estimulantes na neurotransmissão da dopamina seja normalmente visto como a principal causa para a euforia ou "prazer" que encoraja as pessoas a continuar usando essas drogas, pesquisas recentes também enfocaram em outro neurotransmissor, serotonina. Cocaína e outros estimulantes bloqueiam a remoção da serotonina das sinapses entre as células cerebrais (Rocha et al., 1998 [319]). Uma vez que os antidepressivos IsRSS [SSRIs] têm efeitos semelhantes, não é de estranhar que a retirada de drogas estimulantes e de Prozac - como antidepressivos IsRSS [SSRIs] compartilham muitas características.
(*)

     Described in many case reports for nearly three decades, "stimulant withdrawal was largely overlooked [by doctors] for years" (Dackis and Gold, 1990, p. 16). Clinicians have tended to dismiss the severity of stimulant withdrawal or to characterize it as "merely psychological". Because stimulant withdrawal typically lacks some of the more visible physical manifestations of withdrawal from drugs classically used to excess, such as alcohol and the opiates (Lago and Kosten, 1994 [241]) it is easier to overlook.

Descritos em muitos casos relatados por quase três décadas, "a abstinência de estimulante foi largamente ignorada [por médicos] por muitos anos" (Dackis e Gold, 1990, p. 16). Os médicos clínicos tendem a descartar a severidade da abstinência de estimulante ou a caracterizá-la como "meramente psicológica". É mais fácil de ignorar a abstinência de estimulantes, porque ela tipicamente carece de algumas das manifestações físicas mais visíveis na abstinência das drogas classicamente utilizado em excesso, tais como o álcool e os opiáceos (Lago e Kosten, 1994 [241]), .
(*)

     "Crashing" is the best-known effect of withdrawing from stimulants. During this state, you are likely to feel emotionally upset, and to lack energy and motivation. This depressive, fatigued state is the result of your brains attempt to overcome the previous state of artificial stimulation. Similarly if stimulants cause you to be less hungry a marked increase in appetite and weight gain may accompany withdrawal.

"Crise" é o efeito mais conhecido da abstinência de estimulantes. Durante esse estado, é provável que você se sinta emocionalmente perturbado, e que haja falta de energia e motivação. Este estado, depressivo e de fadiga, é o resultado do cérebro tentando superar o estado anterior de estimulação artificial. Similarmente, se estimulantes diminuem a fome, um acentuado aumento do apetite e do peso podem acompanhar a abstinência.
(*)

     The deep depression and apathy usually last no more than three to ten days. However, as confirmed in a psychopharmacology manual, they may "reach serious clinical proportions" and "persist for weeks" in "unstable individuals" (Schatzberg, Cole, and DeBattista, 1997 [331], p. 352). Thoughts of despair and suicide may accompany this "crashing". A longer phase of general physical and mental slowing follows it. Paradoxically you may also suffer from insomnia, anxiety and irritation.

A depressão e apatia mais profunda usualmente não duram mais de três a dez dias. Contudo, como confirmado em um manual de psicofarmacologia, elas podem "atingir sérias proporções clínica" e "persistir por semanas" em "indivíduos instáveis" (Schatzberg, Cole, e DeBattista, 1997 [331], p. 352). Pensamentos de desespero e suicídio podem acompanhar esta "crise". Segue-se uma longa fase de lentidão geral física e mental. Paradoxalmente você pode também sofrer de insônia, ansiedade e irritação.
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     DSM-IV specifies certain criteria for a withdrawal syndrome associated with the group of stimulant drugs that includes Ritalin and cocaine. The symptoms it lists are fatigue; vivid, unpleasant dreams; insomnia or excessive sleep; increased appetite; and psychomotor retardation or agitation (DSM-IV APA, 1994 [6]), pp. 208-209, 225-226.).

DSM-IV especifica alguns critérios de uma síndrome de abstinência associada ao grupo de drogas estimulantes, que inclui a Ritalina e cocaína. Os sintomas listados são fadiga; sonhos vívidos e desagradáveis; insônia ou sono excessivo; aumento do apetite; e retardo ou agitação psicomotora (DSM-IV APA, 1994 [6]), pp 208-209, 225-226).
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     Rebound reactions are also common. In the case of amphetamines and Ritalin, rebound phenomena show up when children are taken off the drug abruptly or miss a dose. Typically they experience an increase in agitation, restlessness, excitability; and distraction (Whalen and Henker, 1997). Rebound reactions are, by definition, more intense than the same symptoms experienced before taking the drug. They may occur within hours of the last dose of a stimulant and can persist for days.

Reações de rebote também são comuns. No caso das anfetaminas e Ritalina, fenômenos rebote aparecem quando as crianças param de consumir estas droga psiquiátricas abruptamente ou falham em tomar uma dose. Tipicamente, elas experimentam um aumento da agitação, inquitação, excitabilidade, e distração (Whalen e Henker, 1997). Reações de rebote são, por definição, mais intensas do que os mesmos sintomas experimentados antes de consumir a droga. Elas podem ocorrer dentro de horas a partir da última dose tomada de um estimulante, e podem persistir por vários dias.
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     In a double-blind controlled study parents and teachers of "normal" boys given a single dose of amphetamine observed marked rebound phenomena five hours after the drug was administered (Rappoport et al., 1978 [315]). There is no doubt that parents, teachers, and doctors repeatedly mistake these rebound reactions for signs that the child's "attention deficit-hyperactivity disorder" is worsening and that the child "clearly needs" the drug.

Em um estudo controlado de duplo-cego, pais e professores de meninos "normais", que receberam uma dose única de anfetamina, observaram fenômenos de rebote característicos, cinco horas após a administração da droga psiquiátrica (Rappoport et al., 1978 [315]). Não há dúvidas de que os pais, professores e médicos repetidamente confundem, essas reações rebote, com sinais de que a "desordem de hiperatividade e déficit de atenção" da criança está piorando, e que o inocente "necessita claramente" da droga de drogaria.
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     There are case reports of delirium, psychosis, and severe confusional states upon amphetamine withdrawal270. Similarly, researchers have documented psychosis and deep depressive symptoms with suicidal thoughts upon withdrawal of Ritalin in children (Klein and Bessler, 1992 [233]). There is a case report of stuttering priapism (intermittent, long-lasting painful erections) in an adolescent withdrawn from Concerta (Schwartz and Rushton, 2004 [337]). As we discussed at the beginning of this chapter with regard to adverse reaction reports sent to the FDA, the relative paucity of reports of withdrawal-induced distress is not a good indicator of their true frequency.

Há relatos de casos de delírio, psicose e estados severos de confusão, devido a abstinência de anfetaminas271. Similarmente, os pesquisadores têm documentado psicoses e sintomas depressivos profundos com pensamentos suicidas, durante a abstinência de Ritalina em crianças (Klein e Bessler, 1992 [233]). Há um caso relatado de priapismo (intermitentes e duradouras ereções dolorosas) em um adolescente que parou de consumir Concerta (Schwartz e Rushton, 2004 [337]). Como nós discutimos no início deste capítulo com relação aos relatórios de reações adversas enviados à FDA, a relativa escassez destes relatos de aflição induzida por abstinência, não é um bom indicador de sua frequência verdadeira.
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     Most of our knowledge about withdrawal reactions after stimulant use comes from studies of adult cocaine users. Amphetamine withdrawal has been studied less; and methylphenidate (Ritalin) withdrawal, even less still272. Millions of children take stimulants daily. It is truly remarkable that researchers are not systematically investigating this hazardous phenomenon.

A maioria dos nossos conhecimentos sobre as reações de abstinência após o uso de estimulantes vem de estudos de usuários de cocaína adultos. A abstinência de anfetamina tem sido menos estudada, e a abstinência de metilfenidato (Ritalina), menos ainda273. Milhões de crianças consomem estimulantes diariamente. É verdadeiramente marcante que os pesquisadores não estejam sistematicamente investigando este fenômeno perigoso.
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     Should withdrawal from stimulants be abrupt or gradual? The specialized literature contains recommendations to withdraw stimulants abruptly, on the grounds that no dangerous physical symptoms will occur. One psychopharmacology textbook is quite explicit: "When a patient who is dependent on stimulants is hospitalized, stimulant administration should be stopped abruptly. No tapered withdrawal is necessary" (Schatzberg, Cole, and DeBattista, 1997 [331], p. 352). The writers of that passage nonetheless confirm that withdrawal from large doses will "often" produce "a withdrawal syndrome consisting of depression, fatigue, hyperphagia [excessive eating], and hypersomnia" (Schatzberg, Cole, and DeBattista, 1997 [331]). Yet, rather than recommend a gradual withdrawal to attenuate incapacitating reactions, the authors speculate on the value of treating them with antidepressants!

Deve-se parar de consumir estimulantes abruptamente ou gradualmente? A literatura especializada contém recomendações para parar o consumo de estimulantes abruptamente, basado na hipótese de que não irão ocorrer sintomas físicos perigosos. Um livro de psicofarmacologia é bastante explícito: "Quando um paciente que é dependente de estimulantes está hospitalizado, a administração destes estimulantes deve ser interrompida abruptamente. A redução gradual não é necessária". (Schatzberg, Cole, e DeBattista, 1997 [331], p. 352). Contudo, os escritores dessa passagem confirmam que a retirada de grandes doses vai "muitas vezes" produzir "uma síndrome de abstinência consistindo de depressão, fadiga, hiperfagia [comer excessivamente], e hipersonia" (Schatzberg, Cole, e DeBattista, 1997 [331]). No entanto, ao invés de recomendar uma retirada gradual para atenuar as reações incapacitantes, os autores especulam sobre o valor de tratá-los com antidepressivos!
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     We see no reason to endorse abrupt withdrawal from stimulants, unless they have been used for a short time or sporadically with few or no ill effects between episodes of use. Two doctors who described an arduous withdrawal of Ritalin from two older men emphasized that "a drug free state may not easily be achieved by following the widely accepted recommendation to stop daily stimulant doses abruptly" (Keely and Licht, 1985 [224], p. 123).

Não vemos nenhuma razão para endorsar a retirada abrupta de estimulantes, a menos que eles tenham sido usadas por um tempo curto ou esporadicamente, com nenhum ou poucos efeitos maléficos entre os episódios de uso. Dois médicos que descreveram uma abstinência árdua de Ritalina de dois homens mais idosos enfatizam que "um estado livre de drogas psiquiátricas pode não ser facilmente alcançado seguindo-se a recomendação amplamente aceita de parar as doses diárias de estimulante abruptamente" (Keely e Licht, 1985 [224], p. 123).
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9.11  Reações de abstinência do lítio e anticonvulsivos

Lithium and Anticonvulsant Withdrawal Reactions
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     Lithium withdrawal raises the serious issue of confusing withdrawal difficulties with relapse. In fact, lithium withdrawal reactions exactly mimic the manic symptoms that lead to the start of lithium treatment. Doctors prescribe lithium primarily to treat mania; often, mania rapidly follows lithium withdrawal. How is the doctor or patient to know whether this condition is withdrawal mania or a return of the original psychiatric problem?

A abstinência do lítio levanta a séria questão da confusão entre as dificuldades de abstinência e as recaídas. De fato, as reações de abstinência do lítio imitam exatamente os sintomas maníacos que levam ao início do tratamento com este mesmo lítio. Os médicos prescrevem o lítio primariamente para tratar a mania, muitas vezes, a mania rapidamente segue a abstinência de lítio. Como é que o médico ou o paciente podem saber se esta condição é mania advinda da abstinência ou um retorno do problema psiquiátrico original?
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     Some doctors refuse to see a specific syndrome of withdrawal from lithium. Others suggest that a true lithium withdrawal syndrome cannot merely resemble mania but that "tremor, dizziness, and sometimes epileptic seizures" should also be observed (Schou, 1993 [336], p. 515). We believe, however, that the latter opinions are further instances in which doctors have thoughtlessly attributed disturbed reactions after drug withdrawal to the patient's "underlying illness" rather than to the drug treatment itself.

Alguns médicos se recusam a ver uma síndrome específica de abstinência do lítio. Outros sugerem que uma verdadeira síndrome de abstinência de lítio não pode meramente se assemelhar a mania, mas que "tremor, tontura e, às vezes crises epilépticas" também devem ser observadas (Schou, 1993 [336], p. 515). Nós acreditamos, contudo, que as opiniões mais recentes são ainda casos em que os médicos têm impensadamente atribuído reações perturbadas após a retirada da droga psiquiátrica com a "doença subjacente" do paciente e não com o tratamento com estas drogas em si.
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     The rapid recurrence of mania can happen even among patients who have been taking the drug for years, are seemingly "well-stabilized", and are withdrawn from it for only four or five days274. In one study researchers abruptly switched twenty-one previously manic patients to placebos. They had taken lithium continuously for an average of four years. The authors write: "Within 14 days on placebo, 11 patients relapsed into severe psychotic states with paranoid, manic and depressive syndromes. ...  Most of the other patients not relapsing into psychotic states reported anxiety nervousness, increased irritability and alertness, [and] sleep disturbances" (Klein et al., 1981 [232], p. 255).

A rápida recorrência de mania pode acontecer mesmo entre os pacientes que tem consumido a droga psiquiátrica por anos, estão aparentemente "bem estabilizados", e que estejam se abstendo da droga por apenas quatro ou cinco dias275. Em um estudo os pesquisadores mudaram abruptamente vinte e um pacientes, previamente diagnosticados como maníacos, para placebos. Eles haviam consumido lítio continuamente por uma média de quatro anos. Os autores escrevem: "Dentro de 14 dias com placebo, 11 pacientes recaíram em estados psicóticos severos com síndromes paranóicas, maníacas e depressivas ...  A maioria dos outros pacientes não reincidentes em estados psicóticos relataram ansiedade nervosa, irritabilidade aumentada, estado de alerta, e distúrbios de sono" (Klein et al., 1981 [232], p. 255).
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     One review systematically examined fourteen published studies of lithium withdrawal involving 257 "manic-depressive" patients with an average of thirty months of stable lithium treatment. Of the new manic episodes that occurred, more than 50 percent were experienced within three months of withdrawal. Also observed was a staggering 28-fold increase in the risk of new manic episodes for patients just withdrawn from lithium (Suppes et al., 1991). Another review of published and unpublished studies on lithium withdrawal yielded similar conclusions (Faedda et al., 1993 [144]). This evidence led one doctor to state candidly: "[F]rank manic symptoms are the defining feature of significant withdrawal effects and appear to be of a comparable severity to those seen in manic illness generally often requiring hospital admission" (Goodwin, 1994 [182], p. 149).

Uma revisão sistematicamente examinou catorze estudos publicados de abstinência de lítio envolvendo 257 pacientes "maníaco-depressivos" com uma média de 30 meses de tratamento estável com lítio. Dos novos episódios maníacos que ocorreram, mais de 50 por cento eram experimentados dentro de três meses de abstinência. Também observado foi um aumento desconcertante de 28 vezes o risco de novos episódios maníacos em pacientes que acabaram de parar de consumir o lítio (Suppes et al., 1991). Outra revisão de estudos publicados e não publicados sobre a abstinência de lítio chegou a conclusões semelhantes (Faedda et al., 1993 [144]). Esta evidência levou um médico a afirmar candidamente: "Sintomas verdadeiramente maníacos são a característica definidora de efeitos de abstinência significativos e parecem ser de uma severidade comparável aos observados na doença maníaco que em geral, muitas vezes, requer internação hospitalar" (Goodwin, 1994 [182], p. 149).
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     Withdrawal from lithium increases the likelihood of rebound depression as well as mania. A study of 14 patients and 28 controls showed that lithium withdrawal led to "a high immediate relapse rate". However, once these patients recovered from the rebound withdrawal reaction, their overall outcome over the next seven years was "not worsened by discontinuation". This is good news for patients who are considering withdrawal from lithium. According to this study once they have recovered from the withdrawal reaction, their prognosis is as good as for patients who remain on lithium (Cavanaugh et al., 2004 [84]).

A abstinência do lítio aumenta a probabilidade de depressão rebote, bem como de mania. Um estudo de 14 pacientes e 28 sujeitos de controle, mostrou que a abstinência de lítio levou a "uma elevação imediata da taxa de recaída". Contudo, uma vez que esses pacientes se recuperaram do rebote da reação de abstinência, o seu desempenho global ao longo dos próximos sete anos "não foi piorado pela descontinuação". Esta é uma boa notícia para os pacientes que estão considerando parar de consumir lítio. De acordo com este estudo, uma vez que eles tenham se recuperado da reação de abstinência, seu prognóstico é tão bom quanto o dos pacientes que permanecem consumindo lítio (Cavanaugh et al., 2004 [84]).
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     Increases in energy and alertness, heightened emotional response, increased concentration, and decreased thirst are sometimes reported even in patients who do not experience mania during withdrawal (Balon et al., 1984 [27]).

Aumentos na energia e atenção, resposta emocional elevada, aumento da concentração e diminuição da sede às vezes são relatados mesmo em pacientes que não experimentaram mania durante a abstinência (Balon et al., 1984 [27]).
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     An editorial in the British Journal of Psychiatry [Jornal Britânico de Psiquiatria] openly states that when patients take lithium for less than two years, they risk undergoing frequent recurrences of manic episodes shortly after withdrawal. The author, a psychiatrist, believes that these are genuine withdrawal effects and recommends informing patients of the danger before they decide to undertake lithium treatment (Goodwin, 1994 [182]). Nonetheless, the same psychiatrist maintains that taking lithium for more than ten years does not carry this withdrawal risk. This conclusion contradicts well-accepted clinical experience indicating that the longer a drug is taken, the greater is the risk of withdrawal reactions.

Um editorial no British Journal of Psychiatry [Jornal Britânico de Psiquiatria] abertamente afirma que, quando os pacientes consomem lítio menos de dois anos, eles correm o risco de passar por recorrências frequentes de episódios maníacos logo após a parada do consumo. O autor, um psiquiatra, acredita que estes são efeitos de abstinência genuínos e recomenda que se informe os pacientes sobre este perigo antes que eles decidam realizar tratamento com lítio (Goodwin, 1994 [182]). No entanto, o mesmo psiquiatra afirma que consumir lítio por mais de 10 anos, não comporta este risco de abstinência. Esta conclusão contradiz a experiência clínica bem aceita, indicadora de que quanto mais tempo uma droga psiquiátrica é consumida, maior é o risco de reações de abstinência.
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     Psychiatrists are belatedly beginning to realize that the rapid recurrence of mania after lithium withdrawal is a real withdrawal effect. However, many practicing doctors undoubtedly continue to attribute withdrawal-induced mania to their patients' "chronic disease". These doctors then persist in exposing their patients to lithium despite it's many long-term adverse effects.

Psiquiatras estão começando a perceber tardiamente que a rápida recorrência de mania após a retirada de lítio é um efeito de abstinência real. Contudo, muitos médicos praticantes, sem dúvida, continuam a atribuir a mania induzida pela abstinência à "doença crônica" de seus pacientes. Esses médicos então persistem em expor seus pacientes ao lítio, apesar do seus muitos efeitos adversos de longo prazo.
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     Over the past decade, the use of lithium to treat mania or bipolar disorder has been mostly replaced by a crop of drugs originally developed to treat epilepsy. Most of these anti-seizure or anticonvulsant drugs, which include older drugs such as Tegretol and Depakene, and newer drugs such as Topamax and Neurontin, have not been approved by the FDA to treat mania or bipolar disorder. However, Lamictal and Depakote are now approved for treating manic disorders.

Durante a última década, o uso do lítio para tratar mania ou doença bipolar tem sido na maioria das vezes substituído por uma produção de drogas psiquiátricas originalmente desenvolvidas para tratar a epilepsia. A maioria dessas drogas anticonvulsivas, que incluem as drogas mais antigas, como Tegretol e Depakene, e as drogas mais novas, como Topamax e Neurontin, não foram aprovados pela FDA para o tratamento de mania ou distúrbio bipolar. Contudo, Lamictal e Depakote estão agora aprovadas para o tratamento de distúrbios maníacos.
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     Several previous reports described anticonvulsant withdrawal reactions, focusing on the risk of seizures in patients having received these drugs to treat epilepsy or other seizure disorders. Now that hundreds of thousands of people who do not suffer from seizures are prescribed anti-seizure drugs, withdrawal reactions are likely to be more varied. Nonetheless, as has occurred previously with every wave of "newer" drugs, there is still a dearth of published reports of withdrawal reactions.

Vários relatórios anteriores descrevem reações de abstinência de anticonvulsivos, enfocando o risco de convulsões em pacientes que receberam essas drogas para tratar epilepsia ou outras desordens convulsivas. Agora que centenas de milhares de pessoas que não sofrem convulsões estão recebendo prescrições de drogas anticonvulsivas, as reações de abstinência são susceptíveis de serem mais variadas. Contudo, como já ocorreu anteriormente com cada onda de "novas" drogas, ainda há uma carência de relatos de reações de abstinência.
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     Tegretol (carbamazepine) is an anticonvulsant drug widely used as a treatment for many problems, including mania. Upon withdrawal, Tegretol can provoke serious emotional flare-ups - including paranoia, hostility, and agitation-in previously disturbed people (Heh et al., 1988 [201]). These withdrawal reactions can also occur in mentally stable individuals, as in one documented case involving a patient treated for a physical disorder (Darbar et al., 1996 [127]). Although probably less frequently than withdrawal from lithium, withdrawal from Tegretol can also cause rebound mania (Jess et al., 2004 [216]). Other anticonvulsants or anti-epileptic drugs such as Depakene (valproic acid), Depakote (divalproex sodium), and Dilantin (phenytoin), are also widely prescribed in psychiatry. The risk of seizures needs to be considered when any anticonvulsant drug is withdrawn, whether or not a seizure disorder was previously present. Other symptoms of anticonvulsant withdrawal may commonly include anxiety, muscle twitching, tremors, weakness, nausea, and vomiting. A case of withdrawal reaction in an eighty-one-year-old man maintained for five years on Neurontin (gabapentin) and then tapered over one week described "severe mental status changes, severe somatic chest pains, and hypertension" appearing ten days after the last dose. Upon reintroduction of the drug, the symptoms subsided within 24 hours. The authors propose that "a gabapentin taper should follow a course similar to that of a benzodiazepine taper-slowly and over a period of weeks to months" (Tran et al., 2005 [369]).

Tegretol (carbamazepina) é uma droga anticonvulsiva amplamente utilizada para o tratamento de muitos problemas, incluindo mania. Após a retirada, Tegretol pode provocar sérias explosões emocionais - incluindo paranóia, hostilidade e agitação em pessoas previamente perturbadas (Heh et al, 1988 [201]). Estas reações de abstinência também podem ocorrer em indivíduos mentalmente estáveis, como em um caso documentado envolvendo um paciente tratado por uma desordem física (Darbar et al., 1996 [127]). Embora provavelmente menos frequentemente do que na abstinência do lítio, a abstinência de Tegretol também pode causar rebote de mania (Jess et al., 2004 [216]). Outras drogas anticonvulsivas ou anti-epilépticas, tais como Depakene (ácido valpróico), Depakote (divalproato de sódio), e Dilantina (fenitoína), também são amplamente prescritas em psiquiatria. O risco de convulsões deve ser considerado quando se para o consumo de qualquer droga anticonvulsiva, independentemente da presença prévia ou não, de uma desordem convulsiva. Outros sintomas da abstinência de anticonvulsivos podem incluir comumente ansiedade, espasmos musculares, tremores, fraqueza, náuseas e vômitos. Em um caso de reação de abstinência em um homem de oitanta e um anos de idade, consumindo por cinco anos Neurontin (gabapentina) e, em seguida, reduzindo a dose ao longo de uma semana descreveu-se "severas alterações do estado mental, dores no peito somáticas severas, e hipertensão" que apareceram 10 dias após a última dose. Após a reintrodução da droga, os sintomas diminuíram em 24 horas. Os autores propuseram que "uma redução gradual da gabapentina deve seguir um percurso semelhante ao da redução de benzodiazepínicos e diminuir lentamente durante um período de semanas ou meses" (Tran et al., 2005 [369]).
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9.12  Reações de abstinência dos antipsicóticos ou neurolépticos

Antipsychotic or Neuroleptic Withdrawal Reactions
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     Antipsychotic or neuroleptic drugs include Clozaril, Haldol, Mellaril, Navane, Prolixin, Risperdal, Zyprexa, and others listed in Capítulo 4. They produce many physical and psychological withdrawal reactions, including weight gain, abnormal movements, and psychosis. These reactions vary from merely unpleasant to life-threatening, from transient to irreversible. Antipsychotics have been widely used for fifty-five years, and distinct withdrawal syndromes were documented in the first decade of their use, let, as with most psychiatric drugs, these syndromes have not been sufficiently studied (Tranter and Healy, 1998 [370]).

Antipsicóticos ou neurolépticos incluem Leponex, Haldol, Mellaril, Navane, Permitil, Risperdal, Zyprexa, e outros listados no Capítulo 4. Eles produzem muitas reações de abstinência físicas e psicológicas, incluindo ganho de peso, movimentos anormais, e psicose. Essas reações variam das apenas desagradáveis até as com risco de vida, das transientes até as irreversíveis. Antipsicóticos têm sido amplamente utilizados por 55 anos, e síndromes de abstinência distintas foram documentadas na primeira década de seu uso, contudo, como na maioria das drogas psiquiátricas, estas síndromes não foram suficientemente estudados (Tranter e Healy, 1998 [370]) .
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9.12.1  Três tipos de reações de abstinência de antipsicóticos

Three Types of Antipsychotic Withdrawal Reactions
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     A common type of antipsychotic withdrawal reaction resembles withdrawal from tricyclic antidepressants. It involves rebound of the brains cholinergic neurotransmitter system. Because neuroleptics such as Mellaril, Navane, Thorazine, and Stelazine suppress this system, it rebounds, or "goes into overdrive", when the drugs are removed (Eppel and Mishra, 1984 [143]). Other neuroleptics, such as Haldol and Compazine, have strong antinausea effects; when they are withdrawn, nausea is a likely reaction.

Um tipo comum de reação de abstinência de antipsicótico assemelha-se a retirada de antidepressivos tricíclicos. Estas reações envolvem o rebote do sistema neurotransmissor colinérgico do cérebro. Devido ao fato de que neurolépticos como Mellaril, Navane, Thorazine e Stelazine suprimem este sistema, ele atua em rebote, ou "entra em superestimulação", quando as drogas psiquiátricas são removidas (Eppel e Mishra, 1984 [143]). Outros neurolépticos, tais como Haldol e Compazine, têm fortes efeitos anti-náusea, quando eles são retirados, náusea é uma reação provável.
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     Cholinergic rebound produces unpleasant symptoms similar to a bad attack of flu, such as nausea, vomiting, diarrhea, headaches, chills, sweating, and a runny nose. Emotional upset frequently occurs as well. These symptoms usually last about one to four weeks, depending on how long the drug has been used. However, we are aware of some patients who have suffered lasting effects. Especially in cases where the vomiting becomes severe or breathing becomes difficult, medical attention may be required. In children, "the reaction is often more severe, and it may on occasion occur after missing a single dose"276. Clinicians have noted that "[f]igures of up to 50 percent of subjects affected by [cholinergic rebound] withdrawal seem standard" (Tranter and Healy, 1998 [370], p. 308).

O rebote colinérgico produz sintomas desagradáveis semelhantes a um ataque ruim de gripe, tais como náuseas, vômitos, diarréia, dores de cabeça, calafrios, sudorese, e um nariz escorrendo. Distúrbios emocionais frequentemente ocorrem também. Estes sintomas geralmente duram cerca de uma à quatro semanas, dependendo de quanto tempo a droga psiquiátrica foi usada. Contudo, nós estamos cientes de alguns pacientes que sofreram efeitos mais duradouros. Especialmente nos casos em que o vômito torna-se severo ou a respiração torna-se difícil, a atenção médica pode ser necessária. Em crianças, "a reação é frequentemente mais severa, e pode ocorrer de vez em quando depois de se deixar de tomar uma única dose"277. Os médicos clínicos notaram que "quadros de até 50 por cento de sujeitos afetados por abstinência [rebote colinérgico] parecem padrão" (Tranter e Healy, 1998 [370], p. 308).
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     A second group of withdrawal reactions involves abnormalities of movement. Because antipsychotics suppress the dopaminergic neurotransmitter system, which controls voluntary movements, removal of the drug can result in involuntary spasms, twitches, tics, tremors, and other muscular movements. Withdrawal reactions may include a "Tourette-like syndrome" characterized by motor tics and vocalizations278. Many of these movements involve the face and neck, but any muscle function may be affected, including talking, swallowing, and breathing. These withdrawal reactions can be painful, disfiguring, and disabling. They are more fully described in Capítulo 4 in connection with tardive dyskinesia.

Um segundo grupo de reações de abstinência envolve anormalidades do movimento. Porque antipsicóticos suprimem o sistema neurotransmissor dopaminérgico, que controla os movimentos voluntários, a remoção da droga pode resultar em espasmos involuntários, espasmos, contrações, tics, tremores e outros movimentos musculares. Reações de abstinência podem incluir uma "síndrome do tipo Tourette", caracterizada por tiques motores e vocalizações279. Muitos desses movimentos envolvem o rosto e o pescoço, mas qualquer função muscular pode ser afetada, incluindo a fala, deglutição e respiração. Estas reações de abstinência podem ser dolorosas, desfigurantes e incapacitantes. Elas são descritas de forma mais completa no Capítulo 4 em conexão com a discinesia tardia.
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     In some cases, the movements gradually cease after a few weeks; this phenomenon is known as withdrawal emergent dyskinesia. (Other names for it are withdrawal parkinsonism, withdrawal dystonia, and withdrawal akathisia). If the movements persist for four weeks or longer, they are diagnosed as tardive dyskinesia or one of it's variants. In about one third of cases, these movements lessen substantially or, in very few cases, disappear gradually over a period of months. Most cases persist indefinitely. Accompanying these movement disorders are unpleasant mental states such as depression and indifference in cases of parkinsonism, and anxiety despair, and anger in cases of akathisia280.

Em alguns casos, os movimentos cessam gradualmente depois de algumas semanas, este fenômeno é conhecido como a discinesia emergente de abstinência. (Outros nomes para ela são parkinsonismo de abstinência, distonia de abstinência, e akatisia de abstinência). Se os movimentos persistem por quatro semanas ou mais, eles são diagnosticados como discinesia tardia ou uma de suas variantes. Em cerca de um terço dos casos, esses movimentos diminuem substancialmente ou, em muitos poucos casos, desaparecem gradualmente ao longo de um período de meses. Na maioria dos casos estes movimentos persistem indefinidamente. Acompanhando esses distúrbios de movimento estão estados mentais desagradáveis tais como depressão e indiferença em casos de parkinsonismo, e ansiedade desesperada, e raiva em casos de akatisia281.
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     Not everyone views these abnormal movements as true withdrawal reactions, for the simple reason that they are ordinarily first observed during drug use (Capítulo 4). In many cases, however, abnormal movements become apparent or worsen only when the patient is reducing or stopping the drug282. Astonishingly, one review of antipsychotic withdrawal reactions does not mention abnormal movements (Dilsaver, 1994 [132]).

Nem todo mundo vê esses movimentos anormais como verdadeiras reações de abstinência, pela simples razão de que eles são normalmente observados pela primeira vez durante o uso das drogas psiquiátricas (Capítulo 4). Em muitos casos, contudo, movimentos anormais tornam-se aparentes ou pioram somente quando o paciente está reduzindo ou parando de consumir estas drogas farmacêuticas283. Espantosamente, uma revisão das reações de abstinência de antipsicóticos não menciona movimentos anormais (Dilsaver, 1994 [132]).
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     A third group of withdrawal reactions involves a wide range of psychological and behavioral symptoms, including insomnia, anxiety, agitation, irritability, and organic psychosis. Psychotic withdrawal symptoms are variously called tardive psychosis, super-sensitivity psychosis, or withdrawal psychosis284. Frequently accompanied by abnormal movements, they include hallucinations, delusions, confusion, and disorientation.

Um terceiro grupo de reações de abstinência envolve uma ampla faixa de sintomas psicológicos e comportamentais, incluindo insônia, ansiedade, agitação, irritabilidade e psicose orgânica. Sintomas psicóticos de abstinência são variadamente chamados de psicose tardia, psicose super-sensitiva, ou psicose de abstinência285. Frequentemente acompanhados por movimentos anormais, estes sintomas incluem alucinações, delírios, confusão e desorientação.
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     Tardive psychosis is considered controversial by some investigators, and researchers have reported widely different rates. However, we believe that clinical and scientific evidence confirms it's existence (Reviewed in Breggin, 1997a [55]). After years of suppression of the dopamine system by these drugs, the brain compensates for their effects. When the drugs are discontinued, the hyper-aroused dopamine system takes over. Psychotic reactions upon abrupt withdrawal have been observed in individuals with no history of psychotic symptoms, such as patients taking antipsychotics for tic disorders (Silva et al., 1993 [345]).

A psicose tardia é considerada controversa por alguns investigadores, e os pesquisadores têm relatado taxas de ocorrência amplamente diferentes. Contudo, nós acreditamos que as evidências clínicas e científicas confirmam a sua existência (Avaliado em Breggin, 1997a [55]). Depois de anos nos quais essas drogas psiquiátricas suprimem o sistema da dopamina, o cérebro compensa os seus efeitos. Quando as drogas são interrompidas, o sistema dopaminérgico hiper-excitado assume o controle. Reações psicóticas, devido à abstinência abrupta têm sido observadas em indivíduos sem nenhuma história de sintomas psicóticos, como os pacientes que consomem antipsicóticos para as desordens de tiques (Silva et al., 1993 [345]).
(*)

     Among developmentally disabled individuals who have been treated with neuroleptics, withdrawal frequently leads to profound emotional disturbances. This worsening of behavior, called "withdrawal-induced behavioral deterioration" (Sovner, 1995 [348], p. 221), usually lasts for several months (Gualtieri, 1993 [191]) and can become permanent. However substantial number of people may improve if kept off the drugs. One author notes that "it is not generally appreciated that severe behavioral symptoms which emerge during neuroleptic dosage reduction can be transient". As a result, "[i]f symptoms do appear during drug taper, the usual clinical practice is to reintroduce the drug, often at doses higher than the original" (May et al., 1995 [268], p. 156).

Entre os indivíduos com deficiências de desenvolvimento que foram tratados com neurolépticos, a abstinência frequentemente leva a profundas perturbações emocionais. Esta piora do comportamento, chamada de "deterioração comportamental induzida por abstinência" (Sovner, 1995 [348], p. 221), usualmente dura por vários meses (Gualtieri, 1993 [191]) e pode se tornar permanente. Contudo, um número substancial de pessoas podem melhorar se mantidas sem consumir as drogas psiquiátricas. Um autor nota que "não é geralmente apreciado o fato que severos sintomas comportamentais que emergem durante a redução da dose dos neurolépticos podem ser transientes". Como resultado, "se os sintomas aparecem durante a redução destas drogas farmacêuticas, a prática clínica usual é reintroduzir a droga, muitas vezes em doses mais elevadas do que a original" (May et al., 1995 [268], p. 156).
(*)

     Cases of neuroleptic malignant syndrome (see Capítulo 4) have also been documented upon neuroleptic withdrawal. NMS involves impaired consciousness, abnormal movements, fever, and other symptoms, sometimes ending in the patients death286.

Casos de neuroleptic malignant syndrome (NMS) [síndrome neuroléptica maligna (SNM)] (ver Capítulo 4) também foram documentados na abstinência dos neurolépticos. NMS [SNM] envolve alterações da consciência, movimentos anormais, febre e outros sintomas, por vezes, terminando com a morte do paciente287.
(*)

9.12.2  Abstinência de antipsicóticos atípicos

Withdrawal from Atypical Antipsychotics
(*)

     Withdrawal reactions from Clozaril (clozapine) involve not only cholinergic and dopaminergic super-sensitivity but also rebound. Several case reports describe a quickly occurring withdrawal syndrome "with rapid onset of agitation, abnormal movements, and psychotic symptoms". According to one author, "These appear to be much more rapid than syndromes seen after stopping conventional [neuroleptics]" (Pies, 1998 [309], p. 176). Others have found that the "severe agitation and psychotic symptoms ...  resolved rapidly and completely upon resumption of low doses of clozapine" (Stanilla et al., 1997 [352]).

Reações de abstinência de Leponex (clozapina) envolvem não só a super-sensibilidade colinérgica e dopaminérgica, mas também o rebote. Vários relatos de casos descrevem uma síndrome de abstinência que ocorre velozmente "com início rápido de agitação, movimentos anormais e sintomas psicóticos". Segundo um autor: "Estes sintomas aparecem muito mais rápido do que síndromes vistas após a interrupção convencional [dos neurolépticos]" (Pies, 1998 [309], p. 176). Outros descobriram que a "agitação severa e sintomas psicóticos ...  são resolvidos rápida e completamente após a retomada do consumo de baixas doses de clozapina" (Stanilla et al., 1997 [352]).
(*)

     Two cases of sudden emergence of brand-new obsessive-compulsive symptoms, one of which also involved "Tourette's syndrome-like tics", have been described after clozapine withdrawal. In both cases, clinicians observed a "complete disappearance" of symptoms upon resumption of clozapine (Poyurovski et al., 1998 [311]). Another person treated for two years developed "severe insomnia, restlessness, and chills" after clozapine was withdrawn. These symptoms disappeared when clozapine was reinitiated, appeared three months later when doctors again withdrew it, and disappeared once more upon readministration of the drug (Staedt et al., 1996 [351]). In another study, twenty-eight patients were evaluated seven days after abrupt clozapine discontinuation; of these, 61 percent developed withdrawal reactions. Most of the reactions were rated "mild" with agitation, headache, or nausea; but four patients experienced more uncomfortable withdrawal involving nausea, vomiting, or diarrhea. Another experienced "a rapid-onset psychotic episode requiring hospitalization" (Shiovitz et al., 1996 [343]). The study does not specify how many patients with "mild" agitation during the first seven days after withdrawal went on to develop more severe episodes of agitated behavior. According to a recent report describing four serious cases of Clozaril withdrawal, two patients were unable to walls, another had a lurching gate, and two gagged while eating or drinking (Ahmed et al., 1998 [3]).

Dois casos de súbita emergência de novos e estigmatizados sintomas obsessivo-compulsivos, um dos quais envolveu também a "síndrome de tiques do tipo Tourette", foram descritos após a abstinência da clozapina. Em ambos os casos, os médicos clínicos observaram um "desaparecimento completo" dos sintomas com a retomada do consumo de clozapina (Poyurovski et al., 1998 [311]). Outra pessoa tratada por dois anos desenvolveu "severa insônia, agitação e calafrios", após abster-se de clozapina. Estes sintomas desapareceram quando a clozapina foi reiniciada, e apareceram três meses mais tarde, quando os médicos retiraram o consumo novamente, e desapareceram mais uma vez com a readministração da droga psiquiátrica (Staedt et al., 1996 [351]). Em outro estudo, 28 pacientes foram avaliados sete dias após a interrupção abrupta da clozapina, dos quais 61 por cento desenvolveram reações de abstinência. A maioria das reações foram classificados como "leves" com agitação, dor de cabeça, ou náuseas, mas quatro pacientes experimentaram uma abstinência mais desconfortável envolvendo náuseas, vômitos ou diarréia. Outro experientou "um episódio psicótico de início rápido requerendo hospitalização" (Shiovitz et al., 1996 [343]). O estudo não especifica quantos pacientes com agitação "leve", durante os primeiros sete dias após a parada do consumo, passaram a desenvolver episódios mais severos de comportamento agitado. De acordo com um recente relatório descrevendo quatro casos sérios de abstinência de Leponex, dois pacientes não foram capazes de se sustentar, outro sofreu desequilíbrios, e dois sentiam vontade de vomitar enquanto comiam ou bebiam (Ahmed et al., 1998 [3]).
(*)

     One article entitled "Clozapine as a Drug of Dependence" confirms the existence of a "clear somatic withdrawal sign" in laboratory animals after treatment with clozapine (Goudie et al., 1999 [185]). The drug was seen as the prototype for atypical neuroleptics when first introduced in the United States in 1990. Over time, so-called atypical neuroleptics or antipsychotics such as Risperdal, Seroquel, Zyprexa, Geodon, Ability and Invega - enthusiastically promoted as safer drugs than the older neuroleptics - seem to increasingly resemble the conventional drugs they were meant to replace.

Um artigo intitulado "Clozapina como uma Droga que Provoca Dependência", confirma a existência de um "sinal de abstinência somática claro" em animais de laboratório, após o tratamento com clozapina (Goudie et al., 1999 [185]). Esta droga psiquiátrica foi vista como o protótipo dos neurolépticos atípicos quando introduzida pela primeira vez nos Estados Unidos em 1990. Ao longo do tempo, os assim chamados neurolépticos atípicos ou antipsicóticos como o Risperdal, Seroquel, Zyprexa, Geodon, Abilify e Invega - entusiasticamente promovidos como drogas farmacêuticas mais seguras do que os neurolépticos mais antigos - parecem cada vez mais se assemelhar às drogas convencionais que estavam destinados a substituir.
(*)

     Like the SSRI antidepressants, Seroquel has actions on the serotonin system, and it's not surprising that some withdrawal reactions from it might resemble those of SSRI drugs. One case report described a thirty-six-year-old woman on 100 mg a day of Seroquel who, upset over her large weight gain on the drug, decided to stop the drug and was advised by her doctor to reduce the dose by half. "After one day, she reported nausea, dizziness, headache and anxiety severe enough to preclude her normal activities." Her symptoms continued despite returning to a higher dose. A more gradual reduction of 12.5 mg every five days, aided by an anti-nausea drug, also failed. She was successful on a third attempt when her doctors added an older antipsychotic drug to her regimen, although her nausea persisted for two more days after her last dose (Kim and Staab, 2005 [226]).

Como os antidepressivos IsRSS [SSRIs], Seroquel tem ações no sistema da serotonina, e não é surpreendente que algumas reações de abstinência dele podem se assemelhar às reações das drogas psiquiátricas IsRSS [SSRIs]. Um relato de caso descreveu uma mulher com trinta e seis anos de idade consumindo 100 mg (miligramas) por dia de Seroquel que, chateada com seu grande aumento de peso devido ao consumo da droga, decidiu parar de consumí-la e foi aconselhada por seu médico a reduzir a dose pela metade. "Depois de um dia, ela relatou náuseas, tonturas, dores de cabeça e ansiedade severa o suficiente para impedir suas atividades normais." Seus sintomas continuaram, apesar de retornar ao consumo de uma dose mais elevada. Uma redução mais gradual de 12,5 mg a cada cinco dias, auxiliada por uma droga anti-náusea, também falhou. Ela foi bem-sucedida em uma terceira tentativa, quando seus médicos adicionaram uma droga antipsicótica mais antiga ao seu regime, apesar de sua náusea persistir por mais de dois dias depois de sua última dose (Kim e Staab, 2005 [226]).
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9.12.3  "Reincidência" ou "abstinência"?

"Relapse" or "Withdrawal"?
(*)

     In cases where patients are withdrawn from extended antipsychotic use, much of what gets called "schizophrenic" or "psychotic" relapse may actually be unrecognized withdrawal reactions. Withdrawal symptoms such as agitation, restlessness, and insomnia are also likely to be mistakenly attributed to the patients mental condition. By now, this situation may be depressingly familiar to the reader. It reflects the same confusion that we noted in regard to withdrawal from antidepressants, minor tranquilizers, lithium, and stimulants.

Nos casos em que os pacientes se abstêm do longo uso de antipsicóticos, muito do que é chamado de recaída "esquizofrênica" ou "psicótica" pode de fato serem reações de abstinência não reconhecidas. Sintomas de abstinência, tais como agitação, inquietação, e insônia, também são susceptíveis de serem erroneamente atribuídos à condição mental dos pacientes. Por agora, esta situação pode ser deprimentemente familiar ao leitor. Ela reflete a mesma confusão que nós notamos em relação à abstinência de antidepressivos, tranquilizantes menores, lítio, e estimulantes.
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     Indeed, because of the resemblance between many withdrawal symptoms and patients' prior emotional problems, clinicians not only blame the reaction on the "underlying disorder" but also recommend continued treatment with the offending agent. These clinical errors persist despite telltale signs such as rapid onset of the symptoms after the drug is discontinued and rapid relief after it is reinstated. They persist even despite observations that "[r]eal psychotic relapse rarely occurs during the first weeks of withdrawal" (Perenyi et al., 1985 [303], p. 430).

De fato, por causa da semelhança entre os sintomas de abstinência e os problemas emocionais anteriores dos pacientes, os médicos clínicos não apenas culpam a "desordem subjacente" pelos sintomas, mas também recomendam a continuação do tratamento com o agente agressor. Esses erros clínicos persistem, apesar de sinais indicadores tais como: rápido início dos sintomas após a suspensão da droga psiquiátrica e alívio rápido após ser reiniciado o consumo. Eles persistem mesmo a despeito das observações de que uma "recaída psicótica real raramente ocorre durante as primeiras semanas de abstinência" (Perenyi et al., 1985 [303], p. 430).
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     The controversy over the value of antipsychotic treatment will likely increase as clinicians continue to observe differing relapse rates between abruptly and gradually withdrawn patients; as it turns out, many patients who are gradually withdrawn do not need any further medication. According to one study (Viguera et al., 1997 [380]), "There is a nearly twofold difference in relapse risk between abrupt and gradual withdrawal of [antipsychotic] agents" (Pies, 1998 [309], p. 176), whereas an earlier comprehensive analysis concluded that the relapse rate among patients withdrawn from antipsychotics is three times greater than that among patients kept on the drugs (Gilbert et al., 1995 [175]). However, when other researchers reanalyzed these data to distinguish between patients quickly withdrawn and those more gradually tapered, the latter had one-third the relapse rate of the former (Baldessarini and Viguera, 1995 [25])! In terms of relapse rates, then, prolonged drug treatment appears to be no better than a gradual tapering (See Cohen, 1997a [92]).

A controvérsia sobre o valor do tratamento com antipsicóticos, provavelmente vai aumentar à medida que os médicos continuarem a observar diferentes taxas de recaída entre os pacientes que param o consumo de forma abrupta ou gradualmente, como se mostra, muitos pacientes que param gradualmente não precisam de qualquer medicação adicional. De acordo com um estudo (Viguera et al., 1997 [380]), "Há uma diferença de quase duas vezes no risco de recaída entre a parada abrupta e a gradual do consumo de agentes [antipsicótico]" (Pies, 1998 [309], p. 176), enquanto que uma compreensiva análise anterior concluiu que a taxa de recaída entre os pacientes que pararam de consumir antipsicóticos é três vezes maior do que entre os pacientes que mantiveram o consumo destas drogas (Gilbert et al., 1995 [175]). Contudo, quando outros pesquisadores reanalisaram estes dados para distinguir entre os pacientes que pararam rapidamente e os que reduziram mais gradualmente, o último grupo teve um terço da taxa de recaída padrão (Baldessarini e Viguera, 1995 [25])! Portanto, mm termos de taxas de recaída, o tratamento prolongado com drogas psiquiátricas parece não ser melhor do que uma redução gradual do consumo (ver Cohen, 1997a [92]).
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     Of course, prolonged treatment is much more dangerous. Indeed, researchers are beginning to suggest that brain changes resulting from long-term drug treatment may create "pharmacologic stress factors" or "iatrogenic-pharmacologic stress effects" that, combined with abrupt withdrawal, increase the vulnerability to relapse (Baldessarini and Viguera, 1995 [25]). Taking drugs and then abruptly stopping them might weaken patients, capacity to respond to stress in the future.

É claro, que o tratamento prolongado é muito mais perigoso. De fato, os pesquisadores estão começando a sugerir que as alterações cerebrais decorrentes do tratamento de longo prazo com drogas psiquiátricas, podem criar "fatores de estresse farmacológico" ou "efeitos de estresse iatrogênicos farmacológicas" que, combinados com a retirada abrupta, aumentam a vulnerabilidade à recaída (Baldessarini e Viguera, 1995 [25]). Consumir drogas farmacêuticas e depois parar abruptamente pode enfraquecer a capacidade dos pacientes de responder ao estresse no futuro.
(*)

9.12.4  Quando abster-se dos antipsicóticos?

When to Withdraw from Antipsychotics?
(*)

     The circumstances in which antipsychotics withdrawal should be strongly considered or attempted are so numerous that full coverage is not possible. We can, however, provide a few guidelines that reflect generally recognized medical knowledge and practice:

As circunstâncias em que a abstinência de antipsicóticos deve ser fortemente considerada ou tentada são tão numerosas que uma cobertura total do assunto não é possível. Nós podemos, contudo, fornecer algumas orientações que refletem o conhecimento e a prática médica geralmente reconhecida:
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  1. Antipsychotics must be withdrawn any time there are signs of potentially life-threatening drug-induced disorders, such as neuroleptic malignant syndrome or bone marrow suppression with compromise of the immune system. Fatalities can result from failure to adhere to this guideline.

    Antipsicóticos devem ser suspensos a qualquer momento, em que houverem sinais de risco de vida induzido por estas drogas psiquiátricas, distúrbios tais como a síndrome neuroléptica maligna ou supressão da medula óssea com comprometimento do sistema imunológico. Fatalidades podem resultar da falha em aderir a esta orientação.
    (*)
  2. Antipsychotics should be withdrawn, if at all possible, at the first sign of tardive dyskinesia. Most of the very severe, disabling cases of tardive dyskinesia result in part from failure to follow this guideline.

    Antipsicóticos devem ser suspensos, se possível, ao primeiro sinal de discinesia tardia. A maioria dos casos muito severos, e desabilitadores de discinesia tardia, resultam, em parte, da falha de seguir essa orientação.
    (*)
  3. Antipsychotics should be withdrawn as quickly as possible from patients who have reached forty years of age, since rates for tardive dyskinesia further escalate with age.

    Antipsicóticos devem ser suspensos o mais rápido possível de pacientes que tenham atingido 40 anos de idade, pois as taxas de discinesia tardia aumentam com a idade.
    (*)
  4. Antipsychotic withdrawal should be attempted, if at all possible, in cases where patients who have been taking the drugs for months or years no longer show severe or disabling psychotic symptoms.

    A abstinência de antipsicóticos deve ser tentada, se possível, nos casos em que pacientes que tenham consumido estas drogas psiquiátricas durante meses ou anos já não apresentem sintomas psicóticos severos ou incapacitantes.
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     Given the high probability of irreversible effects of antipsychotics, any doctor following patients who are undergoing long-term treatment must seriously consider lowering the dose to the absolute minimum. In many such patients, the minimal dose will actually be zero. In general, patients should be given neuroleptics for the shortest possible time in the smallest possible doses. We believe that a more rational practice of psychiatry would eliminate the use of such dangerous medications.

Dada a alta probabilidade de efeitos irreversíveis dos antipsicóticos, qualquer médico acompanhando pacientes que estão sendo submetidos a tratamento de longo prazo, devem considerar seriamente a redução da dose ao mínimo absoluto. Em muitos pacientes, a dose mínima será de fato zero. Em geral, os pacientes devem consumir neurolépticos pelo menor tempo e nas menores doses possíveis. Nós acreditamos que uma prática mais racional de psiquiatria eliminaria o uso de tais medicamentos perigosos.
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     Research on OBRA-87, the congressional legislation regulating the use of psychotropics and physical restraints in nursing homes, shows that it had the intended impact, especially in terms of reducing the use of neuroleptics (Snowden and Roy-Birne, 1998 [347]). The use of benzodiazepines, also targeted by the legislation, has likewise decreased. We still need better documentation of how these changes are improving the residents, quality of life. Meanwhile, however, it is clear from several studies that up to half of institutionalized elderly patients can be successfully withdrawn from neuroleptics. Tapered withdrawals are usually successful, residents infrequently display increased levels of agitation, and most are able to remain off the drugs for extended periods (Bridges-Parlet et al., 1997 [78]). Overall, these drugs are so dangerous to the elderly that they should not be prescribed to them.

Uma pesquisa sobre OBRA-87, a legislação do Congresso que regulamenta a utilização de psicotrópicos e restrições físicas em enfermarias, mostra que esta legislação obteve os resultados pretendidos, especialmente em termos da redução do uso de neurolépticos (Snowden e Roy-Birne, 1998 [347]). O uso de benzodiazepínicos, também alvo da legislação, diminuiu da mesma forma. Nós ainda precisamos de uma documentação melhor sobre como essas mudanças estão melhorando a qualidade de vida dos internos. Enquanto isso, contudo, fica claro a partir de vários estudos, que até metade dos pacientes idosos institucionalizados podem parar de consumir os neurolépticos com sucesso. As reduções de consumo graduais são geralmente bem sucedidas, os internos raramente mostram aumento do nível de agitação, e a maioria é capaz de se manter fora das drogas por longos períodos (Bridges-Parlet et al., 1997 [78]). No geral, essas drogas psiquiátricas são tão perigosos para os idosos que elas não deviam ser prescritas para eles.
(*)

9.12.5  Quanto tempo deve durar a retirada da droga antipsicótica?

How Long Should Antipsychotic Drug Withdrawal Take?
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     Antipsychotic drugs should be completely stopped at the first sign of any abnormal movements. Too often doctors try to guess whether or not a particular abnormal movement, like eye blinking or grimacing, is related to tardive dyskinesia. Any abnormal movement should be considered a probable manifestation of tardive dyskinesia when the patient is taking antipsychotic drugs, including the newer ones; and the drug should be stopped as quickly as possible.

Drogas antipsicóticas devem ser completamente interrompidas ao primeiro sinal de qualquer movimento anormal. Muitas vezes os médicos tentam adivinhar se ou não um determinado movimento anormal, como piscar os olhos ou fazer caretas, está relacionado com discinesia tardia. Qualquer movimento anormal deve ser considerado uma manifestação provável de discinesia tardia quando o paciente está tomando drogas antipsicóticas, incluindo as mais novas, e o consumo da droga psiquiátrica deve ser interrompido o mais rápido possível.
(*)

     Some physicians believe that the newer antipsychotic drugs are less likely to cause tardive dyskinesia. At present, the data is insufficient to make this claim and the FDA requires the same tardive dyskinesia warning for all antipsychotic drugs. Nearly all of the antipsychotic drugs, including Risperdal and Zyprexa, suppress function of the dopamine nerves and therefore can cause tardive dyskinesia.

Alguns médicos acreditam que as novas drogas antipsicóticas são menos propensos a causar discinesia tardia. Atualmente, os dados são insuficientes para fazer esta reivindicação e a FDA exige o mesmo aviso de discinesia tardia para todas as drogas antipsicóticas. Quase todas estas drogas, incluindo Risperdal e Zyprexa, suprimem a função dos nervos dopaminérgicos e, portanto, podem causar discinesia tardia.
(*)

     An occasional unscrupulous report claims that the newer antipsychotics can "improve" tardive dyskinesia because they tend to suppress the symptoms. In reality; any drug that suppresses tardive dyskinesia is likely to cause it as well. This phenomenon is called masking. Giving the newer antipsychotics to control tardive dyskinesia is likely to worsen the disorder in the long run.

Um relatório ocasional, sem escrúpulos, afirma que os antipsicóticos mais novos podem "melhorar" a discinesia tardia, porque eles tendem a suprimir os sintomas. Na realidade, qualquer droga que suprime a discinesia tardia provavelmente pode causá-la também. Este fenômeno é chamado de mascaramento. Dar os novos antipsicóticos para controlar a discinesia tardia tende a piorar a desordem, a longo prazo.
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     In non-emergency situations where tardive dyskinesia is not suspected, antipsychotic drugs should be withdrawn slowly, keeping in mind that it is not unusual to take at least one month to withdraw for every year of exposure, so that a patient who has taken neuroleptics for two years is likely to require at least two months to withdraw (see Capítulo 8). Also keep in mind the risk of withdrawal psychosis. A temporary worsening of the patient's condition is likely toward the end of withdrawal or shortly after the drug is stopped. This should not in itself prevent eventual, if gradual, withdrawal from antipsychotic drugs.

Em situações não emergenciais, onde não se suspeita da discinesia tardia, as drogas antipsicóticas devem ser retiradas lentamente, mantendo em mente que não é incomum demorar pelo menos um mês de redução do consumo para cada ano de exposição, de modo que um paciente que consumiu neurolépticos por dois anos provavelmente irá requerer pelo menos dois meses reduzindo a dose até parar (ver Capítulo 8). Também tenha em mente o risco de psicose por abstinência. Um agravamento temporário da condição do paciente é provável até o final da retirada ou logo depois que a droga é interrompida. Isto não deve em si impedir a eventual retirada, se gradual, das drogas antipsicóticas.
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     Primate research confirms that withdrawal should proceed very slowly because drug-induced changes may last for several months after the last dose. In a laboratory study, thirty-eight healthy monkeys were observed daily for 108 weeks. For the first 25 weeks, "baseline" information was gathered. From week 25 to week 72, the monkeys received long-lasting injections of fluphenazine (Prolixin). The main findings during this period were "highly significant decreases in self-and environment-directed behaviors and affiliation", meaning that the animals paid much less attention to themselves, their companions, and their surroundings. As of week 73, drug injections were ceased, and "[a]ggression showed some increase during early drug discontinuation, accentuated by stress". (This outcome resembles the withdrawal agitation observed in humans). Importantly, the investigators state that "[r]ecovery of normal (baseline) behavioral scores began by week 7 after the last treatment". In other words, it was not until two months after the last dose that the animals began to display normal behavior. Ultimately, "tardive dyskinesias persisted in 30 percent of the animals for a prolonged time" (Lifshitz et al., 1991 [257]).

Pesquisa com primatas confirma que a retirada deve prosseguir de forma muito lenta, porque as mudanças induzidas por drogas psiquiátricas podem durar vários meses após a última dose. Em um estudo de laboratório, 38 macacos saudáveis foram observados diariamente por 108 semanas. Durante as primeiras 25 semanas, informação "basal" foi recolhida. Da semana 25 a 72, os macacos receberam injeções de longa duração de flufenazina (Permitil). As principais conclusões durante este período foram que "diminuiu muito significativamente os comportamentos dirigidos para si próprio e para o ambiente e também diminuiu as afiliações", significando que os animais prestam muito menos atenção para si mesmos, seus companheiros, e seus arredores. Na semana 73, as injeções de drogas psiquiátricas foram cessadas, e "apresentou-se algum aumento da agressão durante a interrupção precoce da droga, acentuada pelo estresse". (Este resultado assemelha-se a agitação por abstinência observada em humanos). É importante ressaltar que os investigadores afirmam que "a recuperação do nível de comportamento (basal) normal começou por volta da semana 7 após o último tratamento". Em outras palavras, somente dois meses após a última dose que os animais começaram a apresentar um comportamento normal. Por fim, "discinesias tardias persistiram em 30 por cento dos animais por um tempo prolongado" (Lifshitz et al., 1991 [257]).
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     Based on clinical experience bolstered by research, we suggest that if you are withdrawing from neuroleptics, you should avoid making major changes in your life during and shortly after withdrawal. Allow for a "coasting" period of at least several weeks to shake off drug effects, with emphasis on improved nutrition, exercise, and general well-being. In particular, strengthen your social relationships and avoid new, unpredictable sources of stress and tension.

Com base na experiência clínica amparado por pesquisas, nós sugerimos que se você está parando de consumir neurolépticos, tu deves evitar fazer grandes mudanças em sua vida durante e logo após a abstinência. Permita-se um período de "segurança e paz" de pelo menos várias semanas para afastar os efeitos da droga psiquiátrica, com ênfase na melhoria da nutrição, exercício e bem-estar geral. Em particular, reforce os seus relacionamentos sociais e evite novas fontes imprevisíveis de estresse e tensão.
(*)

     Rebuilding your life without resort to drugs after years of antipsychotics can be especially difficult. You may have acquiesced to taking drugs that you actually experienced as toxic and mind-numbing, and this submissiveness, compounded by drug effects, may have weakened your ability to make independent decisions. You will benefit from careful planning and preparation, building a support network, and practicing nondrug options to deal with stress and anxiety.

Reconstruir sua vida, sem recorrer as drogas psiquiátricas, depois de anos de antipsicóticos, pode ser especialmente difícil. Você pode ter aquiescido em consumir estas drogas que de fato experimentou como sendo tóxicas e entorpecentes, e esta submissão, agravada pelos efeitos da droga, pode ter enfraquecido a sua habilidade de tomar decisões independentes. Você irá se beneficiar de um planejamento e preparação cuidadosa, construindo uma rede de suporte, e praticando opções sem drogas farmacêuticas para lidar com o estresse e a ansiedade.
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9.13  Reações de abstinência antiparkinsonianas

Antiparkinsonian Withdrawal Reactions
(*)

     Antiparkinsonian drugs such as Cogentin, Kemadrin, Artane, and Symmetrel are frequently prescribed to suppress the movement disorders, such as parkinsonism, commonly caused by neuroleptics. About half of the patients who receive older antipsychotics also receive antiparkinsonian drugs.

Drogas antiparkinsonianas como Cogentin, Kemadrin, Artane e Symmetrel são frequentemente prescritas para suprimir os distúrbios de movimento, tais como parkinsonismo, comumente causado por neurolépticos. Cerca de metade dos pacientes que recebem antipsicóticos mais antigos também recebem drogas antiparkinsonianas.
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     Antiparkinsonian drugs are also described as "anticholinergic" because of their chemical action in suppressing cholinergic activity in the brain288. Rebound cholinergic hypersensitivity causes a large proportion of the withdrawal effects of antiparkinsonian drugs, which resemble those of tricyclics and neuroleptics and can be equally complex and varied. Several studies have demonstrated the typical flu-like symptoms of nausea, vomiting, chills, weakness, and headache, as well as the insomnia and restlessness that occur upon withdrawal from these drugs (Luchins et al., 1980 [259]).

Drogas antiparkinsonianas também são descritas como "anticolinérgicas" por causa de sua ação química de supressão da atividade colinérgica no cérebro289. Hipersensibilidade colinérgica de rebote provoca uma grande proporção dos efeitos de abstinência das drogas antiparkinsonianas, que se assemelham aos dos tricíclicos e dos neurolépticos e podem ser igualmente complexos e variados. Vários estudos têm demonstrado os sintomas típicos de gripe tais como náuseas, vômitos, calafrios, fraqueza e dor de cabeça, bem como a insônia e agitação que ocorrem mediante a abstinência dessas drogas psiquiátricas (Luchins et al., 1980 [259]).
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     In a rare double-blind, placebo-controlled withdrawal study the authors found "a recognizable withdrawal syndrome" - namely, an increase in anxiety manifested by "irritability; tension, palpitations and headache", various physical complaints (relating especially to the gastrointestinal tract), dizziness upon standing, and irregular heartbeats. In addition, psychotic symptoms flared up within days of withdrawal and lasted up to three weeks (McInnis and Petursson, 1985 [270], p. 297). Eight of the eleven withdrawn patients (73 percent) displayed these "obvious withdrawal-related symptoms".

Em um raro estudo duplo-cego de abstinência, controlado com placebo, os autores descobriram "uma síndrome de abstinência reconhecível" - nomeadamente, um aumento da ansiedade manifestada por "irritabilidade, tensão, palpitações e dores de cabeça", várias queixas físicas (relativas especialmente ao trato gastrointestinal), tonturas ao levantar, e batimentos cardíacos irregulares. Adicionado a isso, sintomas psicóticos aumentaram dentro de alguns dias de abstinência e duraram até três semanas (McInnis e Petursson, 1985 [270], p. 297). Oito dos onze pacientes abstênicos (73 por cento) apresentaram esses "sintomas óbvios relacionados a abstinência".
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     Other studies, too, have observed psychotic flare-ups, which are usually accompanied by a resurgence of abnormal movements. Indeed, investigators directly relate these psychotic symptoms - including delusions, hallucinations, suicide attempts, and isolation - to physical symptoms of rigidity; restlessness, akathisia, and parkinsonism290.

Outros estudos também observaram crises psicóticas, que são geralmente acompanhadas de um ressurgimento dos movimentos anormais. De fato, os investigadores relacionam diretamente estes sintomas psicóticos - incluindo delírios, alucinações, tentativas de suicídio e isolamento - com os sintomas físicos de rigidez, agitação, akatisia, e parkinsonismo291.
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     In one such study, the authors state plainly that "the anticholinergic withdrawal syndrome resembles the negative schizophrenic syndrome in many important respects. Its occurrence in schizophrenic patients may be mistaken for psychotic decompensation and result in inappropriate treatment" (Tandon et al., 1989 [360], p. 712). A case report also describes a severe catatonia (immobility) upon abrupt withdrawal of Symmetrel (Brown et al., 1986 [79]).

Em um desses estudos, os autores afirmam claramente que "a síndrome de abstinência anticolinérgica assemelha-se a síndrome esquizofrênica negativa em muitos aspectos importantes. Sua ocorrência em pacientes esquizofrênicos pode ser confundida com descompensação psicótica e resultar em tratamento inapropriado" (Tandon et al., 1989 [360], p. 712). Um relatório de caso também descreve uma catatonia severa (imobilidade), com a abstinência abrupta de Symmetrel (Brown et al., 1986 [79]).
(*)

     Furthermore, one case of a severe reaction resembling neuroleptic malignant syndrome was reported upon withdrawal of antiparkinsonians, even though the patient had never received neuroleptics (Toru et al., 1981 [368]).

Além disso, um caso de reação severa semelhante à síndrome neuroléptica maligna foi relatado durante a abstinência de drogas antiparkinsonianas, mesmo que o paciente nunca tivesse recebido neurolépticos (Toru et al., 1981 [368]).
(*)

     Since antiparkinsonian drugs worsen tardive dyskinesia and impair memory, withdrawal can provide extra benefits. In particular, withdrawal can improve the symptoms of tardive dyskinesia (Yassa, 1985 [396]) and can cause a "dramatic increase in memory scores on the Wechsler Memory Scale" (Baker et al., 1983 [24], p. 585).

Desde que as drogas antiparkinsonianas pioram a discinesia tardia e prejudicam a memória, a abstinência pode trazer benefícios extras. Em particular, a abstinência pode melhorar os sintomas da discinesia tardia (Yassa, 1985 [396]) e pode causar um "aumento dramático nos escores de memória na Escala Wechsler de Memória" (Baker et al., 1983 [24], p. 585) .
(*)

     As with all psychiatric drugs, withdrawal from antiparkinsonians should be gradual and tapered, thereby decreasing the recurrence of abnormal movements originally suppressed by the drugs. Gradual withdrawal is also less likely to lead to a reinstitution of the drugs (Ben Hadj et al., 1995 [36]).

Como com todas as drogas psiquiátricas, a redução das doses de drogas antiparkinsonianas deve ser gradual, diminuindo assim a recorrência dos movimentos anormais originalmente suprimidos por estas substâncias. A redução gradual também é menos susceptível de conduzir a uma reinstituição do consumo da droga (Ben Hadj et al., 1995 [36]).
(*)

9.14  Quão gradual é a "retirada gradual"?

How Gradual Is "Gradual Withdrawal"?
(*)

     As we saw in Capítulo 7, the so-called gradual or tapered antidepressant withdrawals mentioned in the published literature are often too rapid. In one report, for example, "gradual" refers to a seven-to-ten-day withdrawal period (Barr et al., 1994 [30]); in another, it refers to withdrawal over four days (Rauch et al., 1996 [316]); in a third, it refers to a 50 percent reduction for five weeks, then no drug each alternate day for one week, then abrupt cessation (Amsden and Georgian, 1996 [9]). In two additional reports, "gradual" means a 50 percent reduction in dose for one week, then abrupt cessation292. In a review of forty-six case reports of SSRI withdrawal reactions, twenty-three involved abrupt withdrawal, twelve involved tapering over two weeks or less, and only six involved tapering over more than two weeks (Therrien and Markovitz, 1997 [366]). None of the last eighteen tapers used something like the gradual, patient-centered methods described in Capítulo 8. Finally in a review of nearly sixty studies involving patients with diagnoses of schizophrenia or other psychoses who were withdrawn from neuroleptic drugs, the authors report that in most studies specifying the speed of withdrawal, the process was completed in less than a week, usually in one clay (Gilbert et al., 1995 [175]).

Como vimos no Capítulo 7, as chamadas reduções graduais de antidepressivos mencionadas na literatura são muitas vezes demasiado rápidas. Em um relatório, por exemplo, "gradual" refere-se a um período de redução de sete a dez dias (Barr et al, 1994 [30]), no outro, refere-se a redução ao longo de quatro dias (Rauch et al,. 1996 [316]), em um terceiro, refere-se a uma redução de 50 por cento durante cinco semanas, em seguida, então consome-se a droga psiquiátrica a cada dia alternado por uma semana, e então faz-se uma interrupção abrupta (Amsden e Georgian, 1996 [9]). Em dois relatórios adicionais, "gradual" significa uma redução de 50 por cento na dose durante uma semana, então a interrupção abrupta293. Em uma revisão de relatórios de 46 casos de reações de abstinência de IRSS [SSRI], 23 envolveram uma parada de consumo abrupta, doze envolveram uma redução ao longo de duas semanas ou menos, e apenas seis envolveram a redução ao longo de mais de duas semanas (Therrien e Markovitz, 1997 [366]). Nenhuma das últimas dezoito reduções usava algo como os métodos graduais, e centrados no paciente descritos no Capítulo 8. Finalmente, em uma revisão de quase sessenta estudos envolvendo pacientes com diagnósticos de esquizofrenia, ou outras psicoses, os quais pararam de consumir drogas neurolépticas, os autores relatam que na maioria dos estudos especificando a velocidade de retirada, o processo foi concluído em menos de uma semana, usualmente de uma vez (Gilbert et al., 1995 [175]).
(*)

     Rarely do investigators suggest that the taper period needs to be extended for several weeks; in fact, twelve weeks and fourteen weeks are the longest periods cited in the above-mentioned reviews. In one case of severe dizziness occurring upon successive, failed trials of Zoloft withdrawal in a twenty-nine-year-old man, the doctors contacted the drug manufacturer for help. They were advised to proceed with "extremely slow dosage titration" (Amsden and Georgian, 1996 [9], p. 686). Specifically a reduced dosage was prescribed every other day for three weeks, then every third day for the next six weeks, then every fourth day for two more weeks, at which time the Zoloft was finally discontinued. Overall, the withdrawal lasted eleven weeks.

Raramente os investigadores sugerem que o período de redução necessita ser estendido por várias semanas, de fato, 12 semanas e 14 semanas são os mais longos períodos citados nas revisões acima mencionadas. Em um caso de tonturas severas que ocorreram após tentativas sucessivas, que falharam, de retirada de Zoloft em um homem de 29 anos de idade, os médicos contactaram o fabricante da droga psiquiátrica para obter ajuda. Eles foram aconselhados a prosseguir com "titulações da dose extremamente lentas" (Amsden e Georgian, 1996 [9], p. 686). Especificamente uma dosagem reduzida foi prescrita a cada dois dias durante três semanas, então a cada três dias pelas próximas seis semanas, então cada quarto dia por mais duas semanas, altura em que o consumo de Zoloft foi finalmente interrompido. No geral, a retirada durou 11 semanas.
(*)

     No such recommendation to proceed with "extremely slow" withdrawal appears in the official product monographs for Zoloft or any other antidepressant. As noted, as a result of FDA requirements, makers of SSRI and other antidepressants have begun to include warnings about discontinuation symptoms and recommendations of "gradual reduction in the dose rather than abrupt cessation ...  whenever possible" (as cited in the Cymbalta label, in the 2007 Physicians' Desk Reference [Referência de Mesa dos Médicos] [308]), but no guidelines are given, in contrast with guidelines for initiating drug taking. Thus, both doctors and patients should be actively encouraged to proceed more slowly and carefully when psychiatric drugs are withdrawn. The gradual methods described in Capítulo 8 constitute a sensible guideline in this regard.

Nenhuma recomendação, de proceder com uma redução "extremamente lenta" da dose, aparece nas monografias de produtos oficiais do Zoloft, ou de qualquer outro antidepressivo. Como notado, resultado das exigências da FDA, fabricantes de IsRSS [SSRIs] e outros antidepressivos, começaram a incluir avisos sobre os sintomas de abstinência e recomendações de "redução gradual da dose, em vez de interrupção abrupta ...  sempre que possível" (como citado na bula do Cymbalta, na Referência de Mesa dos Médicos [Physicians' Desk Reference] de 2007 [308]), mas nenhuma orientação é dada, em contraste com as orientações para iniciar o consumo da droga. Assim, ambos os médicos e os pacientes devem ser ativamente encorajados a proceder mais devagar e cuidadosamente quando as drogas psiquiátricas são retiradas. Os métodos de redução gradual descritos no Capítulo 8 constituem uma orientação sensata a este respeito.
(*)

9.15  Resumo das reações de abstinência das drogas psiquiátricas

Overview of Psychiatric Drug Withdrawal Reactions
(*)

     In an authoritative 500-page book focusing solely on adverse effects of psychiatric drugs, fewer than five pages are devoted to withdrawal effects associated with all categories of drugs (See Kane and Lieberman, 1992 [233]). This finding reflects the inadequate level of psychiatric interest and knowledge in such reactions.

Em um livro autorizado, de 500 páginas, focalizado somente nos efeitos adversos das drogas psiquiátricas, menos de cinco páginas são dedicadas aos efeitos de abstinência associados com todas as categorias de drogas (Veja Kane e Lieberman, 1992 [233]). Este achado reflete o nível inadequado de interesse e conhecimento psiquiátrico sobre tais reações.
(*)

     Psychiatric drugs may induce a wide range of adverse effects when they are taken, and they may induce a wide range of adverse effects when they are withdrawn. Recognized withdrawal syndromes are a regular, common feature of the use of all psychiatric drugs. But as we have seen, doctors who prescribe these drugs too often fail to warn the patients who take them.

Drogas psiquiátricas podem induzir uma ampla extensão de efeitos adversos quando são consumidas, e elas podem induzir uma ampla extensão de efeitos adversos quando são retiradas. Síndromes de abstinência reconhecidas são uma característica regular e comum do uso de todas as drogas psiquiátricas. Mas como vimos, os médicos que prescrevem essas drogas muitas vezes falham por não avisar os pacientes que as consomem.
(*)

     Because they produce unpleasant withdrawal reactions, psychiatric drugs must be considered drugs of dependence. In other words, at least some users will restart the drugs due to withdrawal-induced discomfort. These individuals will continue their drug use simply in order to avoid withdrawal reactions. The countless first-person reports posted on the Internet by users of SSRI antidepressants, for example, provide unusually vivid evidence that this phenomenon occurs all too frequently. Unfortunately, when withdrawal reactions lead to prolonged drug use, users risk experiencing more severe withdrawal reactions later.

As drogas psiquiátricas devem ser consideradas drogas que causam dependência, porque elas produzem reações de abstinência desagradáveis. Em outras palavras, pelo menos, alguns usuários vão reiniciar o consumo destas drogas devido ao desconforto induzido pela abstinência. Estes indivíduos continuarão a usar estas substâncias simplesmente para evitar as reações de abstinência. Os inúmeros relatos em primeira pessoa colocados na Internet por usuários de antidepressivos IsRSS [SSRIs], por exemplo, proveêm evidências vívidas não usuais de que este fenômeno ocorre com demasiada frequência. Desafortunadamente, quando as reações de abstinência levam ao uso prolongado destas drogas farmacêuticas, os usuários se arriscam à experimentar depois severas reações de abstinência.
(*)

     As noted, the relatively small quantity of published case reports describing withdrawal reactions cannot be taken as a valid indicator of the actual frequency of their occurrence. As a rule, withdrawal reactions from most psychiatric drugs have been ignored or simply not recognized as such. However, studies specifically designed to look for such reactions have found them in 60-80 percent of patients. A full 20 percent may undergo "severe" reactions.

Como se nota, a quantidade relativamente pequena de relatos, de casos publicados, descrevendo as reações de abstinência, não pode ser tomada como um indicador válido da frequência fatual de sua ocorrência. Como regra geral, as reações de abstinência da maioria das drogas psiquiátricas têm sido ignoradas ou simplesmente não reconhecidas como tal. Contudo, estudos especialmente planejados para olhar para estas reações verificaram sua ocorrência em 60 a 80 por cento dos pacientes. Um total de 20 por cento pode ter sofrido reações "severas".
(*)

     Doctors often focus on the physical consequences of withdrawal, such as nausea, tremors, or seizures, while failing to identify the emotional withdrawal symptoms that so often contribute to the resumption of drugs. Emotional withdrawal reactions such as anxiety, depression, insomnia, confusion, and irritability can actually have a greater impact on patients than purely physical symptoms.

Médicos muitas vezes se focalizam nas consequências físicas da abstinência, tais como náuseas, tremores, ou convulsões, enquanto falham na identificação dos sintomas de abstinência emocional que muitas vezes contribuem para a retomada das drogas psiquiátricas. Reações de abstinência emocional, como ansiedade, depressão, insônia, confusão, e irritabilidade podem realmente ter um impacto maior em pacientes do que os sintomas puramente físicos.
(*)

     The three main categories of emotional and behavioral withdrawal reactions are anxiety; depression, and psychosis. Anxiety reactions appear to be common upon withdrawal of central nervous system (CNS) depressants such as benzodiazepines and other tranquilizers, most of the antidepressants, antipsychotics, lithium and anticonvulsants used as mood stabilizers, and antiparkinsonians. Depressive reactions appear to be common upon withdrawal of stimulants and SSRIs. And psychotic reactions appear to be common upon withdrawal from neuroleptics, lithium, and antiparkinsonians. Still, evidence from case reports and studies suggests that any psychiatric drug may produce any of these withdrawal reactions.

As três categorias principais de reações de abstinência emocional e comportamental são ansiedade, depressão e psicose. Reações de ansiedade parecem ser comuns na abstinência, do sistema nervoso central (SNC), de antidepressivos tais como benzodiazepinas e outros tranquilizantes, e da maioria dos antidepressivos, antipsicóticos, lítio e anticonvulsivantes utilizados como estabilizadores de humor, e antiparkinsonianos. Reações depressivas parecem ser comuns mediante a abstinência de estimulantes e IsRSS [SSRIs]. E reações psicóticas parecem ser comuns na abstinência de neurolépticos, lítio e antiparkinsonianos. Ainda, evidências de relatos de caso e estudos sugerem que qualquer droga psiquiátrica pode produzir qualquer uma destas reações de abstinência.
(*)

     In addition, over a dozen studies so far have implicated expectant mothers' use of antidepressants during pregnancy with the appearance of a peculiar "neonatal abstinence syndrome". In one well-controlled study a full 30 percent of 60 infants whose mothers took antidepressants for prolonged periods, including during the third trimester, developed the syndrome, which lasted up to four days; 13 percent of the infants had severe reactions. The most common symptoms were tremor, gastrointestinal problems, an abnormal increase in muscle tone (hypertonicity), sleep disturbances and high-pitched cries. None of the 60 infants without exposure to SSRIs developed the syndrome (Levinson-Castiel et al., 2006 [252]). There is some debate whether this represents an actual withdrawal reaction or a sign of direct drug toxicity in the serotonin system.

Em adição a isso, mais de uma dezena de estudos até agora têm implicado o uso de antidepressivos, por mães durante a gravidez, com o aparecimento de uma peculiar "síndrome de abstinência neonatal". Em um estudo bem controlado, 30 por cento do total de 60 bebês cujas mães tomaram antidepressivos durante períodos prolongados, inclusive durante o terceiro trimestre, desenvolveram a síndrome, que durou até quatro dias, 13 por cento dos recém-nascidos tiveram reações severas. Os sintomas mais comuns foram tremor, problemas gastrointestinais, um aumento anormal do tônus muscular (hipertonia), distúrbios do sono e gritos agudos. Nenhuma de 60 crianças, que não foram expostas aos antidepressivos IsRSS [SSRIs], desenvolveram a síndrome (Levinson-Castiel et al., 2006 [252]). Há algum debate se isso representa uma reação de abstinência de fato ou um sinal da toxicidade da droga psiquiátrica diretamente no sistema da serotonina.
(*)

     Furthermore, clinicians and researchers do not always correctly describe the symptoms that occur upon withdrawal. In many cases, prodrug bias and habitual resistance to acknowledging withdrawal effects lead them to use relatively neutral, ambiguous terms (such as agitation, restlessness, anxiety, and psychomotor retardation) in place of terms like psychosis.

Além disso, médicos e pesquisadores nem sempre descrevem corretamente os sintomas que ocorrem durante a abstinência. Em muitos casos, a tendência deles em favor das drogas psiquiátricas, e a resistência habitual destes médicos em reconhecer os efeitos da abstinência, leva-os a usar termos relativamente neutros e ambíguos (tais como agitação, inquietação, ansiedade e retardo psicomotor) no lugar de termos como psicose.
(*)

     Undoubtedly; many withdrawal reactions from all categories of drugs are mistakenly treated as "relapses" by prescribing physicians, thus moving the focus away from possible drug involvement and toward the patient's "underlying disorder". Many researchers also approach the problem timidly often failing to describe or emphasize withdrawal reactions. As a consequence, patients suffer, and the public is kept uninformed.

Sem dúvida, muitas reações de abstinência, de todas as categorias de drogas psiquiátricas, são erroneamente tratadas como "recaídas", pelos médicos que prescrevem-nas, assim movendo o foco, de um possível envolvimento destas drogas, para o "distúrbio subjacente" do paciente. Muitos pesquisadores também abordam o problema timidamente, muitas vezes falhando em descrever ou enfatizar as reações de abstinência. Como consequência, os pacientes sofrem, e o público é mantido desinformado.
(*)

     So that patients can provide truly informed consent for the drugs they are taking, doctors must fully describe withdrawal or discontinuation in terms of adverse drug reactions with a "frequent" probability of occurrence, it is the doctors duty to make sure that patients actually grasp and then remember the nature and likelihood of all important adverse reactions, including withdrawal reactions. Similarly, in their official drug monographs, drug manufacturers need to provide accurate summaries of reports of withdrawal reactions, as well as detailed guidelines for tapering their products, just as they provide guidelines for how to initiate treatment.

Os pacientes devem estar verdadeiramente bem informados para que possam dar o seu consentimento para as drogas psiquiátricas que estão tomando, os médicos devem descrever completamente a abstinência, ou interrupção, em termos de reações adversas as drogas com uma probabilidade "frequente" de ocorrência, é dever dos médicos se certificar de que os pacientes realmente entenderam e, em seguida, lembrar da natureza e da probabilidade de todas as reações adversas importantes, incluindo as reações de abstinência. Similarmente, em suas monografias oficiais sobre seus produtos, os fabricantes de drogas psiquiátricas devem apresentar sumários precisos dos relatórios de reações de abstinência, bem como orientações detalhadas para diminuição do consumo de seus produtos, assim como eles fornecem orientações de como iniciar o tratamento.
(*)

     The best way to minimize the risk of severe withdrawal reactions is not to take psychiatric drugs in the first place. The second best approach is to plan a slow, gradual withdrawal involving close monitoring and a systematic, ongoing program of information, counseling, and reassurance. Unfortunately, however, abrupt withdrawal remains too common in clinical practice. Abrupt withdrawal is imprudent and may result in additional distress and disability. Except in emergencies, patients who are stopping their use of psychiatric drugs and the professionals who are assisting them should proceed gradually and maintain this gradual pace until complete cessation is accomplished, even if the early stages of withdrawal present no difficulties.

A melhor maneira de minimizar o risco de reações de abstinência severas é, em primeiro lugar, não tomar drogas psiquiátricas. Segundo, caso se esteja tomando estas substâncias, a melhor abordagem é planejar uma redução da dose lenta e gradual, envolvendo monitoramento de perto e um programa sistemático e permanente de informação, aconselhamento e re-certificação. Desafortunadamente, contudo, a retirada abrupta da droga permanece muito comumente na prática clínica. Retirada abrupta é imprudente e pode resultar em aflições e deficiências maiores. Exceto em emergências, os pacientes que estão parando o uso de drogas psiquiátricas e os profissionais que estão ajudando eles, devem proceder de forma gradual e manter esse passo cadenciado, até que a parada completa do consumo seja realizada, mesmo que as fases iniciais de abstinência não apresentem dificuldades.
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     Goldstein, T., Frye, M., Denicoff, K., Smith-Jackson, E., Leverich, G., Bryan, A., Ali, S., e Post, R. (1999). Mania interrupção relacionados com antidepressivos: a observação em perspectiva crítica e implicações teóricas na desordem bipolar. Jornal de Psiquiatria Clínica, 60, 563-567.

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     Viguera, A.C., Baldessarini, R.J., Hegarty J.D., van Kammen, D.P., & Tohen, M. (1997). Risco clínico após a retirada abrupta e gradual da manutenção do tratamento neuroléptico. Archives of General Psychiatry [Arquivos de Psiquiatria Geral], 54, 49-55.

(*)
[381]
  Walsh, K.H., & Dunn, D.W. (1998). Complications of Psychostimulants [Complicações dos Psicoestimulantes]. In J. Biller (Ed.), Iatrogenic Neurology [Neurologia Iatrogênica] (pp. 415-431). Boston: Butterworth-Heinemann.

     Walsh, K.H., & Dunn, D.W. (1998). Complicações de psicoestimulantes. Em J. Biller (Ed.), neurologia iatrogênica (pp. 415-431). Boston: Butterworth-Heinemann.

(*)
[382]
  Warner, C.H., Bobo, W., Warner, C., Reid, S., & Rachal, J. (2006). Antidepressant Discontinuation Syndrome [Síndrome de Descontinuação de Antidepressivos]. American Family Physician [Médicos da Família Americana], 74, 449-456.

     Warner, C.H., Bobo, W., Warner, C., Reid, S., & Rachal, J. (2006). Síndrome de descontinuação do antidepressivo. American Family Physician [Médicos da Família Americana], 74, 449-456.

(*)
[383]
  Webster, P.A. (1973). Withdrawal Symptoms in Neonates Associated With Maternal Antidepressant Therapy [Sintomas de Abstinência em Recém-Nascidos Associadas Com a Terapia da Mãe com Antidepressivos]. The Lancet [O Lanceiro], 2, 318-319.

     Webster, P.A. (1973). Sintomas de abstinência em recém-nascidos associadas com a terapia antidepressiva materna. The Lancet [O Lanceiro], 2, 318-319.

(*)
[384]
  Weinberger, D.R., Bigelow, L.L., Klein, S.T., & Wyatt, R.J. (1981). Drug Withdrawal in Chronic Schizophrenic Patients: In Search of Neuroleptic-Induced Supersensitivity Psychosis [Abstinência de Drogas Psiquiátricas em Pacientes Esquizofrênicos Crônicos: Na Busca da Psicose Supersensitiva Induzida por Neurolépticos]. Journal of Clinical Psychopharmacology [Jornal de Psicofarmacologia Clínica], 1, 120-123.

     Weinberger, D.R., Bigelow, L.L., Klein, S.T., e Wyatt, R.J. (1981). A retirada da droga em pacientes esquizofrênicos crônicos: Em busca de psicose induzida por neurolépticos supersensibilidade. Journal of Clinical Psychopharmacology [Jornal de Psicofarmacologia Clínica], 1, 120-123.

(*)
[386]
  Weller, R.A., & McKnelly, W.V. (1983). Case Report of Withdrawal Dyskinesia Associated With Amoxapine [Relatório de Caso de Discinesia por Abstinência Associada à Amoxapina]. American Journal of Psychiatry [Jornal Americano de Psiquiatria], 140, 1515-1516.

     Weller, R.A., e McKnelly, W.V. (1983). Relato de caso de discinesia de abstinência associados à amoxapina. American Journal of Psychiatry [Jornal Americano de Psiquiatria], 140, 1515-1516.

(*)
[391]
  Witschy, J.K., Malone, G.L., & Holden, L.D. (1984). Psychosis After Neuroleptic Withdrawal in a Manic-Depressive Patient [Psicose Após a Retirada de Neuroléptico em um Paciente Maníaco-Depressivo]. American Journal of Psychiatry [Jornal Americano de Psiquiatria], 141, 105-106.

     Witschy, J.K., Malone, G.L., & Holden, L.D. (1984). Psicose após a retirada do neuroléptico em um paciente maníaco-depressivo. American Journal of Psychiatry [Jornal Americano de Psiquiatria], 141, 105-106.

(*)
[392]
  Wolfe, R.M. (1997). Antidepressant Withdrawal Reactions [Reações de Abstinência de Antidepressivos]. American Family Physician [Médicos da Família Americana], 56, 455-462.

     Wolfe R.M., (1997). Reações de retirada do antidepressivo. American Family Physician [Médicos da Família Americana], 56, 455-462.

(*)
[394]
  World Psychiatric Association [Associação de Psiquiatria Mundial] (1993). Task Force on Sedative Hypnotics [Força-Tarefa sobre Sedativos Hipnóticos]. European Psychiatry [Psiquiatria Européia], 8, 45-49.

     Associação Mundial de Psiquiatria (1993). Força-tarefa em sedativos hipnóticos. Europeu de Psiquiatria, 8, 45-49.

(*)
[396]
  Yassa, R. (1985). Antiparkinsonian Medication Withdrawal in The Treatment of Tardive Dyskinesia: A Report of Three Cases [Retirada da Medicação Antiparkinsoniana no Tratamento da Discinesia Tardia: Um Relato de Três Casos]. Canadian Journal of Psychiatry [Jornal Canadense de Psiquiatria], 30, 440-442.

     Yassa, R. (1985). Antiparkinsonianos retirada da medicação no tratamento da discinesia tardia: relato de três casos. Canadian Journal of Psychiatry [Jornal Canadense de Psiquiatria], 30, 440-442.

(*)
[397]
  Young, A.H., & Currie, A. (1997). Physicians' Knowledge of Antidepressant Withdrawal Effects: A Survey [Conhecimento dos Médicos sobre os Efeitos de Abstinência de Antidepressivo: Uma Pesquisa]. Journal of Clinical Psychiatry [Jornal de Psiquiatria Clínica], 58 (supplement 7), 28-30.

     Jovens, A.H., e Currie, A. (1997). Conhecimento dos médicos de efeitos da retirada do antidepressivo: Uma pesquisa. Jornal de Psiquiatria Clínica, 58 (suplemento 7), 28-30.

(*)

Notas de Rodapé:

244 Young and Currie (1997) [397]. Even with respect to tardive dyskinesia, an often irreversible movement disorder frequently produced by neuroleptic drugs and mentioned in all information sources about these drugs, surveys show that psychiatrists admit that they routinely fail even to mention this effect to patients before prescribing (review by Cohen, 1997).
245 Young e Currie (1997) [397]. Mesmo com relação a discinesia tardia, um distúrbio de movimento, muitas vezes irreversível frequentemente produzido pelas drogas neurolépticas e mencionado em todas as fontes de informação sobre estas drogas, as pesquisas mostram que os psiquiatras admitem que rotineiramente falham, por nem sequer mencionar este efeito aos pacientes antes de prescrever (revisão por Cohen, 1997).
246 World Task Force, quoted in World Psychiatric Association [Associação de Psiquiatria Mundial] (1993) [394], p. 47.
247 To access this Pharmacology Glossary, go to http://bumc.bu.edu/Dept/Content.aspx?DepartmentID=65&PageID=7799#d.
248 Força Tarefa Mundial, citada na World Psychiatric Association [Associação de Psiquiatria Mundial] (1993) [394], p. 47.
249 Para acessar este Glossário de Farmacologia, vá para
http://bumc.bu.edu/Dept/Content.aspx?DepartmentID=65&PageID=7799#d.
250 Medawar (1992) [271]; Breggin and Breggin (1994 [53]); Grinspoon (1970).
251 Medawar (1992) [271]; Breggin e Breggin (1994 [53]); Grinspoon (1970).
252 See Medawar (1997) [272]. Social Audit's Web site (www.socialaudit.org.uk) includes detailed correspondence between Medawar and various scientists and officials of Britain's Medicines Control Agency regarding it's investigation of antidepressant withdrawal reactions. See also Moore (1997) [286].
253 Ver Medawar (1997) [272]. O site da Rede de Auditoria Social (www.socialaudit.org.uk) inclui correspondência detalhada entre Medawar e vários cientistas e funcionários da Britain's Medicines Control Agency [Agência de Controle de Medicinas Britânica] visando a sua investigação de reações de abstinência de antidepressivos. Veja também Moore (1997) [286].
254 Jaffe (1980) [215]. See also DSM-IV (American Psychiatric Association, 1994 [6]), which draws similarities between withdrawal syndromes of all tranquilizing and sedative drugs, including antianxiety drugs and alcohol.
255 Jaffe (1980) [215]. Veja também DSM-IV (Associação de Psiquiatria Americana [American Psychiatric Association], 1994 [6]), que descreve semelhanças entre síndromes de abstinência de todas as drogas tranquilizantes e sedativas, incluindo drogas ansiolíticas e álcool.
256 Ashton (1994) [20].; see also Swantek et al. (1991) [358], and Denis et al. (2006).
257 Ashton (1994) [20];. veja também Swantek et al. (1991) [358], e Denis et al. (2006).
258 Ghadirian (1986) [172]; Hartman (1990) [197], Mirin et al. (1981) [278].
259 Ghadirian (1986) [172]; Hartman (1990) [197], Mirin et al. (1981) [278].
260 Therrien and Markowitz (1997) [366]; Thompson (1998) [367].
261 Therrien e Markowitz (1997) [366]; Thompson (1998) [367].
262 Schatzberg et al. (2006) [332], and Shelton (2006) [341]. See also Therrien and Markowiz (1997) [366]; Thompson (1998) [367].
263 Schatzberg et al. (2006) [332], e Shelton (2006) [341]. Ver também Therrien e Markowiz (1997) [366]; Thompson (1998) [367].
264 Reported by Peter R. Breggin, in Breggin and Breggin (1994 [53]), pp. 105-106.
265 Relatado por Peter R. Breggin, em Breggin e Breggin (1994 [53]), pp 105-106.
266 Medawar (1997) [272]; see also www.socialaudit.org.uk .
267 Medawar (1997) [272], ver também www.socialaudit.org.uk .
268 Montalbetti & Zis (1988) [284]; Otani et al. (1994) [297]; Peabody (1987) [301]; Theilman and Christenbury (1986) [365].
269 Montalbetti & Zis (1988) [284]; Otani et al. (1994) [297]; Peabody (1987) [301]; Theilman e Christenbury (1986) [365].
270 Askevold (1959) [21]; DeVeaugh-Geiss and Pandurangi (1982) [131]. See review by Walsh and Dunn (1998) [381].
271 Askevold (1959) [21]; DeVeaugh-Geiss e Pandurangi (1982) [131]. Ver a revisão escrita por Walsh e Dunn (1998) [381].
272 One study by Nolan, Gadow, and Spraikin (1999) [293] examined stimulant medication withdrawal during long-term treatment of children diagnosed with ADHD and with chronic multiple tic disorders. Unfortunately, although the study could have answered many questions about the withdrawal syndrome in children, it only reported on the narrow issue of whether or not tics worsened during withdrawal (they did not), and failed to report on any other symptoms expected to occur during stimulant withdrawal.
273 Um estudo feito por Nolan, Gadow e Spraikin (1999) [293] examinou a abstinência de medicação estimulante durante o tratamento de longo prazo de crianças diagnosticadas com DHDA (TDAH) (Desordem de Hiperatividade e Déficit de Atenção) e com desordens crônicas com tiques múltiplos. Desafortunadamente, embora o estudo pudesse ter respondido a muitas questões sobre a síndrome de abstinência em crianças, ele só informou sobre o assunto restrito dos tiques, se eles pioravam ou não, durante a abstinência (eles não pioravam), e falhou em informar sobre qualquer outros sintomas esperados que ocorreram durante a abstinência de estimulantes.
274 Lapierre et al. (1980) [244]; Christodoolou and Lykouras (1982) [90].
275 Lapierre et al. (1980) [244]; Christodoolou e Lykouras (1982) [90].
276 Leipzig (1992) [248], p. 414. The psychological and physical symptoms of a particularly severe case of neuroleptic withdrawal in a six-year-old child are described by Maisami and Golant (1991) [260].
277 Leipzig (1992) [248], p. 414. Os sintomas psicológicos e físicos de um caso particularmente severo de abstinência dos neurolépticos em uma criança de seis anos de idade, são descritos por Maisami e Golant (1991) [260].
278 Lal and AlAnsari (1986) [242] review eleven cases of Tourette-like syndrome that deveioped after neuroleptic withdrawai. This syndrome has also been observed after Clozaril withdrawal by Poyurovsky et al. (1998) [311].
279 Lal e AlAnsari (1986) [242] revisaram onze casos da síndrome do tipo Tourette que se desenvolveu após a abstinência de neurolépticos. Esta síndrome também foi observada, após a abstinência de Leponex, por Poyurovsky et al. (1998) [311].
280 Gualtieri (1993) [191]; Barnes and Braude (1994).
281 Gualtieri (1993) [191]; Barnes e Braude (1994).
282 Lang (1994) [243]; Sachdev (1995) [329]; Weller and McKnelly (1983) [386].
283 Lang (1994) [243]; Sachdev (1995) [329]; Weller e McKnelly (1983) [386].
284 Weinberger et al. (1981) [384]; Witschy et al. (1984) [391].
285 Weinberger et al. (1981) [384]; Witschy et al. (1984) [391].
286 Amore and Zazzeri (1995) [8]; Spivak et al. (1990) [350]; Surmont et al. (1984) [356].
287 Amore e Zazzeri (1995) [8]; Spivak et al. (1990) [350]; Surmont et al. (1984) [356].
288 When neuroleptics suppress dopamine transmission, acetylcholine activity increases, probably as a compensatory mechanism. The resulting disturbance in dopamine-acetylcholine balance causes or contributes to abnormal movements. Anticholinergic drugs are prescribed to suppress cholinergic overactivity. Of course, the brain also tries to compensate for the effects of these drugs, and the compensatory mechanisms take over when the drugs are abruptly removed.
289 Quando neurolépticos suprimem a transmissão de dopamina, aumenta a atividade da acetilcolina, provavelmente como um mecanismo compensatório. A perturbação resultante no equilíbrio dopamina-acetilcolina provoca ou contribui para movimentos anormais. Drogas anticolinérgicas são prescritas para suprimir a hiperatividade colinérgica. É claro, o cérebro também tenta compensar os efeitos dessas drogas, e os mecanismos compensatórios sobressaem-se quando as drogas são abruptamente removidas.
290 See Manos et al. (1981) [263]; Baker et al. (1983) [24].
291 Ver Manos et al. (1981) [263]; Baker et al. (1983) [24].
292 Arya (1996) [18]; Fava et al. (1997) [147].
293 Arya (1996) [18]; Fava et al. (1997) [147].