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Capítulo 12
Diretrizes para Terapeutas que Não Defendem o Uso de Drogas Psiquiátricas


A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema
Como e Por Que Parar de Tomar
Medicamentos Psiquiátricos
Edição revista e atualizada, 2007

Peter R. Breggin, M.D.
David Cohen, Ph.D.

Veja este livro em português
12  Diretrizes para Terapeutas
    12.1  Diretrizes sugeridas
        12.1.1  Informe seus clientes sobre a psiquiatria materialista
        12.1.2  Esclareça as razões para não usar a medicação
        12.1.3  Recomende leituras de ambos os pontos de vista
        12.1.4  Não pressione seus clientes a seguirem sua terapia
        12.1.5  Evite fazer referências às drogas psiquiátricas
        12.1.6  Alerte sobre os perigos de parar abruptamente a medicação
        12.1.7  Compartilhe seu conhecimento sobre efeitos adversos
        12.1.8  Médicos para abstinência de drogas psiquiátricas
        12.1.9  Considere a participação da família e amigos
        12.1.10  Prefira terapia ao invés de drogas psiquiátricas
        12.1.11  Faça registros destas conversas informativas
    12.2  Levante-se e participe

Guidelines for Therapists Who Do Not Advocate the Use of Psychiatric Drugs
(*)

     In the previous chapter we described the atmosphere of intimidation within the mental health field that makes many psychotherapists fearful about treating their clients without resort to drugs. We also noted that many therapists have become unrealistically afraid that they will be sued for failing to recommend drugs.

No capítulo anterior, nós descrevemos a atmosfera de intimidação dentro do campo da saúde mental que faz com que muitos psicoterapeutas fiquem temerosos de tratar seus clientes sem recorrer a drogas psiquiátricas. Também notamos que muitos terapeutas têm temido irrealisticamente que eles serão processados por não recomendar estas drogas.
(*)

     In reality many successful malpractice suits are brought against psychiatrists for damaging their patients with drugs, whereas a relatively small number are brought against psychotherapists for treatment failures308. Moreover, there are few if any cases in which psychotherapists have been successfully sued for failing to recommend or to refer for medication. A recent review of causes for malpractice suits against psychiatrists does not even mention the failure to prescribe medication, although it does list many risk factors associated with the prescription of drugs (Perlin, 1997).

Na realidade muitos bem sucedidos processos legais, devido a erro médico, são executados contra psiquiatras que prejudicaram seus pacientes com drogas psiquiátricas, enquanto um número relativamente pequeno destes processos são ações contra psicoterapeutas que falharam no tratamento309. Além disso, há poucos ou nenhum caso em que psicoterapeutas foram legalmente processados, com sucesso, por deixarem de recomendar medicação. Uma revisão recente das causas dos processos legais contra psiquiatras, que cometeram erro médico, nem sequer menciona a falha em prescrever medicação, embora este estudo liste muitos fatores de risco associados com a prescrição destas drogas psiquiátricas (Perlin, 1997).
(*)

     There are no certain protections against malpractice suits or other recriminations from patients or colleagues; individual professionals must handle these legitimate concerns according to their own values and concerns. However, if you are a therapist or psychiatrist who does not advocate the use of medication, there are ethical principles and guidelines that can be helpful to both you and your clients. If you are a client whose therapist or psychiatrist is fearful about not stopping or not starting you on medication, you may want to ask him or her to read this chapter.

Não há proteções asseguradas contra processos por imperícia médica ou outras recriminações de pacientes ou colegas; profissionais individuais devem lidar com essas preocupações legítimas de acordo com seus próprios valores e precauções. Contudo, se você é um terapeuta ou psiquiatra que não defende o uso de medicação, existem princípios éticos e diretrizes que podem ser úteis para você e seus clientes. Se você é um cliente cujo terapeuta ou psiquiatra está com medo, de não parar ou de não começar a medicação, você pode sugerir-lhe que leia este capítulo.
(*)

12.1  Diretrizes sugeridas

Suggested Guidelines
(*)

     The following guidelines are presented in concise form for purposes of clarity; they should not be interpreted as hard and fast rules or as legal standards of care. In short, they are suggestions intended to stimulate your thinking and to point you in useful directions.

As diretrizes a seguir são apresentadas em forma concisa para propósitos de clareza, elas não devem ser interpretadas, como regras rígidas e rápidas, ou como padrões legais de cuidado. Em suma, elas são sugestões que intencionam estimular seu pensamento e apontar direções úteis.
(*)

12.1.1  Informe seus clientes sobre o ponto de vista predominante da psiquiatria materialista

Inform your clients about the prevailing biopsychiatric viewpoint
(*)

     Inform your clients about the prevailing biopsychiatric viewpoint. When the issue of medication comes up, make clear that most psychiatrists nowadays prescribe drugs for almost every patient they see, including those with relatively mild cases of anxiety and depression. In this way, you can ensure that your clients understand the current biopsychiatric emphasis on medication and are aware of the ready availability of drugs if they want to obtain them elsewhere.

Informe seus clientes sobre o ponto de vista predominante da psiquiatria materialista. Quando a questão da medicação surgir, deixe claro que hoje em dia a maioria dos psiquiatras prescrevem drogas de drogaria para quase todos os pacientes que eles vêem, incluindo aqueles com casos relativamente leves de ansiedade e depressão. Desta forma, você pode garantir que os seus clientes, compreenderam a ênfase atual na medicação da psiquiatria materialista, e que eles estão cientes da pronta disponibilidade destas drogas psiquiátricas, caso queiram obtê-las em outro lugar.
(*)

12.1.2  Esclareça as razões pelas quais você profissionalmente não concorda com, ou incentiva, o uso de medicação

Clarify the reasons for which you do not professionally agree with or encourage the use of medication
(*)

     Clarify the reasons for which you do not professionally agree with or encourage the use of medication. In a way that is consistent with your particular beliefs, explain your professional opinion and experience in regard to medications. For instance, we often point out our beliefs that the drugs are highly overrated, that their adverse effects are commonly underrated, that they often do more harm than good, and that they impair the very mental faculties needed for maximizing psychotherapy.

Esclareça as razões pelas quais você profissionalmente não concorda com, ou incentiva, o uso de medicação. De uma maneira que seja consistente com suas crenças particulares, explique a sua opinião e experiência profissional em relação aos medicamentos. Circunstancialmente, nós muitas vezes indicamos nossas crenças de que as drogas psiquiátricas são altamente superestimadas, que seus efeitos adversos são comumente subestimados, que muitas vezes elas fazem mais mal do que bem, e que estas drogas prejudicam muito as faculdades mentais necessárias para maximizar a psicoterapia.
(*)

12.1.3  Recomende consultas e leituras de ambos os pontos de vista

Recommend consultations and readings from both viewpoints
(*)

     Recommend consultations and readings from both viewpoints. Explain that you support your clients' right to seek other opinions at any time during therapy but note that many or even most psychiatrists will hold an opposing opinion to yours. You can also suggest reading materials from both viewpoints; but bear in mind that most clients will already have been inundated with examples of the biopsychiatric viewpoint in advertising, in the media, and in books.

Recomende consultas e leituras de ambos os pontos de vista. Explique que você apoia o direito dos seus clientes de procurar outras opiniões à qualquer momento durante a terapia, mas notifique que muitos ou mesmo a maioria dos psiquiatras irá manter uma opinião contrária à sua. Você também pode sugerir material de leitura de ambos os pontos de vista, mas mantenha em mente que a maioria dos clientes já terão sido inundados com exemplos do ponto de vista da psiquiatria materialista na publicidade, na mídia e nos livros.
(*)

12.1.4  Não pressione seus clientes a seguirem a sua filosofia particular de terapia

Do not pressure your clients to go along with your particular philosophy of therapy
(*)

     Do not pressure your clients to go along with your particular philosophy of therapy. Remember that your job is to empower your clients to make decisions - not to make decisions for your clients. For example, rather than trying to talk your client out of taking drugs, simply state your own wish not to participate in encouraging drugs and give your reasons why. Do not become personally invested in stopping your clients from taking drugs; it's their decision.

Não pressione seus clientes a seguirem a sua filosofia particular de terapia. Lembre-se que o seu trabalho é, o de capacitá-los a tomarem decisões, e não o de tomar decisões por eles. Por exemplo, em vez de tentar falar para seu cliente parar de consumir drogas psiquiátricas, simplesmente afirme o seu próprio desejo de não encorajar estas drogas e explique suas razões de porquê evitá-las. Não fique pessoalmente investido em parar o consumo, de seus clientes, destas drogas de drogaria; isto é uma decisão deles.
(*)

     In addition, reassure your clients that you will gladly continue therapy even if they decide to obtain medication from someone else at the same time. But warn them in advance that they are likely to be pressured to take drugs by psychiatrists and other medical doctors, so that they can be prepared to deal with it.

Em adição a isso, reassegure seus clientes que você terá prazer em continuar a terapia mesmo se eles decidirem obter medicação de outro indivíduo ao mesmo tempo. Mas advirta-os antecipadamente que eles provavelmente serão pressionados, a tomar drogas farmacêuticas, por psiquiatras e outros doutores em medicina, assim eles poderão estar preparados para lidar com isto.
(*)

12.1.5  Evite fazer referências às drogas psiquiátricas, se você acredita que elas não serão de ajuda

Avoid making referrals for psychiatric drugs if you believe they will not be helpful
(*)

     Avoid making referrals for psychiatric drugs if you believe they will not be helpful. Therapists, in our opinion, are not ethically obligated to make referrals for a service that they do not favor and that is readily available through other sources. Instead, explain to your clients that, on their own, they can easily find psychiatrists and other physicians who prescribe drugs. You can point them to potential sources of doctors, such as the phone book, the nearest medical school or mental hospital, and the local or national office of the American Medical Association or the American Psychiatric Association. But you do not have to participate in finding a practitioner whose approach you do not advocate.

Evite fazer referências às drogas psiquiátricas, se você acredita que elas não serão de ajuda. Terapeutas, em nossa opinião, não são eticamente obrigados a fazer referendos para um serviço que eles não são favoráveis e que estão facilmente disponível através de outras fontes. Em vez disso, explique a seus clientes que, por conta própria, eles podem encontrar facilmente psiquiatras e outros médicos que prescrevem drogas psiquiátricas. Você pode indicar-lhes fontes potenciais de médicos, tais como a lista telefônica, a escola médica ou hospital psiquiátrico mais próximo, e o escritório local ou nacional da American Medical Association [Associação Médica Americana], ou da Associação de Psiquiatria Americana [American Psychiatric Association]. Mas você não tem que participar na busca de um profissional cuja abordagem você não defende.
(*)

12.1.6  A menos que os clientes tenham estado consumindo drogas psiquiátricas por um tempo muito curto, sempre alerte-os sobre os perigos de parar abruptamente qualquer medicação deste tipo

Unless they have been taking drugs for a very short time, always warn clients about the dangers of abruptly stopping any psychiatric medication
(*)

     Unless they have been taking drugs for a very short time, always warn clients about the dangers of abruptly stopping any psychiatric medication. Except when a patient is suffering from a potentially serious adverse drug reaction, it is better to err on the side of caution and advocate slow withdrawal. You do not have to be a medical doctor to develop expertise in drug withdrawal problems. Familiarize yourself with the information in this book and other sources about the hazards of drug withdrawal.

A menos que os clientes tenham estado consumindo drogas psiquiátricas por um tempo muito curto, sempre alerte-os sobre os perigos de parar abruptamente qualquer medicação deste tipo. Exceto quando um paciente está sofrendo de uma reação, de abstinência destas drogas, potencialmente séria, é melhor errar do lado da cautela e defender a redução lenta da dose. Você não tem que ser um doutor em medicina para desenvolver habilidades em problemas de abstinência de droga psiquiátrica. Familiarize-se com as informações contidas neste livro e outras fontes sobre os perigos da redução destas drogas.
(*)

12.1.7  Se você tem conhecimento sobre os efeitos adversos de drogas psiquiátricas, compartilhe-o com seus clientes

If you have knowledge about adverse drug effects, share it with your clients
(*)

     If you have knowledge about adverse drug effects, share it with your clients. You are not "interfering" if you discuss the adverse effects of psychiatric drugs that another professional is prescribing for your client or patient. Nor can you assume that a prescribing physician has given your client a sufficiently complete picture of these adverse effects. For example, the written handouts that doctors provide to their patients are often inadequate.

Se você tem conhecimento sobre os efeitos adversos de drogas psiquiátricas, compartilhe-o com seus clientes. Você não está "interferindo" se discute os efeitos adversos destas drogas que outro profissional esteja prescrevendo para o seu cliente ou paciente. Também, você não pode assumir que um médico prescritor tenha dado ao seu cliente uma imagem suficientemente completa desses efeitos adversos. Por exemplo, os folhetos escritos, que os médicos fornecem aos seus pacientes, são muitas vezes inadequados.
(*)

     If you are comfortable doing so, use a recent edition of the Physicians' Desk Reference [Referência de Mesa dos Médicos], bolstered by other sources, to review with your clients the adverse effects of any drug that has been prescribed for them. Make clear that every drug has so many potential side effects that you cannot describe them all.

Se você estiver confortável em fazê-lo, use uma edição recente da Referência de Mesa dos Médicos [Physicians' Desk Reference], complementado por outras fontes, para rever com os seus clientes os efeitos adversos de qualquer droga psiquiátrica que foi prescrita para eles. Deixe claro que toda droga, deste tipo, tem tantos efeitos colaterais potenciais que você não pode descrever todos eles.
(*)

     Be sure not to claim more expertise than you actually have. Encourage your clients to get as much information as possible on their own and from other doctors.

Certifique-se de não clamar mais experiência do que você tem de fato. Encoraje os seus clientes para obter informações, tanto quanto possível, por conta própria e de outros médicos.
(*)

12.1.8  Se você é um terapeuta, sem formação médica, com clientes que querem parar de consumir drogas psiquiátricas, considere referi-los a um médico

If you are a nonmedical therapist with clients who want to withdraw from drugs, consider referring them to a physician
(*)

     If you are a nonmedical therapist with clients who want to withdraw from drugs, consider referring them to a physician. Nonmedical therapists can and do develop the competence to help their clients withdraw from medication, but it is generally a good idea to enlist the aid of a physician to supervise the withdrawal process. This individual could be a family practitioner, internist, or neurologist, rather than a psychiatrist. Physicians who consider themselves "holistic" are likely sources of this kind of help. You may of course, have to educate the physician in proper withdrawal methods, toward that end, the present book would be useful.

Se você é um terapeuta, sem formação médica, com clientes que querem parar de consumir drogas psiquiátricas, considere referi-los a um médico. Terapeutas não-médicos, podem, e desenvolvem a competência para ajudar os seus clientes a abster-se da medicação, mas é geralmente uma boa idéia contar com a ajuda de um médico para supervisionar o processo de redução da dose do medicamento. Este indivíduo pode ser um médico de família, internista, ou neurologista, ao invés de um psiquiatra. Médicos que se consideram "holísticos" são prováveis fontes deste tipo de ajuda. Você poderá, claro, ter que educar o médico em métodos apropriados de redução da dose, para esse fim, o presente livro pode ser útil.
(*)

     Some competent, ethical nonmedical therapists do successfully help their patients withdraw from drugs with little or no help from physicians. In the current medical climate, dominated by biopsychiatry nonmedical therapists may have to step in to provide information and expertise.

Alguns terapeutas não médicos, éticos e competentes, ajudam, com sucesso, seus pacientes a parar de consumir drogas psiquiátricas, com pouca ou nenhuma ajuda de médicos. No atual clima da medicina, dominada pela psiquiatria materialista, os terapeutas não médicos poderão ter que intervir para fornecer informações e conhecimentos específicos.
(*)

12.1.9  Se seus clientes estiverem favoravelmente inclinados, considere o envolvimento de suas famílias, amigos e outros recursos

If your clients are favorably inclined, consider involving their families, friends, and other resources
(*)

     If your clients are favorably inclined, consider involving their families, friends, and other resources. Withdrawing from psychiatric drugs can be a very difficult and painful task, occasionally requiring hospitalization for detoxification. Individuals faced with such circumstances often benefit from the support of family members and friends. In joint consultation with the client and therapist, family and friends can be alerted to signs of drug withdrawal that the client may not be able to perceive or recognize during the withdrawal period. They can be reassured that troubling emotional and personality changes are often short-lived and limited to the withdrawal process. And they can help by discussing with the client what should be done during times of upset. If a therapist does involve family and friends, this arrangement must be made with the whole-hearted agreement of the client - ideally, in the clients presence and with his or her active participation. It must also be respectful of the clients ultimate autonomy and right to confidentiality

Se seus clientes estiverem favoravelmente inclinados, considere o envolvimento de suas famílias, amigos e outros recursos. Abster-se de drogas psiquiátricas pode ser uma tarefa muito difícil e dolorosa, ocasionalmente requerendo hospitalização para desintoxicação. Indivíduos diante de tais circunstâncias, muitas vezes beneficiam-se do apoio de familiares e amigos. Em uma consulta conjunta, com o cliente e o terapeuta, a família e os amigos podem ser alertados para sinais, de abstinência da droga, que o cliente pode não ser capaz de perceber ou reconhecer durante o período de redução da dose. Pode-se reassegurar a eles que as atribulações emocionais, e mudanças de personalidade, são geralmente de curta duração e limitadas ao processo de redução. E eles podem ajudar dialogando com o cliente sobre o que deve ser feito em momentos de instabilidade. Se um terapeuta envolve a família e amigos, este acordo deve ser feito com a concordância do cliente, de todo o coração - idealmente, na presença deste cliente e com a sua participação ativa. Também deve-se ser respeitoso com a autonomia última, e, direito à confidencialidade do cliente.
(*)

12.1.10  Se a terapia não está indo bem, e não pode ser corrigida, encaminhe o cliente para outro terapeuta ao invés de incentivar o uso de drogas psiquiátricas

If the therapy is not going well, and cannot be fixed, refer the client to another therapist rather than encouraging the use of psychiatric drugs
(*)

     If the therapy is not going well, and cannot be fixed, refer the client to another therapist rather than encouraging the use of psychiatric drugs. We have urged clients to view therapy as a relationship, and to decide against being drugged when the relationship is failing. Similarly, therapists should avoid recommending drugs simply because they feel unable to help a particular client without them. Instead, if the therapy cannot be improved, the therapist should openly discuss the therapy problems with the client, keeping in mind the potential goal of making a referral for a consultation or a new attempt at therapy.

Se a terapia não está indo bem, e não pode ser corrigida, encaminhe o cliente para outro terapeuta ao invés de incentivar o uso de drogas psiquiátricas. Nós enfatizamos aos clientes para verem a terapia como um relacionamento, e decidirem contra serem drogados quando o relacionamento está falhando. Similarmente, os terapeutas devem evitar recomendar estas drogas simplesmente porque eles sentem-se incapazes de ajudar um cliente em particular sem elas. Em vez disso, se a terapia não puder ser melhorada, o terapeuta deve discutir abertamente os problemas da terapia com o cliente, mantendo em mente o objetivo potencial de fazer um encaminhamento para uma consulta ou uma nova tentativa na terapia.
(*)

     There is, of course, the danger that a client will feel rejected or abandoned when their therapist suggests consulting with or seeking another therapist. However, the suggestion can be made tactfully with emphasis on the therapists own limits and the client's stated dissatisfactions. And the referral can be made as a consultation with an additional professional to see if a new approach might be helpful or if new insights can be generated. Meanwhile, the therapist can emphasize that the lack of progress by no means indicates any inadequacy on the clients part. Keep in mind that, even if the suggestion to seek additional or alternative help raises issues of rejection, that outcome is preferable to raising false and demoralizing questions for the client such as "What's the matter with my brain?" or "Can't I manage my life without drugs?"

Há, é claro, o perigo de que um cliente vá se sentir rejeitado ou abandonado quando seu terapeuta sugerir-lhe que consulte ou procure outro terapeuta. Contudo, a sugestão pode ser feita com muito tato, com ênfase nos próprios limites dos terapeutas e as afirmações de insatisfação do cliente. E o encaminhamento pode ser feito, como uma consulta a um profissional adicional, para ver se uma nova abordagem pode ser útil, ou se novas visões interiores podem ser geradas. Enquanto isso, o terapeuta pode enfatizar a falta de progresso sem, de maneira nenhuma, indicar qualquer inadequação por parte do cliente. Tenha em mente que, mesmo que a sugestão de procurar ajuda adicional ou alternativa levante questões de rejeição, o resultado é preferível do que o surgimento, da parte do cliente, de questionamentos falsos e desmoralizante tais como: "Qual é o problema com o meu cérebro?" ou "Não posso gerir a minha vida sem as drogas?"
(*)

     During the transition, the therapist should express a preference for continuing the sessions until the client makes up his or her mind about a change. If the client seems fearful or unstable, the therapist - with the clients consent - may decide to participate actively in the transition process.

Durante a transição, o terapeuta deve expressar preferência em continuar as sessões até que o cliente se convença sobre uma mudança. Se o cliente parecer temeroso ou instável, o terapeuta - com o consentimento do cliente - pode decidir participar ativamente no processo de transição.
(*)

12.1.11  Faça anotações, em seu livro de registros de terapia, para indicar que você já teve conversas com seus clientes sobre as drogas psiquiátricas

Make notes in your therapy record to indicate that you have had conversations with your clients about drugs
(*)

     Make notes in your therapy record to indicate that you have had conversations with your clients about drugs. Note that you have discussed with your clients the alternative of seeking drug treatment from someone else. If relevant, also note your discussion of any warnings not to stop drugs abruptly and without supervision. If your clients have read your written views or heard you speak in public about them, confirm that they have been informed about the controversy and your own professional stand. In the future, this written record can help you and your clients to recall your discussions. It may also be useful if your clients or their families ever make a mistaken claim against you for not fully informing them. However, this eventuality is remote if you have been thoughtful and respectful in dealing with your clients.

Faça anotações, em seu livro de registros de terapia, para indicar que você já teve conversas com seus clientes sobre as drogas psiquiátricas. Certifique-se que você dialogou com os seus clientes sobre a alternativa de procurar tratamento, com estas drogas, de algum outro indivíduo. Se for relevante, também verifique seus diálogos sobre quaisquer avisos para não parar de consumir, este tipo de drogas, de forma abrupta e sem supervisão. Se os seus clientes tiverem lido a sua opinião por escrito ou te ouvido falar em público sobre elas, confira que eles foram informados sobre a polêmica, e, sobre seu próprio posicionamento profissional. No futuro, este registro escrito pode ajudar você e seus clientes a se lembrarem de seus diálogos. Também pode ser útil se os seus clientes ou suas famílias fizerem erroneamente uma reclamação contra você por não informá-los totalmente. Contudo, essa eventualidade é remota, se você tiver sido ponderado e respeitoso no trato com seus clientes.
(*)

12.2  Levante-se e participe

Stand Up and Be Counted
(*)

     If you are a therapist, we hope you will join the increasing number of our colleagues who are taking a stand in favor of psychological, social, and spiritual approaches to helping people. Many are openly criticizing the biopsychiatric viewpoint. Our colleagues are doing so not only for their own professional satisfaction and identity but for the sake of the truth and of the well-being of their patients and clients. Many of them have also become acquainted with or joined the International Center for the Study of Psychiatry and Psychology (www.icspp.org; see Appendix C), or The Alliance for Human Research Protection (www.ahrp.org; see Appendix D).

Se você é um terapeuta, nós esperamos que você vá se juntar ao crescente número de nossos colegas que estão tomando uma posição em favor de abordagens psicológicas, sociais e espirituais para ajudar as pessoas. Muitos estão criticando abertamente o ponto de vista da psiquiatria materialista. Nossos colegas estão fazendo isso não só para sua própria satisfação e identidade profissional, mas por causa da busca da verdade e do bem-estar de seus pacientes e clientes. Muitos deles também se familiarizaram com, ou juntaram-se ao, Centro Internacional para o Estudo da Psiquiatria e Psicologia (www.icspp.org, ver apêndice C), ou a Aliança para a Proteção de Pesquisa Humana (www.ahrp.org, ver apêndice D) .
(*)

     If you are a client, expect the best of your therapist. Encourage him or her to trust you, and to work toward the goal of empowering you to live a responsible, loving, and creative life without resort to mind-altering medications. We hope you may also be inspired to join the International Center for the Study of Psychiatry and Psychology or The Alliance for Human Research Protection.

Se você é um cliente, espere o melhor de seu terapeuta. Encoraje-o a confiar em você, e trabalhar na direção da meta de te capacitar para viver uma vida responsável, amorosa e criativa, sem recurso de medicamentos que alterem a mente. Nós esperamos que você também seja inspirado a se juntar ao Centro Internacional para o Estudo de Psiquiatria e Psicologia ou A Aliança para a Proteção de Pesquisa com Seres Humanos.
(*)

     The final chapter of this book describes some of the essential psychological principles involved in dealing with emotional crises and extreme suffering without resort to drugs. These principles should be useful to therapists and clients alike, and to any individuals who want to improve their capacity for self-help or for helping others.

O capítulo 13 deste livro descreve alguns dos princípios psicológicos essenciais envolvidos em lidar com crises emocionais e o sofrimento extremo, sem recorrer a drogas. Estes princípios devem ser úteis para terapeutas e clientes, e para todos os indivíduos que querem melhorar sua capacidade de auto-ajuda ou para ajudar os outros.
(*)

Notas de Rodapé:

308 Perlin (1997) points out that failure to conduct psychotherapy properly is rarely a basis for a successful malpractice suit, and Simon (1997) describes the conditions under which psychiatrists are successfully sued in regard to treatment with medication and the frequency with which these lawsuits are initiated. Psychotherapists are more likely to be sued for unethical conduct, such as having sex with a patient, than for errors committed during the provision of treatment.
309 Perlin (1997) indica que a falha, em conduzir adequadamente a psicoterapia, é raramente a base para um bem sucedido processo por imperícia médica, e Simon (1997) descreve as condições nas quais psiquiatras são, com sucesso, processados em relação ao tratamento com medicação e a frequência com que essas ações legais são iniciadas. Psicoterapeutas são mais propensos de serem legalmente processados, por conduta antiética tais como ter relações sexuais com uma paciente, do que por erros cometidos durante a prestação de tratamento.